AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

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Fernando, amei a sua página, excelente ponto de encontro, estarei sempre aqui.

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Leia, Cícero Damascena era pai de tia Idalina, esposa de tio Severino Pires (Fernando Pires).

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Leia Rodrigues de Lima Oliveira
São Bernardo do Campo, SP Brasil - 22-julho-2020 / 23:58:31

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 20-julho-2020 / 12:51:18

Faleceu na manhã deste domingo, 19, no Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, a senhora Mary Djayna Lira de Freitas Albuquerque, aos 42 anos de idade.
Charles, filhas e familiares, recebam nossa sincera solidariedade.
Que o Pai Eterno a acolha em Sua glória.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 19-julho-2020 / 10:14:08

CEM DIAS ENTRE QUATRO PAREDES
Edleide Freitas Pires (*)

Vinte e seis de junho de 2020. Cem dias concentrados na missão de se proteger do poderoso vírus causador da Pandemia da Covid-19. Uma situação sem precedentes para a geração 2019-2020 que gerou profundas mudanças nas vidas, hábitos e comportamentos dos brasileiros. Fazendo analogia ao famoso livro de Amyr Klink, “Cem dias entre céu e mar”, lançado em set/1985 pela JO Editora, percebo semelhanças e diferenças. O aventureiro, diante de uma situação por ele estabelecida, relatou a grande necessidade de adaptações quando isolado num barco a remo para travessia do Atlântico. O autor da obra destaca sua experiência com alimentação, com problemas ambientais e, naturalmente, com a autoconfiança em cumprir o seu propósito. Igualmente, numa situação não intencional, percebemos as necessidades de adaptações a tudo que antes era hábito, cultura e estilo de vida. Como para o navegador, a disciplina passou a ser o quesito de maior importância para a sobrevivência e para o controle da virose.

André Trigueiro, em seu livro “ A força do um”, publicado em 2020, pouco antes do reconhecimento da pandemia do novo coronavírus, uma espécie de premonição, ressalta e nos desperta para o entendimento de que a solução de tudo está no “UM”. Quando cada indivíduo se reconhece capaz de resolver seus problemas pode entender as suas necessidades e, dentre elas, a de proteção contra uma doença infectocontagiosa. Protegido é possível ajudar o outro. No caso da avassaladora virose da SRAS-CoV quando cada um se protege, protege também o outro.
Com o confinamento, cada um passou a ser capaz de descobrir a força intrínseca. Para a prevenção e controle da pandemia, muitos ficaram fisicamente isolados e muitas experiências e adaptações também viveram. Para uns, as recomendações dos órgãos de saúde foram mais traumatizantes. Como aceitar ficar isolado, com os amigos e parentes tão perto? Tem-se a impressão de que as crianças entenderam as recomendações melhor que os adultos, embora reclamassem a ausência dos amigos, dos colegas e da escola. Com vantagens, desfrutaram de maior convivência com os pais que, com o tempo quase todo dedicado às atividades profissionais, rotineiramente, delegavam os cuidados dos filhos aos cuidadores e professores.
Pensadores já externaram que “é na crise que nascem as invenções...” (Albert Einstein). Foi também nas oportunidades que talentos adormecidos afloraram nos tempos confinados, de modo que pessoas se descobriram capazes de desenvolver atividades antes delegadas a especialistas e encontraram meios e métodos para realizar suas atividades onde antes só entendiam ser possível em escritórios com boas instalações. A tranquilidade do isolamento ajudou nas adaptações, e surpreendentemente, muitos provaram seu poder para vencer as adversidades e até conseguiram tirar proveito de novas demandas.

A oportunidade de ficar isolado só funcionou para aqueles com condições, considerando as grandes diferenças observadas nas quatro paredes de cada um. A impossibilidade de praticar o recomendado isolamento, evidentemente, contribuiu para a propagação e persistência do vírus, que não escolhe grupo social.
Em ocasião semelhante, na gripe denominada “espanhola” que aconteceu em 1918, as dificuldades, certamente, foram maiores. O número de cientistas estudando as causas e comportamentos das viroses era bem menor e o desenvolvimento tecnológico não era suficiente para disponibilizar as ferramentas necessárias às conclusões das hipóteses por eles construídas. Por outro lado, com população menos numerosa e com evidentes limitações dos meios de comunicação e transporte, os brasileiros moradores de pequenas cidades, longe dos grandes centros, não perceberam a real gravidade da gripe. Em razão do desconhecimento, não tiveram os mais velhos, condições de relatar os fatos ocorridos aos seus descendentes ou de transmitir as experiências vividas.

Na COVID-19, considerada pandemia em 2020, contamos com a tecnologia em favor dos tempos. As facilidades na comunicação ajudaram na captura de dados estatísticos, nos diagnósticos e na divulgação de protocolos de prevenção. Entretanto, a disponibilidade de meios para mobilidade das pessoas e de objetos também contribuiu para a transformação do que poderia ser uma endemia, em uma pandemia. Constatou-se que o vírus se espalhou no mundo por meio de pessoas e também de mercadorias nas avançadas e facilitadas importações.
Os estudiosos das doenças psíquicas perceberam que: os pacientes submetidos ao rigoroso isolamento, sofreram maiores danos que a população em geral, nas mesmas condições. Para muitos, a perda de amigos e parentes por mortes inesperadas foi uma experiência traumática, sobretudo pela impossibilidade de acompanhar e conviver com os entes queridos enquanto acometidos pela doença.
Tais observações e introspecções impulsionaram a necessidade de registrar os fatos, na tentativa de contribuir para a história e, consequentemente, para a valorização do sofrimento vivido pelo povo brasileiro em 2020.

(*) Pernambucana de Afogados da Ingazeira, nutricionista, mestra e doutora em nutrição, professora da UFPE e da UFRPE.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-julho-2020 / 16:13:02
Sobre a "bólide" vista em Pernambuco ontem (15.07.2020) - Leia um fragmento do nosso livro "Afogados da Ingazeira - Memórias" (Edições Edificantes - 2004), pág. 42, obedecendo a grafia da época:

"No anno de 1920 - A sete de janeiro, cahiu ao nascente de Afogados da Ingazeira um "bólido" cuja passagem pela atmosphera produziu um estrondo. Eram 10 horas de noite (...). Somente a 29 de fevereiro cahiu chuva."

Coincidentemente, o registro que mencionamos no nosso livro ocorreu há 100 anos. (fonte: Livro de Tombo da paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios)

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bólide
Substantivo feminino
Astr.
Meteorito de volume acima do comum que, ao penetrar na atmosfera terrestre, produz ruído e se torna muito brilhante, podendo deixar um rastro luminoso.(Dic. Aurélio)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 16-julho-2020 / 10:23:11

