AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

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JANELAS EM QUARENTENA
Edleide Freitas Pires (*)

Em tempo de quarentena janelas têm vida. Vejo da minha uma verdadeira mudança de comportamentos nunca antes observados. Homens em atividades domésticas suprindo suas próprias necessidades. Vejo desenvolvimento de talentos em uma máquina de costura que não para, seja noite ou dia. Vejo gente reunida a preparar jantar onde antes parecia que só havia um morador. Há também um notório aumento do número de luzes acesas nos prédios e reduzido número de veículos a iluminar as ruas. O silêncio dos bairros populosos foi exacerbado pelo barulho reduzido dos motores, onde os pássaros têm a notoriedade merecida. A organização dos pássaros é invejável. Têm a hora de cantar. Sabiás apresentam seu show às 4hs e às 7hs. Bem-te-vis cantam mais alto e os menos talentosos ou nunca antes percebidos se espalham sem serem molestados por humanos e máquinas.

De lá podem ver a minha também muito mudada. Vêm um corpo em movimento no mesmo lugar e nem sei se imaginam que se trata de uma esteira elétrica que me leva a algum objetivo antes desprezado. Podem querer entender o que se faz junto à uma janela a cortar papéis e pintar caixas de isopor. Nem percebem que é o despertar de um mínimo talento para a arte que valorizará baldes de gelo a partir de materiais de baixo custo e reciclados. Também podem ver o despertar de uma máquina de costura sem saber que se busca a reutilização ou até mesmo zelo para confecção de máscaras de proteção a contaminações.

Por dentro da minha janela percebi a quantidade de coisas desnecessárias e toquei a descartar e organizar seguindo a técnica do 5S. Então descobri que aranhas e cupins trabalham mesmo em tempo de confinamento compulsório. Percebi também que usos podem ser soluções para reparo de equipamentos há muito considerados obsoletos. Percebi que música faz bem à alma, gera paciência e impulsiona a vida e que tudo que se pensa para descrever uma vida reclusa no confinamento recomendado para proteção contra o poderoso vírus denominado Corona, alguém já pensou em tempo de cruel e injusta ditadura e referiu em músicas. Nesta o exílio também foi compulsório e sobejamente sofrido.

Um pensador já repetia como um mantra “o mundo vai mudar”. Este coincide com minhas perspectivas. No mínimo, os hábitos de higiene vão ser valorizados e, certamente, a população vai preferir água e saneamento básico a imensos estádios de futebol e, certamente, os políticos vão entender. Espera-se também que homens brasileiros se tornem autossuficientes, de modo a não se considerarem incapazes de gerir sua própria vida, suas próprias coisas e seu bem-estar.

A igualdade social ou, no mínimo, a redução dos desníveis sociais, vão ser valorizadas. A dificuldade de acesso a água e a alimentos com garantia de qualidade são fatores que nos colocam num nível de desigualdade preocupante. Esperamos que isto também mude.

Vamos mudar, o mundo vai mudar e vamos aprender muito e, certamente, vamos melhorar.

(*) Nutricionista, Profa da Universidade Federal Rural de Pernambuco

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-junho-2020 / 16:29:10
Fernando, sou Neide Marques de Barros, sua amiga que morava na av Rio Branco e grande amiga de Solange e Elane.
Chamou minha atenção o texto de Lúcia em razão do pai dela ser primo do meu (Também José Marques - Zé de Deca que era irmão de tia Noca). Nessas histórias entrelaçadas, nossos sentimentos e lembranças afloram bem mais fortes! Lembro que os dois “José Marques” - o de Deca e o de Noca - serviram o exército na mesma época em Recife.
A maior felicidade do meu pai foi quando recebeu a notícia do final da guerra, considerando que estava escalado para pegar o navio na semana seguinte! Quanta felicidade! Meu pai também para Tabira, namorou minha mãe Deijanira (Pretinha) e aqui estamos contando mais uma linda história de uma “quase afogadense“ que saiu de Tabira aos 5 anos para morar em Afogados e juntar-se aos Marques de lá, ali fazendo grandes amigos até os 17 anos quando mudei para Recife.
Sempre mantenho contato com Lúcia de Janete!
Se puder, inclua o primo José Marques no texto.
Meu grande abraço!
Neide