Há 77 anos- 09.07.1943 - nascia
Bernardo Delvanir Ferreira


Bernardo, um dos quatro filhos de Otávio Ferreira da Silva e Laura Ferreira da Silva, nasceu no então distrito de Tabira (Afogados da Ingazeira) em 9 de julho de 1943. Menino tímido e amoroso, não escondia o carinho devotado aos pais e irmãos.
Ainda pequeno veio com a família morar em Afogados da Ingazeira, cidade maior e mais promissora, onde poderia ser mais favorável para o Sr. Otávio Ferreira abrir seu consultório dentário, já que era um prático a desfrutar de muito conceito na região.
Em 1953, com apenas 10 anos de idade, Bernardo tocava violão e sanfona, arte que aprimorou com o passar do tempo, tornando-se um grande músico. Esse fato não deveria ser motivo de muita admiração, posto ele fazia parte de uma família de artistas: sua irmã mais velha, Maria de Lourdes Ferreira (Lourdinha), tocava sanfona; Flávia Ferreira, a mais nova, sanfona e violão, e seu único irmão, Geraldo Berardinelli, revelou-se, cedo, um grande artista plástico.
Numa das vezes em que o cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião se apresentou em Afogados da Ingazeira, hospedou-se no Grande Hotel, em frente à casa de Bernardo. E ele foi convidado para fazer uma exibição para o cantor que ficou admirado com o talento do jovem interiorano: “Esse menino vai fazer muito sucesso. Se o pai dele deixar, ele vai comigo para o Rio.” Bernardo não foi. Além de ser muito jovem, não estava em seus planos deixar a família. Na verdade, ele gostava de tocar em casa, sempre acompanhado por uma das irmãs (nas festas da escola, apresentava-se com todos os irmãos, cada um tocando um instrumento e Geraldo cantando). Gostava, também, de animar as festas de aniversário na casa de amigos.
Depois passou a abrilhantar as Manhãs de Sol no tradicional ACAI (Aeroclube de Afogados da Ingazeira), fazendo muito sucesso.
Quando o radialista Waldecy Xavier de Menezes movimentou a região com seus programas radiofônicos de auditório (“Festa na Roça” e “Domingo Alegre”), o conjunto regional responsável pela parte musical, inclusive pelo acompanhamento dos artistas, tinha Bernardo Ferreira na sanfona, Gago na bateria, Zé Malaia nos maracás, Flávia Ferreira no violão, Expedito boca-de-véio no pandeiro, Zé Martins e Charles Pantera (Lulu Pantera) no vocal.
Uma das grandes alegrias de Bernardo foi no dia da sua contratação para fazer parte da Super Oara, orquestra do Mestre Beto, de Arcoverde (PE), que fazia muito sucesso por onde se apresentava. Depois de alguns anos se exibindo com a orquestra nos palcos da vida, Bernardo voltou para junto da família. Prosseguiu, então, abrilhantando as Manhãs de Sol no ACAI e os programas de auditórios comandados por Waldecy Xavier de Menezes.
Bastante habilidoso, tocava violão e sanfona muito bem e jogava futebol e sinuca de forma impressionante. Era admirado e querido. Apesar de ser visto como um rapaz especial, ele não foi muito namorador, mesmo sendo bastante assediado. A timidez fazia dele um moço reservado, de muitos amigos e que gostava bastante de sorrir.
Bernardo também foi ótimo compositor, tendo, inclusive, gravado duas belíssimas musicas de sua autoria: “Fingimento” e “Separação”, na voz do cantor Miro Gonçalves, através da Gravadora Rozemblit.
Um dos seus fiéis amigos, José Martins de Moraes, cantor do seu regional, gostava de se exibir com essas músicas, nas inúmeras serenatas que fez com Bernardo pelas ruas românticas de Afogados da Ingazeira, nas noites enluaradas.
Um dos sonhos de Bernardo Ferreira era, no futuro, formar sua própria orquestra. Tinha capacidade de sobra para tanto. Contava, inclusive, com alguns músicos de talento incomparável. Entretanto, por uma fatalidade do destino, não pôde concretizar seu sonho.
Ainda jovem, com 18 anos de idade, um problema cardíaco obrigou-o a manter um regime de vida mais moderado, deixando-o muito triste, mas não perdeu o brilho do sorriso.
Na terça-feira de carnaval, dia 22 de fevereiro de 1966, Bernardo Delvanir, aos 22 anos de idade, teve um infarto fulminante.
Naquele dia não só seus familiares e ardorosos amigos, mas a cidade em peso chorou a perda irreparável. Seu sepultamento contou com a presença de milhares de pessoas, todos chorando em silêncio a saudade antecipada. (por Milton Oliveira, com enxertos nossos)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 13-julho-2020 / 11:18:07

Meus pais nasceram em Afogados da Ingazeira.
Ele, José Santana Alves, filho de Manoel Santana e de Joventina.
Ela, Maria de Lima Alves (conhecida como Moça), mora em São Paulo e está com 94 anos (1926). Filha de Belarmino Ferreira de Lima e Joaquina Barboza de Lima (mãe Miquina).
Um de seus irmãos, Antônio Lopes de Lima (Totó), já falecido, viveu por muitos anos em sua casa na rua Cazuzinha Lopes.

Por favor, se alguém souber de algo sobre nossos familiares, contate-nos. Ficaremos agradecidos.

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Rosa Alves Santana <rosasantanacnc@gmail.com>
São Paulo, SP Brasil - 11-julho-2020 / 8:11:48

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 9-julho-2020 / 21:08:52
Hein, Ubaldo Pires!

Na semana passada o primo Fernando Pires descobriu o documento de cartório do casamento de Pai Véi e Bobô que você sabe eram Raymundo Ferreira Lima e Josepha Leopoldina Pires, e a oficialização do citado enlace deu-se na casa de Antônio de Souza Pereira, ali pelo "quadro da rua do Afogados" como se dizia antigamente, e Antônio era irmão do velho pároco Pedro Pereira de Souza cujos sobrenomes eram assim trocados o que era natural à época, e Antônio como você bem sabe era casado com Maria Leopoldina Pires Ferreira ou Freitas, pois acho que as oito irmãs de Pai Quim eram registradas Pires de Freitas enquanto os quatro homens mantinham o original do pai Pires Ferreira.
Mas isso é uma história antiga que vem dos tempos quentes da revolução de Frei Caneca de 1824, quando os irmãos revolucionários de 1817 Joaquim e Gervásio, pois João de Deus falecera em 1821, sendo todos dos Pires Ferreira do velho Recife, resolveram pedir a ajuda de um irmão ainda mais velho, José Pires Ferreira, que se radicara pra sempre entre o Piauí e o Maranhão aonde fora tomar conta das terras que o velho pai Domingos Pires Ferreira houvera adquirido naqueles lados e a ajuda que José deu à Revolução foi o envio de homens para usar bem os bacamartes, mas o que se viu foi que não houve tempo e a Revolução foi vitoriosa somente em apontar os rumos humanistas que ainda hoje buscamos para futuro e foi justamente esse grupo que se engraçou das águas do Pajeú, onde estariam a salvo como até hoje da cruel devassa contra os revolucionários.
E voltando a Pai Véi e Bobô, acho que eles já moravam na "Maravilha" e quando do registro na casa de Antônio, o casal, ele com 24 e ela com 22 anos, já declarava ter um filho de nome Horácio sendo essa imagem dos teus arquivos que resolvi mostrar aos amigos, dos tempos em que Horácio, como dizia nosso primo e amigo Marconi, tinha tanto gado e as terras eram tão férteis em Jacobina, e o capim tão alto que o gado de perdia dentro, e dos tempos em que o irmão caçula dos sete de Bobô e Pai Véi de nome Jonas, e apelido Jota, que também aparece na foto da família de Horácio, era dono de uma pequena frota de pequenos aviões que transportavam passageiros nos aforas da Bahia, e Ubaldo Pires descreve a imagem abaixo dizendo que na ordem dos ponteiros do relógio se vê Zuleide e José, e Dona Duca com Sirlene no colo, e Antonio e Horácio e Jota e Amadeu, e também lembra que entre os filhos e filhas de Pai Véi e Bobô, entre o mais velho Horácio e o mais jovem Jota, havia mais cinco filhos e filhas que eram Aurélio e Severino e Zequinha, mais Dasdores e Lídia, mais ou menos nessa ordem.
(Aviso aos amigos que a pandemia me fez economizar a pontuação, e resolvi dar uma de Saramago, mas não ficou tão ruim assim)

Hercules Sidnei Pires Liberal <sliberal@uol.com.br>
Recife, PE Brasil - 1-julho-2020 / 13:53:41

Quando do Centenário (1909-2009) de Emancipação Política de Afogados da Ingazeira, fizemos esse registro a partir das 5h do 1º de julho de 2009.

Afogadenses que não mais residem em sua terra natal foram participar daquele momento.
Hoje, muitos dos que lá se encontravam, já partiram...



Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-julho-2020 / 9:56:28

Ibraim e Nevinha, recebam a nossa sincera solidariedade pela perda prematura da querida Katiúscia Shiarelly (foto).
Nossos sentimentos extensivos ao viúvo, filhinho, irmão e aos demais familiares.
Que o Pai Eterno a tenha em Sua Glória!