_________________________

Neide, é um imenso prazer esse contato contigo. Fique à vontade para escrever neste Mural.
A última vez que nos vimos, salvo engano, foi num momento familiar muito doloroso, na Igreja de Casa Forte. (Fernando Pires)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-junho-2020 / 15:03:19
Há 99 anos, em 31 de maio de 1921, nascia em Tabira, então território afogadense, José Marques de Araújo (Zé Gago), segundo filho e único varão do casal Antônio Salviano de Araújo e Vicência Clara de Jesus. Tinha cinco irmãs: Carmélia, Maria José, Isa, Maria do Socorro e Expedita.

Na sua cidade natal foi aluno de dona Silvana Silveira Silva e Erotides Góes.

Conhecido como "Zé de Noca"; "Baraúna"; mas o que tornou marca registrada foi mesmo "Zé Gago", adquirido ainda na infância, pelo hábito de gaguejar, na ânsia de falar tudo o que pensava ao mesmo tempo.

Em 1937, com 16 anos, altera a idade para realizar o sonho de servir ao Exército Brasileiro. Em plena Segunda Guerra Mundial, José seguiria rumo à Europa, porém, permanece em Aldeia, Camaragibe-PE, onde aprendeu a guiar carros e carregava os pracinhas aos navios no Porto do Recife.

Para felicidade da família, ele fica aguardando no litoral brasileiro as ordens de embarque, o que não acontece, pois a Guerra havia chegado ao fim. Nesse período, convive com o cantor Luiz Gonzaga, que também servia ao Exército.

Posteriormente José recebe o mérito de Ex-combatente do Exército Brasileiro pelas Forças Armadas.

Após a Guerra, e de volta a Tabira, começa a trabalhar e pede auxílio à dona Noca, sua mãe, para que ela guarde suas economias. O ano era 1947.
Quando consegue juntar Cr$ 47,00 (quarenta e sete cruzeiros), compra o primeiro caminhão ao sr. Severino José, um modelo Ford, de placa PE 1-47-90.
Em 7 de março de 1950 faz sua primeira viagem a São Paulo, dando início ao que seria sua profissão: caminhoneiro. Trabalhou, também, na farmácia da família Frazão, em Princesa Isabel-PB.
Em 7 de julho de 1952 casa-se com a jovem Jeanete do Nascimento Góes, com a qual teve sete filhos: Maria Lúcia, Antônio, Maria do Socorro, José Filho (Araújo), Luciano, Maria Ivone e Tatiane Cybelle.

Foi um dos primeiros "afogadenses" a enfrentar, como motorista “chauffeur de caminhão”, as difíceis estradas, ainda de terra, da Rio/Bahia na década de 50. Mal sabia ele que sua profissão ajudaria no desenvolvimento da cidade e região que escolhera para viver ao lado de sua família: Afogados da Ingazeira.

Aposentou-se pelo INSS em 1978. Viveu prezando pela dignidade e honra no seu lar, ao lado de sua família, na Praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara, 147, ao lado da Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, até 15 de agosto de 1980, quando sofreu um acidente - fazendo o que mais gostava na vida: dirigir caminhões -, no trecho da estrada São Caetano/Caruaru.

A tristeza pela sua morte e a busca de prosperidade dos filhos fez com que a família fincasse raízes no Recife. Seus filhos: Maria Lúcia, casada com o dr. Alberto Nogueira Virgínio, tem quatro filhos, reside no Recife; Antônio e Maria do Socorro residem em São Paulo, estão casados, com Etiene e Luiz, respectivamente, e têm dois filhos cada um; Araújo reside em Afogados, com a esposa Janice. O único que seguiu os passos e o sonho do pai em ser caminhoneiro. Hoje tem uma oficina mecânica no mesmo lugar onde Zé Gago consertava seus automóveis. Ambos conheceram grande parte do Brasil, juntos, e foram pioneiros na Transamazônica - importante rodovia construída na década de 60; Luciano, também casado; Maria Ivone é mãe de Gabriela; A caçula, Tatiane Cybelle, também casada, é jornalista.