Fernando Pires e família <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 29-junho-2020 / 16:56:03
Há 92 anos, em 21 de junho de 1928, nascia na localidade Espírito Santo (Tabira), então Distrito de Afogados da Ingazeira, Hélio Vidal Campos. Filho de Luiz Gonzaga de Siqueira Campos, antigo escrivão, e Olindina Vidal Campos. Eram seus avós paternos o professor José da Vera Cruz Campos e Joaquina da Vera Cruz Amaral, e maternos, Juvino Alves de Siqueira Vidal e Maria Umbelina Vidal.
Casado com Lucy de Andrade Campos, teve dois filhos: Hélio Fernando e Maria de Fátima, Hélio Vidal
Viveu toda infância e juventude em Afogados da Ingazeira onde cursou o primário com os professores Mariinha Padilha, Otávio Claudino de Paiva, Dolores Câmara, Assunção Câmara; as irmãs Maria do Carmo Galindo e Maria Luíza Galindo; Aurora Lopes de Azevedo, Evangelina de Siqueira Lima, Letícia de Campos Góes, de saudosas memórias.
Trabalhou incansavelmente pela criação do Ginásio Mons. Pinto de Campos, em Afogados da Ingazeira através da CNEG (Campanha Nacional de Educandários Gratuitos). Na juventude fez parte ativa em todos os movimentos sociais e culturais, fazendo discursos a convite das diversas entidades e ao mesmo tempo sendo correspondente dos jornais Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, para onde enviava quase semanalmente notícias de nossa cidade.
Atuou com Elpídio Medeiros e Magela Valadares, na Rádio Difusora Pajeú, onde apresentavam programas que marcaram época.
Em Afogados, foi escrevente de cartório e tabelião substituto, o que influiu bastante para sua vida judicante (muita prática forense).
Devido ao dinamismo e força de vontade de sua genitora Olindina Vidal, foi estudar no Recife nos idos de 1945, no Colégio Americano Batista, onde fez o curso ginasial, terminando em 1950 como orador da sua turma. Cursou o colegial no Carneiro Leão para, em seguida, após o vestibular, cursar os cinco anos de Direito na Faculdade da Praça Adolpho Cirne. Ainda no terceiro ano de Direito, fez o vestibular na Faculdade de Filosofia Manuel da Nóbrega, atual Universidade Católica, onde cursou Filosofia com ênfase em Geografia e História, por quatro anos, tendo se bacharelado.
Como ginasiano colaborava na imprensa da capital pernambucana, escrevendo para o Jornal Pequeno, Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, época em que ingressou na Associação de Imprensa de Pernambuco, como sócio efetivo.
Mesmo residindo no Recife, o jovem Hélio Vidal viajava de trem duas vezes no mês, para Afogados, nos trabalhos de instalação do Ginásio Monsenhor Pinto de Campos, e posteriormente com a Gazeta do Pajeú, que fundou no dia 15 de novembro de 1953, há 67 anos.
Trabalhou no Recife como comerciário, bancário (Caixa Econômica), escriturário da firma Itapessoca (do empresário João Santos), funcionário público (Assembleia Legislativa do Estado) e, finalmente, juiz de Direito, quando se aposentou.
Participou por dois anos do curso de Especialização em Direito Público e Privado (Pós Graduação lato sensu) da Universidade Federal de Pernambuco, nos anos de 2000 e 2001. Como professor, ensinou no Curso Brasil, Ginásio Castro Alves, Ginásio Olívio Montenegro e Escola de Comércio da Encruzilhada, do saudoso professor Aderbal Galvão. Exerceu a judicatura nas Comarcas de Serra Talhada, Lagoa dos Gatos, Belém de Maria, Araripina, Panelas, Goiana, Olinda e no Recife. Pelo Presidente do Tribunal de Justiça, foi designado para ser o primeiro Juiz de Direito do Distrito Judiciário da Ilha de Fernando de Noronha, por quatro anos. Ainda como Juiz de Direito, substituiu em várias oportunidades desembargadores em licença e férias, por quatro anos.
Recebeu o título de cidadão de Goiana e Olinda, quando passou por aquelas comarcas. Ensinou Direito Penal e Processo Penal na Faculdade de Direito de Olinda e Faculdade de Direito Pinto Ferreira, na capital pernambucana. Exerceu as funções de Juiz Eleitoral por mais de oito anos, na 7ª zona da capital e, na condição de juiz mais antigo, presidiu a diplomação dos eleitos no pleito municipal de três de outubro de 1996, no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco.
Faleceu no Recife, no 1º de outubro de 2006, onde está sepultado.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 23-junho-2020 / 9:32:21

Faleceu nesta madrugada, no hospital Mestre Vitalino, Caruaru, aos 54 anos de idade, o amigo Emídio Vasconcelos.
No final de maio, sentindo-se mal, foi levado ao hospital Regional Emília Câmara de Afogados da Ingazeira. Diante da gravidade do caso, foi removido para o hospital em Caruaru, quando, nesta segunda-feira pela madrugada, veio a óbito.
Fomos informados que o corpo foi sepultado, ainda nesta manhã, no cemitério São Judas Tadeu,

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 22-junho-2020 / 13:55:46

As moças do sobrado

Hoje, ofuscado pelo desarranjo e emaranhado arquitetônico, se é que se pode chamar assim da praça principal da cidade de Tabira, a antiga Espírito Santo, o sobrado já reinou imponente e soberano sob os olhares atentos de Dona Maria Vidal, a viúva de Jovino Vidal, seu marido e primo; ele falecido em 1934, e ela eu a conheci já morando em Arcoverde perto da sua neta Dulcinha, sendo que os filhos nasceram todos em Afogados da Ingazeira onde moravam no casarão que construíram e que findou como sede da Cúria Diocesana, e onde o primeiro filho de quinze do casal Antonio Alves de Freitas Sobrinho, o sobrinho de Benzinho Vidal, foi prefeito municipal aí pela década de 1920, mas é outra história.
A história que quero contar é a dessas moças que fazem parte da vida passada de Tabira, a antiga Espírito Santo, como Sindô, que era como chamavam Ornecinda Vidal, a filha mais nova do casal Jovino e Maria, foi chamada pela irmã mais velha Theonila, conhecida por Teonas, já casada com um comerciante de peles de São José do Egito de nome Cícero David de Vasconcelos, que ficou viúva com sete filhos em 1950, já morando em Campina Grande, onde com a idade de 40 anos Sindô também conheceu o comerciante de nome Antonio, e conhecido por Seu Nô, com quem se casou mas não tiveram filhos, e anos depois ela foi morar no Recife onde já morava sua irmã Teonas.
As duas tinham uma irmã mais velha de nome Mariinha batizada Maria que morava em São Francisco, um distrito de Solidão, que era parede e meia com a paraibana Água Branca, e era casada com Francisco Souza conhecido por Chiquito que viu Mariinha morrer do segundo parto junto com a criança, e por isso a filha do primeiro parto que era Dulce, foi criada no sobrado por Dona Maria sua avó e mais tarde Dulcinha casou com seu parente Milton de Brito Freire que era irmão de Vitorino Freire que foi dono político do Maranhão antes que também o fosse José Sarney mas a história daqui pra frente é sobre essas outras moças restantes da foto e já falamos de Sindô e Dulcinha da ordem da fila indiana.
Onde se vê na sequência, Soberana, que era a irmã mais velha de Glorinha, que bem me lembro era filha de Dona Chiquita e ativa militante do velho PSD de Agamenon Magalhães, e seguindo a fila está Erotidinha que já a conheci casada com Severino Fiscal (Severino Vicente?) que eram pai e mãe de Bibi, Tasso e Ilka e não lembro de outro filho ou filha, mas Bibi é Ubirajara que é meu amigo de infância e de Facebook e, seguindo, logo aparece Aretusa Pires de Freitas que era filha do meu tio Severino Pires e minha tia Lídia dos Freitas do Cariri, como dizia Adamastor nosso primo Tôta, para uns, e Totô para outros, e ela se casou anos depois com Isaac Mascena uma grande figura das prosas tabirenses.
Mas quero também falar de Mirôcha, que, na rabeira da fila, mostra-se como realmente era, ou seja, uma moça elegante da família Vidal que, quando a conheci morava com sua sobrinha Severina a esposa do protético José Tenório, tendo falecida solteira; mas quero também falar dessas menininhas de vestidinho escuro que, como informa Loura das famílias Pires e Vidal, tratavam-se das filhas de alguém de fora de Espírito Santo que trabalhava em algum órgão de governo, mas a menininha de vestido mais claro era Isabel Mascena que anos adiante casou com Júlio Cordeiro Pessoa, sendo mãe e pai dos meus amigos de infância Carlos Celso e Claudio Cleto, além de Margarida Maria e Claudevan Ciro e Claudionor Cícero.

Hercules Sidnei Pires Liberal <sliberal@uol.com.br>
Recife, PE Brasil - 22-junho-2020 / 9:07:52

Imagina por um momento que você teria nascido em 1900.
Quando você tem 14 anos começa a Primeira Guerra Mundial e termina quando você tem 18 com um saldo de 22 milhões de mortos.
Logo depois aparece uma pandemia mundial, a gripe espanhola, matando 50 milhões de pessoas. E você está vivo e com 20 anos.
Quando você tem 29 anos sobrevive à crise econômica mundial que começou com o desmoronamento da Bolsa de Nova York, causando inflação, desemprego e fome.
Quando você tem 33 anos, os Nazis chegam ao poder.
Quando você tem 39 anos começa a Segunda Guerra Mundial e termina quando você tem 45 anos com um saldo de 60 milhões de mortos. No Holocausto morrem 6 milhões de judeus.
Quando você tem 52 anos começa a guerra da Coreia.
Quando você tem 64 anos começa a guerra do Vietnã e termina quando tem 75 anos.

Uma criança que nasce em 1985 pensa que os seus avós não fazem ideia do quão difícil a vida é, mas eles sobreviveram a várias guerras e catástrofes.
Hoje encontramo-nos com todas as comodidades num mundo novo, no meio de uma nova pandemia.
A gente reclama porque por várias semanas devem ficar confinados em suas casas, tem eletricidade, celular, comida, alguns até com água quente e um telhado seguro sobre suas cabeças. Nada disso existia em outros tempos.
Mas a humanidade sobreviveu a essas circunstâncias e nunca perderam a alegria de viver.

Hoje queixamo-nos porque temos que usar máscaras para entrar nos supermercados.
Uma pequena mudança na nossa perspectiva pode gerar milagres. Vamos agradecer você e eu que estamos vivos e vamos fazer tudo o que é necessário para nos proteger e nos ajudar uns aos outros.

(*) Autor desconhecido | Imagem da internet

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 21-junho-2020 / 19:11:21
Soubemos há pouco, nesta quinta-feira (18.06), do falecimento de José Silvério Queiróz Brito, (Verinho), ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, ocorrido no Hospital Regional.
À dona Creuza, sua mãe, Bombinha, seu irmão, filhos e aos demais familiares, nossa sincera solidariedade.