Por solicitação do vereador José Tenório de Moraes, no Loteamento Manuela Valadares, bairro do Borges em Afogados da Ingazeira, existe uma rua com o seu nome.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 31-maio-2020 / 8:31:07

FERNANDO SIMÃO DA SILVA
1901-1981

"Nasceu em São Bento do Una, em 30 de maio do ano de 1901 (há 119 anos). Nem poderia ser natural de Afogados da Ingazeira, pois nesta data ainda não existia como cidade. Membro de uma família numerosa composta por 5 homens e 7 mulheres. Casou em 1935 com Inácia Freitas da Silva com quem teve 7 filhos. De sua cidade natal migrou para o povoado de Algodões, município de Sertânia onde permaneceu até o ano de 1944.

Para decidir por Afogados da Ingazeira foi orientado por Padre Cícero Romão Batista. Foi ao Ceará fazer uma confissão com o padre por considerá-lo muito sábio a quem pediu sua opinião sobre “para onde deveria migrar”. O padre orientou que Afogados da Ingazeira seria a cidade próspera pois lá iria chegar a rede ferroviária e assim o desenvolvimento econômico, social e educacional. Na mudança já levou seus 3 primeiros filhos: Edival, Edileuza e Edilena, o primeiro já em idade escolar.

Sempre lidou com comércio, pecuária e com a agricultura em terceiro plano. Em Afogados da Ingazeira se instalou nos mesmos ramos de atividades focadas desde jovem. No comércio, considerado por ele a atividade mais viável dentre as três que atuava, iniciou com o então chamado “secos e molhados”. Posteriormente, em outro espaço físico, incrementou seu comércio com material de construção (hidráulica e elétrica), implementos agrícolas e até tecido e utilidades domésticas.

Na instalação da energia elétrica em Afogados foi um dos comerciantes que atendeu a demanda da população e consequentemente aumentou em muito o movimento da sua firma e do comércio local, em geral.

Também aventurou numa atividade lucrativa que foi o jogo do bicho (Banca Pajeú), enquanto atividade legal. Viver na ilegalidade não fazia parte da sua personalidade, de modo que, quando não mais foi permitida, deixou o ramo de bicheiro.

Na política não se envolvia diretamente, mas tinha suas preferências por algum candidato, independentemente do partido, e até contribuía discretamente com as campanhas. Admirava oradores e suas falas e era muito visitado em épocas de campanha.

Sempre considerou Afogados da Ingazeira como sua cidade natal, onde nasceram mais 4 dos seus 7 filhos (Osvaldo, Edineia, Edleide e Edna). Lá viveu até a finalização dos seus dias, em 1981, aos 80 anos.

Além do comércio, desenvolveu em terras de Afogados da Ingazeira, a pecuária como prazer, pois admirava e tratava muito bem os animais. Contou com o retorno financeiro da produção de leite e gado de corte. Sempre possuiu cavalos que os tinha para admiração, transporte, manejo das propriedades e para o esporte de “corridas de prado” da região - sua maior vaidade e seu raro lazer.

Era requisitado como coordenador de apostas e fiel guardador de valores apostados. Investia no seu próprio cronômetro para conferência com os dos organizadores.

Apesar de dispor de terra e de alguma reserva de água nunca valorizou a agricultura, atividade que considerava pouco rentável para o trabalho demandado. Apostou um pouco no algodão mas desistiu, oportunamente. Tinha o cultivo de grãos como subsistência para os operários moradores das propriedades. Sempre aconselhava os filhos a não investir na agricultura, sobretudo pela incerteza do sucesso.

Contribuiu com o aumento da população de Afogados da Ingazeira pois sempre procurou os parentes, filhos de irmãos, para auxiliar nas suas atividades, sobretudo no comércio. Dos muitos sobrinhos que acolheu na sua casa e na sua empresa 3 permaneceram (Adalgisa, Ademir e Adeilda), os quais geraram 8 afogadenses e destes, já se perde a conta de quantos nasceram e permanecem na cidade. Dos muitos sobrinhos que trabalharam com ele, Ademir Rodrigues foi o que mais se identificou com sua personalidade autoritária, bem como com a atividade comercial e, portanto, lhe acompanhou até a finalização da empresa.

Fernando Simão foi o exemplo do homem de personalidade forte, sempre leal aos amigos de quem sempre esperava o mesmo. Decidido nos seus projetos e cumpridor de metas rigorosamente estabelecidas para si. Muito justo nas decisões e correto com os compromissos. Pela tragédia de perder a esposa precocemente, assumiu o papel de mãe com dedicação e competência, de uma forma que impressiona até nos tempos atuais. Este pode ter sido o seu maior e melhor papel.

Dentre seus amigos Afogadenses destacamos: Helvécio Lima (compadre), José Rodrigues de Brito, Guardiato Véras, Hermes Canto (compadre), José Veras, Pedro Pires, Antônio Jorge, Zezito Leite Padilha, Ernesto Mariano, dentre outros.

Autodidata na alfabetização e na matemática, seu conhecimento de economia e finanças foi baseado em informações do 'Jornal do Commercio', do qual foi leitor contumaz. As informações o permitia discutir até com aqueles que frequentava as escolas da época.

Seu dinamismo e compreensão do mundo foram admirados até no ambiente extrafamiliar. Muitos amigos lhe recorriam para aconselhamento em assuntos econômicos, certamente com a garantia do sigilo até para a família.

Os afogadenses o acolheram satisfatoriamente e reconheceram a luta e o trabalho de um cidadão que, da forma possível para a época, ajudou no desenvolvimento da cidade. Isto está demonstrado e eternizado na homenagem recebida com o registro de uma rua com seu nome – Rua Fernando Simão da Silva."

(Por Edleide Freitas Pires, sua filha)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 30-maio-2020 / 6:51:47
RÉQUIEM PARA EDIVAL
13/09/1937 - 13/11/2017

"Sempre procurei em mim explicação do meu grande apreço por Edival. Encontrei nele as razões da minha admiração. A sua personalidade como homem íntegro, atencioso, educado, zeloso pela família e extremamente responsável me fez acreditar que ele foi uma criatura realmente admirável.

Muito tenho a lhe agradecer (o que externei muito em vida), pois considero ter sido ele o indutor do meu desenvolvimento pessoal. Suas características foram admiradas desde criança quando os professores enviavam mensagens aos pais elogiando seu desempenho. Seu senso de responsabilidade foi demonstrado muito jovem quando ainda na pré-adolescência teve que deixar a casa dos pais para buscar estudos mais avançados. Ainda jovem buscou sua independência financeira quando ainda estudante universitário assumiu o seu primeiro emprego. Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife-UFPE teve um desbravar de uma carreira que prometia ser brilhante, sobretudo pela ideologia política. O golpe militar de 1964 golpeou seus sonhos e proporcionou outros. Fora do Brasil pôde fazer o que mais gostou: estudar. Estudou Ciências Políticas na Universidade de Louvain, Belgica, e teve oportunidade de aplicar seus conhecimentos num cargo público no estado de São Paulo, onde permaneceu trabalhando até completar 70 anos, quando foi afastado do trabalho compulsoriamente.

Por diversas razões, sua memória permanecerá entre nós.

Ele certamente merecerá o melhor lugar na eternidade como está nos meus pensamentos."