Vamos relembrar alguns momentos políticos protagonizados por ele - pinçados do nosso próximo livro.

"8 de junho de 1972 - Lançado oficialmente o nome do universitário José Silvério Queiróz Brito, de 26 anos, para a sucessão do Sr. João Alves Filho, no pleito que se avizinha. O jovem candidato é quartanista de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e detentor de simpatia na comunidade afogadense. A escolha, para a sucessão municipal, foi feita pelo Diretório da Arena, que tem 21 componentes. Dezenove deles, entre os quais o prefeito João Alves, lançaram o nome de Silvério para candidato a prefeito de Afogados da Ingazeira. "

"01.01.1973 / 31.12.1976 - Administrou sua cidade nesse quadriênio;"

"2 de agosto de 1974 - Técnico faz inspeção na Barragem de Brotas - Acompanhados pelo prefeito de Afogados da Ingazeira, José Silvério, os técnicos percorreram toda a extensão da barragem – 569 metros –, identificando os marcos do projeto e estabelecendo a melhor área para o canteiro de obras."

"13 de agosto de 1976 – O prefeito José Silvério Queiroz de Brito confirmou seu apoio à candidatura do Sr. José Geraldo de Moura, nome homologado na convenção da Arena, realizada no último domingo. A convenção apontou ainda os candidatos João Alves Filho (Arena 2) e Antônio Mariano de Brito (Arena 3).

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 18-junho-2020 / 18:29:46

Profª. Letícia de Campos Góes

Em 09 de junho de 1903, há 117 anos, nascia em Afogados da Ingazeira - sítio Sobreira -, a menina Letícia, filha do Cel. Luiz Alves de Góes e Mello e de dona Petronila de Siqueira Campos do Amaral Góes. Fez o curso primário em sua terra natal, em escola pública, com professoras vindas do Recife. Costumava dizer que a professora que mais marcou a sua vida de criança foi Dona Anna Melo. Seus estudos de português e francês foram orientados com o seu irmão Dr. Oscar de Campos Góes, de quem tinha muito orgulho. A paixão pela língua francesa era evidente. Isso se atribuía à cultura dos seus pais que conheciam profundamente a literatura francesa, e ao seu irmão poliglota e cientista.

Dona Letícia nos disse, certa vez, que o Dr. Oscar se correspondia com Albert Einstein, físico e humanista alemão (1879-1955), autor da teoria da relatividade e de importantes estudos em ondulatória.

Desde os 16 anos, ela já dava aulas particulares e declamava poesias como se fossem suas, pois fazia com toda a alma e coração como que vivendo aquela ternura, suavidade e beleza decantada pelos poetas, em particular o grande Castro Alves, poeta dos seus tempos, dos seus saraus, das suas festas familiares. Lia, todos os dias, no mínimo 5 horas, as crônicas de Humberto Campos, Gilberto Amado, Afonso Arinos de Melo Franco, René Belbenoit, além da História Sagrada - a Bíblia.

Ingressou no Colégio das Damas de Instrução Cristã, no Recife, para concluir os seus estudos de 2º grau, de 1933 a 1934, o que o fez brilhantemente. Decidiu ser religiosa das Damas, entrando como noviça, destacando-se pela obediência, cumprimento das obrigações religiosas. Ensinou o francês a diversas turmas no Colégio das Damas da Ponte d’Uchoa. Por motivo de saúde, abandonou o hábito, o que fez contra a sua vontade e por imposição da família para poder se submeter a tratamento rigoroso, o que não era possível no convento. Graças à dedicação do seu cunhado, o Dr. Osvaldo da Cruz Gouveia, e os cuidados da sua irmã Maria Luíza, que residiam em Garanhuns, ficou completamente curada.
Não retornou ao convento, pois seu pai, já muito doente do coração, solicitou sua presença decidida, alegre e inteligente ao seu lado, em Afogados da Ingazeira.
Um ano após o seu retorno, morria seu genitor. Ela continuou com a mãe, na cidade, se dedicando à educação da juventude por mais de 30 anos, sendo professora municipal. Foi um grande baluarte da Ação Católica na época. Envolveu-se na catequese de crianças/adultos/presos; nas obras da Igreja Matriz para a qual trabalhou durante toda sua vida ativa. Foi uma pessoa interessante, sempre se preocupando com o crescimento de Afogados em todos os aspectos.

Quando as religiosas franciscanas do Barro - Recife vieram fazer o reconhecimento da cidade, convidadas que foram pelo Mons. Arruda Câmara para tomar conta da Escola Normal Rural de Afogados da Ingazeira - ENRAI, que deveria ser inaugurada, ela as chamou para se hospedarem no casarão da família Campos Góes, sua residência.

De 1942 para 1943, auxiliada pelo padre Olímpio Torres, vigário da cidade, na época, Dona Letícia fundou a Escola Doméstica Nossa Senhora de Fátima, da qual foi a primeira e única diretora, e que tinha a finalidade de educar a mocidade feminina, formando perfeitas donas de casa, com orientação cristã. As alunas tinham uma carga horária das matérias básicas: português, matemática, geografia, história, ciências, francês e aulas de corte, costura, bordado e culinária.
Essa escola começou a funcionar em 26 de março de 1943. Era já o anseio para a criação de um Colégio oficial para moças, o que aconteceu em outubro de 1955, com a inauguração da Escola Normal Rural - iniciativa do Mons. Alfredo Bezerra de Arruda Câmara.
De 28 de dezembro de 1946 a 1º de janeiro de 1947, ela e o mons. Luiz Madureira - o idealizador - foram os organizadores do Primeiro Congresso Eucarístico Sertanejo, que reuniu as zonas do sertão do Moxotó e Pajeú, num só momento de fé. Foi presidente da Juventude Católica de Afogados da Ingazeira de 1945/1946. Na vida social foi bastante atuante, organizando festas (bailes) e teatros.

O piso da Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, e a bancada, feita por Antonio Aleixo em madeira maciça, da nave central, se deve muito a ela, pois nas viagens que fazia, levava santinhos do Senhor Bom Jesus dos Remédios e a palestra sobre padre Carlos Cottart proferida pelo padre Olímpio Torres, que ela mandou imprimir e fazia campanhas para angariar fundos para as obras.
Ainda sobre a bancada da matriz, ela com o vigário e Dona Tetê César Véras, conseguiram que muitas famílias doassem um ou dois bancos. Da sua mãe conseguiu a doação de madeira de lei da fazenda Colônia, para a reforma de vários bancos.

Às 4 horas da manhã de 20 de fevereiro de 1992, sofreu um acidente cardiovascular que a prostrou num leito por vários anos.
Faleceu, tranquilamente em sua residência, às 18h30 de 26 de janeiro de 1995. Estavam com ela: Ivone, Ana Tereza, Odete e Suely. Dona Ione por estar em tratamento de saúde no Recife, não pôde estar presente.
Ela disse, certa vez: "Se, por gratidão, meu nome ficar na história de Afogados da Ingazeira, representará muito, pois isso dará a impressão que fiz algo de bom pela minha querida terra".

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 14-junho-2020 / 19:53:21
Olá Fernando, depois ler muitas noticias assustadoras, resolvi passar algumas para vosso conhecimento.

Aqui na terra do tio Sam estamos atravessando momentos assustadores, e posso afirmar que o que está acontecendo é uma revolução socialista/comunista sem apologia, que abrange vários estados, from "California to Boston, San Francisco to Nova York". Em Seattle, no centro da cidade, os rebeldes estabeleceram uma área de alguns quarteirões e denominaram como "free city" onde nem a polícia tem acesso, e os ocupantes estão com armas usadas pelas forças armadas e intimidando o povo.

Caro amigo, nunca pensei que chegaria a passar por tais circunstâncias aqui na “land of do free and do brave”. Isto é realmente assustador. A última vez que passei por uma experiência igual foi quando da morte de Getúlio Vargas; eu estava servindo com a Marinha do Brazil e fomos enviados para manter a Paz na área central do Rio de Janeiro.
Aqui, quase todas as grandes cidade estão em estado agitação e de rebelião, sem um final à vista. Na sua maioria são moços e moças sem um bom senso, liderados pela velha guarda esquerdista, com a ideia de interromper as eleições neste novembro. Jamais passou por minha mente que presenciaria tal situação nesta terra que tem sido uma bênção para nós e nossa família.
O negócio foi planejado e só percebemos quando se manifestou em público nos últimos dias. É como se estivéssemos acordando de um pesadelo. Acredito que tens uma boa ideia do que está acontecendo por aqui, e não desejo perturbá-lo com tais noticias.
Um abraço.

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 13-junho-2020 / 8:14:12
Arco e Flecha

Oi Fernando.
Estou retornando após uma pequena pausa. Você encontrou este tesouro de Registros de óbitos de pessoas que conheci historicamente e de outras que conheci muito bem, como meus pais, que me trazem boas recordações. Às vezes ele falava sobre o fato que somente Firmina sobreviveu e eu percebia o sentimento de perda que se manifestava, principalmente do que faleceu aos 10 anos de idade.

Com minha mãe eles chegaram a ter dez filhos e filhas mas somente dois sobreviveram, Tarcisio e José (eu) que ficou sendo conhecido como Zezé. Foram dias maravilhosos crescendo no calor amoroso naquela casa que ainda hoje existe.

Uma das minhas lembranças foi quando estávamos a brincar ao lado da casa, e meu pai trabalhando, fazendo sapatos e sandálias; meu irmão estava com dois anos e meio ou três, e eu estava brincando com o arco e flecha que construi... Meu pai estava constantemente a me advertir para não apontar nas pessoas, principalmente no meu irmão que estava ao meu lado. Eu respondi que sim, nao "havia problema". Fato é que o diabinho estava trabalhando comigo e num destes momentos eu apontei pro meu irmão e lá se foi o choro daquela criança que havia sido atingida pela seta de marmeleiro. Não houve dano sério, mas ele chorava e chorava. Meu pai se levantou e veio na minha direção com uma correia na mão que foi usada algumas vezes para me lembrar sempre que o que fiz estava errado. Resultado chorava meu irmão, e eu chorava em consequência das lapadas na bunda e nas pernas.

Hoje me lembro com ternura daqueles dias.
Vamos esperar pelos próximos Registros.

Zezé Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 4-junho-2020 / 19:42:08

SÓ A PREVENÇÃO SALVA
Edleide Freitas Pires (*)

Viroses sempre existiram e vão existir. A pandemia da COVID-19 é um marco para fazer a população entender que só a prevenção salva. Nunca o confinamento foi regra para prevenção de doenças, apenas isolavam o portador de doenças infectocontagiosas. Confinamento e isolamento são formas igualmente cruéis e é por isso que a salvação deve vir antes das viroses chegarem. Hoje elas andam mais rápido porque ninguém quer parar.

O acesso a alimentos diversos, fáceis de preparar, com apelos de cores, sabores e texturas leva a população a se interessar por inovações dos hábitos alimentares e, com eles, o aumento do consumo. As estatísticas das doenças advindas da má alimentação demonstram ser esta a causa de outra pandemia, a obesidade, que, por sua vez, gera outras doenças metabólicas como diabetes, cardiopatias e até complicações físicas em consequência de doenças osteoarticulares.

Para o vírus da COVID-19 ainda não há remédio e é pouco provável que vá existir num breve tempo. Você é o remédio, seu corpo é o remédio e a prevenção é a solução. Quanto mais preparado o organismo, menor a possibilidade de contrair viroses e mais fácil será a recuperação. Antibióticos e analgésicos são fantásticos, e efetivos para o que se pretende, mas não curam viroses nem matam vírus. As pesquisas para estes avançam a cada dia, mas a ação do vírus é diferente. São seres vivos astuciosos que se multiplicam dentro de uma célula viva, mutam ou se disfarçam, de modo que quando acaba o estudo a seu respeito, não mais existem. Aí virão outro e outros... Não há arma que atinja o vírus sem antes atacar uma célula do indivíduo e é lógico que ele vai escolher as suas melhores células. Os microrganismos, em geral, são seletivos e escolhem o que mais lhes convém para sua multiplicação. No caso do vírus, a condição para se multiplicar está dentro das suas células. Sendo assim, ele vai competir fortemente e um dos dois vencerá, você ou ele.

Por muitas razões, o nutricionista é hoje a bola da vez. Quando recomenda uma alimentação saudável e equilibrada está contribuindo com a sua saúde geral, seu bem-estar, com a sua imunidade e, portanto, com a prevenção de doenças. É recomendável ter um “nutricionista de estimação” na agenda para ter a prevenção antes que a necessidade de cura seja necessária.

Alimento não cura. Previne e ajuda na recuperação de doenças. A boa imunidade não impede o contágio, mas mitiga as consequências das doenças infectocontagiosas. A boa alimentação, complementada com o uso regular de probióticos, contribui para o aumento da imunidade e é nela que devemos confiar. Tais microrganismos desejáveis e indispensáveis promovem a regulação orgânica e competem com os indesejáveis, além de conferirem outros benefícios à saúde geral, incluindo o aumento da imunidade.

É recomendável pensar antes de escolher o que comer. Aconselhem-se com um Nutricionista enquanto é tempo, pois só a prevenção nos salva do avassalador Coronavírus e de outras viroses que, certamente, virão.

Recife, abril de 2020
(*) Nutricionista, Profa da Universidade Federal Rural de Pernambuco

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 3-junho-2020 / 10:56:05
JANELAS EM QUARENTENA
Edleide Freitas Pires (*)

Em tempo de quarentena janelas têm vida. Vejo da minha uma verdadeira mudança de comportamentos nunca antes observados. Homens em atividades domésticas suprindo suas próprias necessidades. Vejo desenvolvimento de talentos em uma máquina de costura que não para, seja noite ou dia. Vejo gente reunida a preparar jantar onde antes parecia que só havia um morador. Há também um notório aumento do número de luzes acesas nos prédios e reduzido número de veículos a iluminar as ruas. O silêncio dos bairros populosos foi exacerbado pelo barulho reduzido dos motores, onde os pássaros têm a notoriedade merecida. A organização dos pássaros é invejável. Têm a hora de cantar. Sabiás apresentam seu show às 4hs e às 7hs. Bem-te-vis cantam mais alto e os menos talentosos ou nunca antes percebidos se espalham sem serem molestados por humanos e máquinas.

De lá podem ver a minha também muito mudada. Vêm um corpo em movimento no mesmo lugar e nem sei se imaginam que se trata de uma esteira elétrica que me leva a algum objetivo antes desprezado. Podem querer entender o que se faz junto à uma janela a cortar papéis e pintar caixas de isopor. Nem percebem que é o despertar de um mínimo talento para a arte que valorizará baldes de gelo a partir de materiais de baixo custo e reciclados. Também podem ver o despertar de uma máquina de costura sem saber que se busca a reutilização ou até mesmo zelo para confecção de máscaras de proteção a contaminações.

Por dentro da minha janela percebi a quantidade de coisas desnecessárias e toquei a descartar e organizar seguindo a técnica do 5S. Então descobri que aranhas e cupins trabalham mesmo em tempo de confinamento compulsório. Percebi também que usos podem ser soluções para reparo de equipamentos há muito considerados obsoletos. Percebi que música faz bem à alma, gera paciência e impulsiona a vida e que tudo que se pensa para descrever uma vida reclusa no confinamento recomendado para proteção contra o poderoso vírus denominado Corona, alguém já pensou em tempo de cruel e injusta ditadura e referiu em músicas. Nesta o exílio também foi compulsório e sobejamente sofrido.

Um pensador já repetia como um mantra “o mundo vai mudar”. Este coincide com minhas perspectivas. No mínimo, os hábitos de higiene vão ser valorizados e, certamente, a população vai preferir água e saneamento básico a imensos estádios de futebol e, certamente, os políticos vão entender. Espera-se também que homens brasileiros se tornem autossuficientes, de modo a não se considerarem incapazes de gerir sua própria vida, suas próprias coisas e seu bem-estar.

A igualdade social ou, no mínimo, a redução dos desníveis sociais, vão ser valorizadas. A dificuldade de acesso a água e a alimentos com garantia de qualidade são fatores que nos colocam num nível de desigualdade preocupante. Esperamos que isto também mude.

Vamos mudar, o mundo vai mudar e vamos aprender muito e, certamente, vamos melhorar.

(*) Nutricionista, Profa da Universidade Federal Rural de Pernambuco

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-junho-2020 / 16:29:10
Fernando, sou Neide Marques de Barros, sua amiga que morava na av Rio Branco e grande amiga de Solange e Elane.
Chamou minha atenção o texto de Lúcia em razão do pai dela ser primo do meu (Também José Marques - Zé de Deca que era irmão de tia Noca). Nessas histórias entrelaçadas, nossos sentimentos e lembranças afloram bem mais fortes! Lembro que os dois “José Marques” - o de Deca e o de Noca - serviram o exército na mesma época em Recife.
A maior felicidade do meu pai foi quando recebeu a notícia do final da guerra, considerando que estava escalado para pegar o navio na semana seguinte! Quanta felicidade! Meu pai também para Tabira, namorou minha mãe Deijanira (Pretinha) e aqui estamos contando mais uma linda história de uma “quase afogadense“ que saiu de Tabira aos 5 anos para morar em Afogados e juntar-se aos Marques de lá, ali fazendo grandes amigos até os 17 anos quando mudei para Recife.
Sempre mantenho contato com Lúcia de Janete!
Se puder, inclua o primo José Marques no texto.
Meu grande abraço!
Neide

_________________________

Neide, é um imenso prazer esse contato contigo. Fique à vontade para escrever neste Mural.
A última vez que nos vimos, salvo engano, foi num momento familiar muito doloroso, na Igreja de Casa Forte. (Fernando Pires)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-junho-2020 / 15:03:19
Há 99 anos, em 31 de maio de 1921, nascia em Tabira, então território afogadense, José Marques de Araújo (Zé Gago), segundo filho e único varão do casal Antônio Salviano de Araújo e Vicência Clara de Jesus. Tinha cinco irmãs: Carmélia, Maria José, Isa, Maria do Socorro e Expedita.