(Sua irmã Ledinha, em 20 de novembro de 2017)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 29-maio-2020 / 19:52:16
Caro Amigo Fernando,

Como sempre tens algo muito interessante para falarmos, e desta vez algo que me toca profundamente. Trata-se da minha irmã Firmina, muito querida num Afogados da Ingazeira que conheci anos depois. Ela casou-se com Julio Bento e tiveram cinco filhos: três meninas e dois meninos, que posso dizer crescemos praticamente juntos, pois meu pai visitava frequentemente o sitio onde eles residiam, e eles nos visitavam periodicamente. Riacho Fundo, alguns quilômetros depois da Ingazeira, era um lugar precioso; na época eu estava entre nove ou dez anos de idade.

Rosilda, a filha mais velha, ainda mora naquele local que tivemos a oportunidade de visitar quando da minha última visita a Afogados, juntamente com Ian, meu neto. Foi uma grande oportunidade de introduzi-lo ao meu passado tão maravilhoso.

Essa Certidão de Nascimento de 12 de outubro de 1907, da minha irmã Firmina, documento legal e de valor inestimável, que me enviaste, não só para mim, como para meus sobrinhos e sobrinhas, é algo de valor inestimável. É a nossa vida que tem passado tão rápido, que nos deixa atônitos.

Numa das minhas visitas a Riacho Fundo, lembro-me bem da minha espontânea expressão, reagindo à experiência daquela visita ao local. Nós estávamos na porteira de entrada ao sitio, e acompanhado por um rapaz que residia no local, fiquei tão encantado que com toda energia comecei a gritar, imitando Tarzan que eu havia visto no "cine Pajeú"; a reação dos que chegaram a me ouvir me deixou surpreso, mas era normal.

Caro amigo, você tem me proporcionado muitas surpresas agradáveis, ao meu ver esta como uma das mais impressionantes, e eu muito lhe agradeço.
Continue com seu trabalho jornalístico e histórico; Afogados da Ingazeira lhe será grato.
Eu posso dizer, Fernando, um grande trabalho das Memórias dos tempos idos.
Que o Senhor Deus vos abençoe e guarde.
Um abraço!

Zeze Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA Brasil - 27-maio-2020 / 15:16:55

Que o Senhor o ampare nas Graças do Oriente Eterno.
Meus pêsames aos seus familiares.

José Batista <batista.inga@globo.com>
Recife, PE Brasil - 23-maio-2020 / 0:22:46

Fomos informados, há pouco, que o conterrâneo Luiz de França Rabelo Santos (Lula de Dóia), faleceu ontem aqui no Recife.
Deixa viúva Cléa e dois filhos.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 22-maio-2020 / 16:21:34

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-maio-2020 / 18:50:31

Há 53 anos (17.05.1967) falecia Pedro Pires Ferreira

Ele nasceu na Fazenda São Joaquim, Afogados de Ingazeira, em 29 de abril de 1895. Filho de Francisco Pires Ferreira e Antonia Mascena Pires. Seu pai, provável descendente de um dos 15 irmãos de Gervásio Pires Ferreira, filho de portugueses e governador do Estado de Pernambuco à época da Independência, em 1822.
Em 1918, casou-se com Albertina Xavier Pires, sua primeira esposa, que faleceu em 1933, deixando sete filhos. Viúvo casou-se em 1935, com Maria de Lourdes Liberal Pires. Dessa união nasceram cinco filhos.

Foi batizado na capela de Afogados em maio de 1895. Criou seus filhos com lições vivas de caridade e amparo aos menos favorecidos. Vinha de uma família modesta, bem conceituada e de dependência econômica relativamente considerável. Fez seus estudos primários dentro dos limites de ensino da zona rural de seu tempo (professor em casa), contudo revelou seu gosto pelas letras, tendência para o comércio e para a política.
Em 1928, aos 33 anos de idade, foi prefeito de Afogados da Ingazeira, substituindo o Dr. Antunes Filho. Administrou o município com seis Vilas e cinco Povoados: Afogados da Ingazeira, Sede; Espírito Santo (Tabira), Vila; Bom Jesus (Tuparetama), Vila; Ingazeira, Vila; Solidão, Vila; São Sebastião (Iguaracy), Vila; Varas (Jabitacá), Vila; Pelo Sinal de Solidão, Povoado; São Francisco de Solidão, Povoado; Santa Rosa de Ingazeira, Povoado; Coruja de São Sebastião (Irajaí), Povoado; Santa Rita de Bom Jesus (Tuparetama), Povoado.

"Ao assumir a prefeitura de Afogados da Ingazeira, já cognominado de 'jovem líder' pelo então governador Dr. Manoel Borba, tratou logo de reunir as forças políticas do município para traçar seu programa de governo, começando pelo primeiro Grupo Escolar Municipal (onde hoje é localizado o prédio da prefeitura); a seguir, instalou energia elétrica, gerada a motor a óleo diesel, com simples posteação pública; pediu estradas ao governo do Estado, no que foi atendido. Seu objetivo era trazer desenvolvimento para o município de Afogados da Ingazeira, em cuja cidade residiu por alguns anos.
Na prática, foi considerado um técnico, um homem de ciência política, sem haver freqüentado escola. Um homem que fez questão de registrar suas glórias políticas, aceitando os insucessos sem diminuir ou humilhar seus poucos adversários.
Quando reconhecia seu erro, sabia pedir perdão com facilidade, por conta de sua formação religiosa, razão porque, hoje, amanhã e sempre, será enaltecido; fez sua imagem de tal forma que não vai se evaporar no tempo.

A mudança de rumos no Governo de Vargas, com a implantação do chamado Estado-Novo, permitiu a volta de Pedro Pires Ferreira à chefia política de Afogados da Ingazeira, onde voltaria a ser novamente prefeito. Essa liderança foi exercida até 1948 quando da emancipação política de Tabira, sua principal base eleitoral.
O Cel. Pedro Pires, ainda, foi o primeiro prefeito constitucional de Tabira em 1949 e, outra vez, em 1958; deputado Estadual em duas Legislaturas (1954/1958 e 1958/1961). A partir de 1937 ficou à frente do destino de sua vilazinha de 'Espírito Santo' até o dia em que Deus o levou deste mundo. À época do governo do professor Agamenon Magalhães, elegeu deputado estadual o seu filho José Pires.

Faleceu a 18 dias de completar os 72 anos de idade, no dia 17 de maio de 1967, no Recife, sendo sepultado no dia seguinte em Tabira. Ao seu sepultamento em Tabira, compareceram milhares de pessoas, dentre outros lugares, do Recife, Rio Branco (Arcoverde), Sertânia, Triunfo, Flores, Carnaíba, São José do Egito, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira e, de Monteiro, Princesa Isabel e Água Branca (estas, no Estado da Paraíba)."

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-maio-2020 / 14:51:20
Há 11 anos - Sabedores de que dona Angelita de Oliveira Lima estaria prestes a completar 90 anos de idade em 13 de março de 2009, conversamos com Leninha, sua filha (esposa de Tasso Martins), e fomos à sua residência para ouvi-la. Três anos após, no dia 16 de maio de 2012, ela partia.
O vídeo está no Canal Fernando Pires1