Na sua cidade natal foi aluno de dona Silvana Silveira Silva e Erotides Góes.

Conhecido como "Zé de Noca"; "Baraúna"; mas o que tornou marca registrada foi mesmo "Zé Gago", adquirido ainda na infância, pelo hábito de gaguejar, na ânsia de falar tudo o que pensava ao mesmo tempo.

Em 1937, com 16 anos, altera a idade para realizar o sonho de servir ao Exército Brasileiro. Em plena Segunda Guerra Mundial, José seguiria rumo à Europa, porém, permanece em Aldeia, Camaragibe-PE, onde aprendeu a guiar carros e carregava os pracinhas aos navios no Porto do Recife.

Para felicidade da família, ele fica aguardando no litoral brasileiro as ordens de embarque, o que não acontece, pois a Guerra havia chegado ao fim. Nesse período, convive com o cantor Luiz Gonzaga, que também servia ao Exército.

Posteriormente José recebe o mérito de Ex-combatente do Exército Brasileiro pelas Forças Armadas.

Após a Guerra, e de volta a Tabira, começa a trabalhar e pede auxílio à dona Noca, sua mãe, para que ela guarde suas economias. O ano era 1947.
Quando consegue juntar Cr$ 47,00 (quarenta e sete cruzeiros), compra o primeiro caminhão ao sr. Severino José, um modelo Ford, de placa PE 1-47-90.
Em 7 de março de 1950 faz sua primeira viagem a São Paulo, dando início ao que seria sua profissão: caminhoneiro. Trabalhou, também, na farmácia da família Frazão, em Princesa Isabel-PB.
Em 7 de julho de 1952 casa-se com a jovem Jeanete do Nascimento Góes, com a qual teve sete filhos: Maria Lúcia, Antônio, Maria do Socorro, José Filho (Araújo), Luciano, Maria Ivone e Tatiane Cybelle.

Foi um dos primeiros "afogadenses" a enfrentar, como motorista “chauffeur de caminhão”, as difíceis estradas, ainda de terra, da Rio/Bahia na década de 50. Mal sabia ele que sua profissão ajudaria no desenvolvimento da cidade e região que escolhera para viver ao lado de sua família: Afogados da Ingazeira.

Aposentou-se pelo INSS em 1978. Viveu prezando pela dignidade e honra no seu lar, ao lado de sua família, na Praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara, 147, ao lado da Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, até 15 de agosto de 1980, quando sofreu um acidente - fazendo o que mais gostava na vida: dirigir caminhões -, no trecho da estrada São Caetano/Caruaru.

A tristeza pela sua morte e a busca de prosperidade dos filhos fez com que a família fincasse raízes no Recife. Seus filhos: Maria Lúcia, casada com o dr. Alberto Nogueira Virgínio, tem quatro filhos, reside no Recife; Antônio e Maria do Socorro residem em São Paulo, estão casados, com Etiene e Luiz, respectivamente, e têm dois filhos cada um; Araújo reside em Afogados, com a esposa Janice. O único que seguiu os passos e o sonho do pai em ser caminhoneiro. Hoje tem uma oficina mecânica no mesmo lugar onde Zé Gago consertava seus automóveis. Ambos conheceram grande parte do Brasil, juntos, e foram pioneiros na Transamazônica - importante rodovia construída na década de 60; Luciano, também casado; Maria Ivone é mãe de Gabriela; A caçula, Tatiane Cybelle, também casada, é jornalista.

Por solicitação do vereador José Tenório de Moraes, no Loteamento Manuela Valadares, bairro do Borges em Afogados da Ingazeira, existe uma rua com o seu nome.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 31-maio-2020 / 8:31:07

FERNANDO SIMÃO DA SILVA
1901-1981

"Nasceu em São Bento do Una, em 30 de maio do ano de 1901 (há 119 anos). Nem poderia ser natural de Afogados da Ingazeira, pois nesta data ainda não existia como cidade. Membro de uma família numerosa composta por 5 homens e 7 mulheres. Casou em 1935 com Inácia Freitas da Silva com quem teve 7 filhos. De sua cidade natal migrou para o povoado de Algodões, município de Sertânia onde permaneceu até o ano de 1944.

Para decidir por Afogados da Ingazeira foi orientado por Padre Cícero Romão Batista. Foi ao Ceará fazer uma confissão com o padre por considerá-lo muito sábio a quem pediu sua opinião sobre “para onde deveria migrar”. O padre orientou que Afogados da Ingazeira seria a cidade próspera pois lá iria chegar a rede ferroviária e assim o desenvolvimento econômico, social e educacional. Na mudança já levou seus 3 primeiros filhos: Edival, Edileuza e Edilena, o primeiro já em idade escolar.

Sempre lidou com comércio, pecuária e com a agricultura em terceiro plano. Em Afogados da Ingazeira se instalou nos mesmos ramos de atividades focadas desde jovem. No comércio, considerado por ele a atividade mais viável dentre as três que atuava, iniciou com o então chamado “secos e molhados”. Posteriormente, em outro espaço físico, incrementou seu comércio com material de construção (hidráulica e elétrica), implementos agrícolas e até tecido e utilidades domésticas.

Na instalação da energia elétrica em Afogados foi um dos comerciantes que atendeu a demanda da população e consequentemente aumentou em muito o movimento da sua firma e do comércio local, em geral.

Também aventurou numa atividade lucrativa que foi o jogo do bicho (Banca Pajeú), enquanto atividade legal. Viver na ilegalidade não fazia parte da sua personalidade, de modo que, quando não mais foi permitida, deixou o ramo de bicheiro.

Na política não se envolvia diretamente, mas tinha suas preferências por algum candidato, independentemente do partido, e até contribuía discretamente com as campanhas. Admirava oradores e suas falas e era muito visitado em épocas de campanha.

Sempre considerou Afogados da Ingazeira como sua cidade natal, onde nasceram mais 4 dos seus 7 filhos (Osvaldo, Edineia, Edleide e Edna). Lá viveu até a finalização dos seus dias, em 1981, aos 80 anos.

Além do comércio, desenvolveu em terras de Afogados da Ingazeira, a pecuária como prazer, pois admirava e tratava muito bem os animais. Contou com o retorno financeiro da produção de leite e gado de corte. Sempre possuiu cavalos que os tinha para admiração, transporte, manejo das propriedades e para o esporte de “corridas de prado” da região - sua maior vaidade e seu raro lazer.

Era requisitado como coordenador de apostas e fiel guardador de valores apostados. Investia no seu próprio cronômetro para conferência com os dos organizadores.

Apesar de dispor de terra e de alguma reserva de água nunca valorizou a agricultura, atividade que considerava pouco rentável para o trabalho demandado. Apostou um pouco no algodão mas desistiu, oportunamente. Tinha o cultivo de grãos como subsistência para os operários moradores das propriedades. Sempre aconselhava os filhos a não investir na agricultura, sobretudo pela incerteza do sucesso.

Contribuiu com o aumento da população de Afogados da Ingazeira pois sempre procurou os parentes, filhos de irmãos, para auxiliar nas suas atividades, sobretudo no comércio. Dos muitos sobrinhos que acolheu na sua casa e na sua empresa 3 permaneceram (Adalgisa, Ademir e Adeilda), os quais geraram 8 afogadenses e destes, já se perde a conta de quantos nasceram e permanecem na cidade. Dos muitos sobrinhos que trabalharam com ele, Ademir Rodrigues foi o que mais se identificou com sua personalidade autoritária, bem como com a atividade comercial e, portanto, lhe acompanhou até a finalização da empresa.

Fernando Simão foi o exemplo do homem de personalidade forte, sempre leal aos amigos de quem sempre esperava o mesmo. Decidido nos seus projetos e cumpridor de metas rigorosamente estabelecidas para si. Muito justo nas decisões e correto com os compromissos. Pela tragédia de perder a esposa precocemente, assumiu o papel de mãe com dedicação e competência, de uma forma que impressiona até nos tempos atuais. Este pode ter sido o seu maior e melhor papel.

Dentre seus amigos Afogadenses destacamos: Helvécio Lima (compadre), José Rodrigues de Brito, Guardiato Véras, Hermes Canto (compadre), José Veras, Pedro Pires, Antônio Jorge, Zezito Leite Padilha, Ernesto Mariano, dentre outros.

Autodidata na alfabetização e na matemática, seu conhecimento de economia e finanças foi baseado em informações do 'Jornal do Commercio', do qual foi leitor contumaz. As informações o permitia discutir até com aqueles que frequentava as escolas da época.