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Filha de Dário Mascena Bastos e Constância Gomes dos Santos, dona Angelita nasceu em 13 de março de 1919 no sítio Covoadas, distrito de Tabira, então Afogados da Ingazeira.
Sendo de uma família católica, passou a ser evangélica após o casamento com o Sr. Domingos que professava aquela religião. Sua vida, quando criança, foi de nômade, pois seu pai, homem simples, participava de frentes de trabalho do DER (Departamento de Estradas e Rodagem) naquela época de grandes secas, passando de uma cidade para outra, entre Iguaracy e Caruaru.
Aos 13 anos de idade, finalmente, a família de Angelita se estabeleceu na cidade de Afogados da Ingazeira, onde ela passou toda a sua juventude. Já moça feita, seus olhos encontraram o grande amor da sua vida e, em 27 de julho de 1944, se casou na Igreja Católica com o jovem Domingos Ferreira Lima. O padre oficiante da união foi Olímpio Torres. O casamento civil se deu em Sertânia, em virtude de o juiz daquela localidade estar respondendo, também, por Afogados da Ingazeira. Dessa união nasceram quatro filhas: Miriam, Miranete, Marilene e Marenice.
Hoje, é evangélica, juntamente com as filhas e netos. Durante muito tempo participou do coral da Igreja Presbiteriana da Av. Rio Branco. “Quando conheci a palavra de Deus, tinha vontade de ler, mas mãe dizia que quem lesse, 'endoidecia'. Naquela época, anos 40, só quem tinha uma bíblia dos evangélicos era o Sr. Firmino Marinheiro, do Riacho do Gado, em Tabira”, disse dona Angelita.
Em 13 de março de 2009, comemorou-se o seu 90º aniversário de vida, juntamente com os familiares, inclusive os vindos de outras cidades e que ainda não se conheciam.
Bastante debilitada, aos 93 anos de idade, dona Angelita faleceu numa quarta-feira 16 de maio de 2012, na Casa de Saúde Dr. José Evóide de Moura. Seu sepultamento foi realizado no cemitério São Judas Tadeu.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 16-maio-2020 / 9:45:13


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Neste 13 de maio, há 48 anos (1972), falecia Aurélio Pires Ferreira, querido avô materno. Infelizmente não pude estar presente ao velório, pois me encontrava em Viçosa (AL), onde trabalhava no Banco do Brasil. Naquele tempo, a comunicação telefônica era muito ruim. Fui informado por 'telegrama', através dos Correios, à noite.
Nesse mesmo dia (13.05), há 11 anos (2009), perdíamos a querida prima Raquel Pires. Dois dias antes, a caminho de Afogados da Ingazeira para o sepultamento de Joseli Gomes Torres, esposo da minha tia Dária, quando passavam por Bezerros ela se sentiu mal e retornou para o Recife, falecendo no hospital Esperança.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 15-maio-2020 / 19:18:10


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Naquele 9 de outubro de 2015, nos encontramos em Afogados da Ingazeira com os amigos Carlinho de Lica, Geraldo e Dardo.

Eduardo Carlos Siqueira Veras (Dardo) partiu em 27.08.2016, e Geraldo Berardinelli da Silva em 08.06.2018. Deixaram saudades!

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 12-maio-2020 / 17:16:46

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 11-maio-2020 / 16:59:31

Feliz Dia das mães!

Em especial para aquela que tanto se dedicou por toda a vida para dar sempre o melhor aos seus filhos. Para aquela que deixou de viver a própria vida para viver a dos seus filhos. Certo ou errado, tudo feito com tanto amor e resiliência que merece todo o reconhecimento do mundo.

Só agora, mãe, depois que me tornei uma, percebo o quanto de significado tinha tudo que era feito no dia a dia; a casa sempre limpa, a comida sempre na mesa, as roupas sempre cheirosas na gaveta, as noites de estudos após o cansativo dia de trabalho.

Muitas fases e novos desafios, inúmeras fraldas de pano para lavar todos os dias, depois a fase escolar, a adolescência, ou melhor "aborrescência" e todo o trabalho que sei que dei... Quantas vezes te fiz chorar, e mesmo assim você estava lá, mostrando como era a vida... Estava em formação a pessoa que hoje sou, seu espelho, tentando hoje ser um pouco da Mãe tão dedicada que você foi pra mim e meus irmãos.

Hoje eu queria te abraçar bem forte e dizer o quanto te amo e quanto todo o teu carinho foi tão importante para a minha vida, mas a falta da presença física não impede que eu diga:
EU TE AMO INFINITAMENTE!