Seu dinamismo e compreensão do mundo foram admirados até no ambiente extrafamiliar. Muitos amigos lhe recorriam para aconselhamento em assuntos econômicos, certamente com a garantia do sigilo até para a família.

Os afogadenses o acolheram satisfatoriamente e reconheceram a luta e o trabalho de um cidadão que, da forma possível para a época, ajudou no desenvolvimento da cidade. Isto está demonstrado e eternizado na homenagem recebida com o registro de uma rua com seu nome – Rua Fernando Simão da Silva."

(Por Edleide Freitas Pires, sua filha)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 30-maio-2020 / 6:51:47
RÉQUIEM PARA EDIVAL
13/09/1937 - 13/11/2017

"Sempre procurei em mim explicação do meu grande apreço por Edival. Encontrei nele as razões da minha admiração. A sua personalidade como homem íntegro, atencioso, educado, zeloso pela família e extremamente responsável me fez acreditar que ele foi uma criatura realmente admirável.

Muito tenho a lhe agradecer (o que externei muito em vida), pois considero ter sido ele o indutor do meu desenvolvimento pessoal. Suas características foram admiradas desde criança quando os professores enviavam mensagens aos pais elogiando seu desempenho. Seu senso de responsabilidade foi demonstrado muito jovem quando ainda na pré-adolescência teve que deixar a casa dos pais para buscar estudos mais avançados. Ainda jovem buscou sua independência financeira quando ainda estudante universitário assumiu o seu primeiro emprego. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife-UFPE teve um desbravar de uma carreira que prometia ser brilhante, sobretudo pela ideologia política. O golpe militar de 1964 golpeou seus sonhos e proporcionou outros. Fora do Brasil pôde fazer o que mais gostou: estudar. Estudou Ciências Políticas na Universidade de Louvain, Belgica, e teve oportunidade de aplicar seus conhecimentos num cargo público no estado de São Paulo, onde permaneceu trabalhando até completar 70 anos, quando foi afastado do trabalho compulsoriamente.

Por diversas razões, sua memória permanecerá entre nós.

Ele certamente merecerá o melhor lugar na eternidade como está nos meus pensamentos."

(Sua irmã Ledinha, em 20 de novembro de 2017)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 29-maio-2020 / 19:52:16
Caro Amigo Fernando,

Como sempre tens algo muito interessante para falarmos, e desta vez algo que me toca profundamente. Trata-se da minha irmã Firmina, muito querida num Afogados da Ingazeira que conheci anos depois. Ela casou-se com Julio Bento e tiveram cinco filhos: três meninas e dois meninos, que posso dizer crescemos praticamente juntos, pois meu pai visitava frequentemente o sitio onde eles residiam, e eles nos visitavam periodicamente. Riacho Fundo, alguns quilômetros depois da Ingazeira, era um lugar precioso; na época eu estava entre nove ou dez anos de idade.

Rosilda, a filha mais velha, ainda mora naquele local que tivemos a oportunidade de visitar quando da minha última visita a Afogados, juntamente com Ian, meu neto. Foi uma grande oportunidade de introduzi-lo ao meu passado tão maravilhoso.

Essa Certidão de Nascimento de 12 de outubro de 1907, da minha irmã Firmina, documento legal e de valor inestimável, que me enviaste, não só para mim, como para meus sobrinhos e sobrinhas, é algo de valor inestimável. É a nossa vida que tem passado tão rápido, que nos deixa atônitos.

Numa das minhas visitas a Riacho Fundo, lembro-me bem da minha espontânea expressão, reagindo à experiência daquela visita ao local. Nós estávamos na porteira de entrada ao sitio, e acompanhado por um rapaz que residia no local, fiquei tão encantado que com toda energia comecei a gritar, imitando Tarzan que eu havia visto no "cine Pajeú"; a reação dos que chegaram a me ouvir me deixou surpreso, mas era normal.

Caro amigo, você tem me proporcionado muitas surpresas agradáveis, ao meu ver esta como uma das mais impressionantes, e eu muito lhe agradeço.
Continue com seu trabalho jornalístico e histórico; Afogados da Ingazeira lhe será grato.
Eu posso dizer, Fernando, um grande trabalho das Memórias dos tempos idos.
Que o Senhor Deus vos abençoe e guarde.
Um abraço!

Zeze Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA Brasil - 27-maio-2020 / 15:16:55

Que o Senhor o ampare nas Graças do Oriente Eterno.
Meus pêsames aos seus familiares.

José Batista <batista.inga@globo.com>
Recife, PE Brasil - 23-maio-2020 / 0:22:46

Fomos informados, há pouco, que o conterrâneo Luiz de França Rabelo Santos (Lula de Dóia), faleceu ontem aqui no Recife.
Deixa viúva Cléa e dois filhos.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 22-maio-2020 / 16:21:34

Caso queira, [INSCREVA-SE no meu Canal do YouTube] - "FernandoPires1" - e vc será informado todas as vezes que eu postar algum vídeo.

Ao clicar em qualquer um dos nossos mais de 170 vídeos, vc verá a opção "INSCREVER-SE".

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-maio-2020 / 18:50:31

Há 53 anos (17.05.1967) falecia Pedro Pires Ferreira

Ele nasceu na Fazenda São Joaquim, Afogados de Ingazeira, em 29 de abril de 1895. Filho de Francisco Pires Ferreira e Antonia Mascena Pires. Seu pai, provável descendente de um dos 15 irmãos de Gervásio Pires Ferreira, filho de portugueses e governador do Estado de Pernambuco à época da Independência, em 1822.
Em 1918, casou-se com Albertina Xavier Pires, sua primeira esposa, que faleceu em 1933, deixando sete filhos. Viúvo casou-se em 1935, com Maria de Lourdes Liberal Pires. Dessa união nasceram cinco filhos.

Foi batizado na capela de Afogados em maio de 1895. Criou seus filhos com lições vivas de caridade e amparo aos menos favorecidos. Vinha de uma família modesta, bem conceituada e de dependência econômica relativamente considerável. Fez seus estudos primários dentro dos limites de ensino da zona rural de seu tempo (professor em casa), contudo revelou seu gosto pelas letras, tendência para o comércio e para a política.
Em 1928, aos 33 anos de idade, foi prefeito de Afogados da Ingazeira, substituindo o Dr. Antunes Filho. Administrou o município com seis Vilas e cinco Povoados: Afogados da Ingazeira, Sede; Espírito Santo (Tabira), Vila; Bom Jesus (Tuparetama), Vila; Ingazeira, Vila; Solidão, Vila; São Sebastião (Iguaracy), Vila; Varas (Jabitacá), Vila; Pelo Sinal de Solidão, Povoado; São Francisco de Solidão, Povoado; Santa Rosa de Ingazeira, Povoado; Coruja de São Sebastião (Irajaí), Povoado; Santa Rita de Bom Jesus (Tuparetama), Povoado.

"Ao assumir a prefeitura de Afogados da Ingazeira, já cognominado de 'jovem líder' pelo então governador Dr. Manoel Borba, tratou logo de reunir as forças políticas do município para traçar seu programa de governo, começando pelo primeiro Grupo Escolar Municipal (onde hoje é localizado o prédio da prefeitura); a seguir, instalou energia elétrica, gerada a motor a óleo diesel, com simples posteação pública; pediu estradas ao governo do Estado, no que foi atendido. Seu objetivo era trazer desenvolvimento para o município de Afogados da Ingazeira, em cuja cidade residiu por alguns anos.
Na prática, foi considerado um técnico, um homem de ciência política, sem haver freqüentado escola. Um homem que fez questão de registrar suas glórias políticas, aceitando os insucessos sem diminuir ou humilhar seus poucos adversários.
Quando reconhecia seu erro, sabia pedir perdão com facilidade, por conta de sua formação religiosa, razão porque, hoje, amanhã e sempre, será enaltecido; fez sua imagem de tal forma que não vai se evaporar no tempo.

A mudança de rumos no Governo de Vargas, com a implantação do chamado Estado-Novo, permitiu a volta de Pedro Pires Ferreira à chefia política de Afogados da Ingazeira, onde voltaria a ser novamente prefeito. Essa liderança foi exercida até 1948 quando da emancipação política de Tabira, sua principal base eleitoral.
O Cel. Pedro Pires, ainda, foi o primeiro prefeito constitucional de Tabira em 1949 e, outra vez, em 1958; deputado Estadual em duas Legislaturas (1954/1958 e 1958/1961). A partir de 1937 ficou à frente do destino de sua vilazinha de 'Espírito Santo' até o dia em que Deus o levou deste mundo. À época do governo do professor Agamenon Magalhães, elegeu deputado estadual o seu filho José Pires.

Faleceu a 18 dias de completar os 72 anos de idade, no dia 17 de maio de 1967, no Recife, sendo sepultado no dia seguinte em Tabira. Ao seu sepultamento em Tabira, compareceram milhares de pessoas, dentre outros lugares, do Recife, Rio Branco (Arcoverde), Sertânia, Triunfo, Flores, Carnaíba, São José do Egito, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira e, de Monteiro, Princesa Isabel e Água Branca (estas, no Estado da Paraíba)."