Fernanda Pires
Recife, PE Brasil - 10-maio-2020 / 10:18:39

Quanta saudade, Mãe!

Vejo tua imagem sempre à frente, em fotografias, junto a Tidinha que também foi uma mãe admirável.
Peço ao Pai Eterno que me permita um dia revê-las.
As saudades são muitas...

Ser teu filho foi a graça maior que o Pai Eterno me concedeu. Teu seio materno me alimentou nos primeiros momentos...
Teu caráter e honestidade me fizeram ser o homem que hoje sou.

A separação é terrível, mas Deus sabe o momento exato da nossa Passagem.
Saiba, Mãe, todos os dias ao acordar e ao me deitar, elevo minhas preces ao Pai Eterno.
Isso me conforta... até um dia quando nos reencontraremos.
Te amarei eternamente!

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 10-maio-2020 / 10:11:14

Minha prece
Minha mãe sempre me despertará calma, sabedoria e amor.

Elevo meu olhar aos céus e, em pensamentos, rogo a Deus pela mulher que Ele me deu por mãe. Em seu rosto, vejo a face serena de Deus a me abençoar todos os dias de minha vida.
Agradeço-Lhe por me dar sua presença carinhosa entre nós, seus filhos, espalhando carinho a todos. Minha mãe sempre me despertará calma, sabedoria e amor. E, por esse amor, rogo a Deus que seu riso seja sempre maior que suas lágrimas, que a dor nunca ultrapasse seu semblante e que dia e noite, na felicidade e na tristeza, na saúde e na doença, suas bênçãos estejam sempre em seu caminhar e que sua presença esteja entre nós por muitos e muitos anos.
Deus, velai sobre minha mãe, acalenta o seu adormecer, acalma seu coração, relaxa seu rosto e faz resplandecer sobre ti nosso amor. Rendo graças a Deus por seu existir.

Maria Lúcia Nogueira
Advogada e escritora.
(Folha.PE)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 9-maio-2020 / 8:31:25

Há dois anos (08.05.2018) o querido amigo José Cerquinha da Fonseca (Zé Coió) deixava essa dimensão, levando consigo a sua simpatia e bom humor.
Certamente será lembrado por muitos e muitos anos pelos parentes e amigos, inclusive nos bons momentos festivos dos quais participava transbordando sua alegria contagiante.
Recordo-me, muito - não esqueço - que quando minha mãe, Dona Erotides, faleceu, ele participou intensamente do velório e acompanhou o caixão até o seu sepultamento, muito contrito. No momento eu o abracei e lhe transmiti minha percepção do seu ato.
O casal Tila e Coió e os meus pais, eram compadres.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 8-maio-2020 / 15:00:30

Fomos informados pelo amigo (colega no BB nos anos 1980 em Afogados da Ingazeira) José Carlos de Lima, do falecimento de sua esposa INALVA (também ex-colega no BB), ocorrido no início desta manhã de quarta-feira em João Pessoa (PB).
Devido ao momento atual, não houve velório.
Nossa solidariedade aos familiares.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 6-maio-2020 / 19:37:28
O empresário Antenor Liberal Batista, um dos fundadores da rede de lojas Insinuante, morreu aos 93 anos em Salvador. Batista morreu na manhã de terça-feira (05.05). As causas da morte não foram divulgadas. O corpo dele foi enterrado ainda na tarde de terça, na capital baiana.
A cerimônia de sepultamento foi fechada para 10 familiares do empresário, por causa da crise provocada pelo coronavírus.
Antenor Liberal Batista nasceu na cidade de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, e se mudou para o município de Vitória da Conquista, sudoeste baiano, em 1952.
Foi em Vitória da Conquista que o empresário, ao lado do irmão Adalberto Liberal Batista, fundou as Lojas Insinuante, uma das principais redes do estado. (G1 - Bahia)

Antenor era filho de Pedro Batista Tavares, grande comerciante de Afogados da Ingazeira até os anos 1960.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 6-maio-2020 / 16:16:35
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