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-maio-2020 / 14:51:20
Há 11 anos - Sabedores de que dona Angelita de Oliveira Lima estaria prestes a completar 90 anos de idade em 13 de março de 2009, conversamos com Leninha, sua filha (esposa de Tasso Martins), e fomos à sua residência para ouvi-la. Três anos após, no dia 16 de maio de 2012, ela partia.
O vídeo está no Canal Fernando Pires1

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Filha de Dário Mascena Bastos e Constância Gomes dos Santos, dona Angelita nasceu em 13 de março de 1919 no sítio Covoadas, distrito de Tabira, então Afogados da Ingazeira.
Sendo de uma família católica, passou a ser evangélica após o casamento com o Sr. Domingos que professava aquela religião. Sua vida, quando criança, foi de nômade, pois seu pai, homem simples, participava de frentes de trabalho do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) naquela época de grandes secas, passando de uma cidade para outra, entre Iguaracy e Caruaru.
Aos 13 anos de idade, finalmente, a família de Angelita se estabeleceu na cidade de Afogados da Ingazeira, onde ela passou toda a sua juventude. Já moça feita, seus olhos encontraram o grande amor da sua vida e, em 27 de julho de 1944, se casou na Igreja Católica com o jovem Domingos Ferreira Lima. O padre oficiante da união foi Olímpio Torres. O casamento civil se deu em Sertânia, em virtude de o juiz daquela localidade estar respondendo, também, por Afogados da Ingazeira. Dessa união nasceram quatro filhas: Miriam, Miranete, Marilene e Marenice.
Hoje, é evangélica, juntamente com as filhas e netos. Durante muito tempo participou do coral da Igreja Presbiteriana da Av. Rio Branco. “Quando conheci a palavra de Deus, tinha vontade de ler, mas mãe dizia que quem lesse, 'endoidecia'. Naquela época, anos 40, só quem tinha uma bíblia dos evangélicos era o Sr. Firmino Marinheiro, do Riacho do Gado, em Tabira”, disse dona Angelita.
Em 13 de março de 2009, comemorou-se o seu 90º aniversário de vida, juntamente com os familiares, inclusive os vindos de outras cidades e que ainda não se conheciam.
Bastante debilitada, aos 93 anos de idade, dona Angelita faleceu numa quarta-feira 16 de maio de 2012, na Casa de Saúde Dr. José Evóide de Moura. Seu sepultamento foi realizado no cemitério São Judas Tadeu.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 16-maio-2020 / 9:45:13


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Neste 13 de maio, há 48 anos (1972), falecia Aurélio Pires Ferreira, querido avô materno. Infelizmente não pude estar presente ao velório, pois me encontrava em Viçosa (AL), onde trabalhava no Banco do Brasil. Naquele tempo, a comunicação telefônica era muito ruim. Fui informado por 'telegrama', através dos Correios, à noite.
Nesse mesmo dia (13.05), há 11 anos (2009), perdíamos a querida prima Raquel Pires. Dois dias antes, a caminho de Afogados da Ingazeira para o sepultamento de Joseli Gomes Torres, esposo da minha tia Dária, quando passavam por Bezerros ela se sentiu mal e retornou para o Recife, falecendo no hospital Esperança.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 15-maio-2020 / 19:18:10


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Naquele 9 de outubro de 2015, nos encontramos em Afogados da Ingazeira com os amigos Carlinho de Lica, Geraldo e Dardo.

Eduardo Carlos Siqueira Veras (Dardo) partiu em 27.08.2016, e Geraldo Berardinelli da Silva em 08.06.2018. Deixaram saudades!

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 12-maio-2020 / 17:16:46

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 11-maio-2020 / 16:59:31

Feliz Dia das mães!

Em especial para aquela que tanto se dedicou por toda a vida para dar sempre o melhor aos seus filhos. Para aquela que deixou de viver a própria vida para viver a dos seus filhos. Certo ou errado, tudo feito com tanto amor e resiliência que merece todo o reconhecimento do mundo.

Só agora, mãe, depois que me tornei uma, percebo o quanto de significado tinha tudo que era feito no dia a dia; a casa sempre limpa, a comida sempre na mesa, as roupas sempre cheirosas na gaveta, as noites de estudos após o cansativo dia de trabalho.

Muitas fases e novos desafios, inúmeras fraldas de pano para lavar todos os dias, depois a fase escolar, a adolescência, ou melhor "aborrescência" e todo o trabalho que sei que dei... Quantas vezes te fiz chorar, e mesmo assim você estava lá, mostrando como era a vida... Estava em formação a pessoa que hoje sou, seu espelho, tentando hoje ser um pouco da Mãe tão dedicada que você foi pra mim e meus irmãos.

Hoje eu queria te abraçar bem forte e dizer o quanto te amo e quanto todo o teu carinho foi tão importante para a minha vida, mas a falta da presença física não impede que eu diga:
EU TE AMO INFINITAMENTE!

Fernanda Pires
Recife, PE Brasil - 10-maio-2020 / 10:18:39

Quanta saudade, Mãe!

Vejo tua imagem sempre à frente, em fotografias, junto a Tidinha que também foi uma mãe admirável.
Peço ao Pai Eterno que me permita um dia revê-las.
As saudades são muitas...

Ser teu filho foi a graça maior que o Pai Eterno me concedeu. Teu seio materno me alimentou nos primeiros momentos...
Teu caráter e honestidade me fizeram ser o homem que hoje sou.

A separação é terrível, mas Deus sabe o momento exato da nossa Passagem.
Saiba, Mãe, todos os dias ao acordar e ao me deitar, elevo minhas preces ao Pai Eterno.
Isso me conforta... até um dia quando nos reencontraremos.
Te amarei eternamente!

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 10-maio-2020 / 10:11:14

Minha prece
Minha mãe sempre me despertará calma, sabedoria e amor.

Elevo meu olhar aos céus e, em pensamentos, rogo a Deus pela mulher que Ele me deu por mãe. Em seu rosto, vejo a face serena de Deus a me abençoar todos os dias de minha vida.
Agradeço-Lhe por me dar sua presença carinhosa entre nós, seus filhos, espalhando carinho a todos. Minha mãe sempre me despertará calma, sabedoria e amor. E, por esse amor, rogo a Deus que seu riso seja sempre maior que suas lágrimas, que a dor nunca ultrapasse seu semblante e que dia e noite, na felicidade e na tristeza, na saúde e na doença, suas bênçãos estejam sempre em seu caminhar e que sua presença esteja entre nós por muitos e muitos anos.
Deus, velai sobre minha mãe, acalenta o seu adormecer, acalma seu coração, relaxa seu rosto e faz resplandecer sobre ti nosso amor. Rendo graças a Deus por seu existir.

Maria Lúcia Nogueira
Advogada e escritora.
(Folha.PE)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 9-maio-2020 / 8:31:25

Há dois anos (08.05.2018) o querido amigo José Cerquinha da Fonseca (Zé Coió) deixava essa dimensão, levando consigo a sua simpatia e bom humor.
Certamente será lembrado por muitos e muitos anos pelos parentes e amigos, inclusive nos bons momentos festivos dos quais participava transbordando sua alegria contagiante.
Recordo-me, muito - não esqueço - que quando minha mãe, Dona Erotides, faleceu, ele participou intensamente do velório e acompanhou o caixão até o seu sepultamento, muito contrito. No momento eu o abracei e lhe transmiti minha percepção do seu ato.
O casal Tila e Coió e os meus pais, eram compadres.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 8-maio-2020 / 15:00:30

Fomos informados pelo amigo (colega no BB nos anos 1980 em Afogados da Ingazeira) José Carlos de Lima, do falecimento de sua esposa INALVA (também ex-colega no BB), ocorrido no início desta manhã de quarta-feira em João Pessoa (PB).
Devido ao momento atual, não houve velório.
Nossa solidariedade aos familiares.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 6-maio-2020 / 19:37:28
O empresário Antenor Liberal Batista, um dos fundadores da rede de lojas Insinuante, morreu aos 93 anos em Salvador. Batista morreu na manhã de terça-feira (05.05). As causas da morte não foram divulgadas. O corpo dele foi enterrado ainda na tarde de terça, na capital baiana.
A cerimônia de sepultamento foi fechada para 10 familiares do empresário, por causa da crise provocada pelo coronavírus.
Antenor Liberal Batista nasceu na cidade de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, e se mudou para o município de Vitória da Conquista, sudoeste baiano, em 1952.
Foi em Vitória da Conquista que o empresário, ao lado do irmão Adalberto Liberal Batista, fundou as Lojas Insinuante, uma das principais redes do estado. (G1 - Bahia)

Antenor era filho de Pedro Batista Tavares, grande comerciante de Afogados da Ingazeira até os anos 1960.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 6-maio-2020 / 16:16:35
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