Hoje nos solidarizamos com o amigo Nill Jr. pelo falecimento de sua irmã Nívea Cléa Ramos Galindo, ocorrido na capital pernambucana nesta segunda-feira 21.
Faleceu no dia 17 de dezembro de 2020 (em Serra Talhada), Maria Sinelândia De Siqueira Lopes (foto), esposa do empresário José Lopes Nogueira, popularmente conhecido como Zuquinha. Nascida em Iguaracy, mudou-se ainda muito jovem para Afogados da Ingazeira onde formou uma família numerosa e sólida. Uma dona de casa e esposa exemplar, ela foi também uma mãe e avó incomparável. Mulher forte, prestativa e caridosa, ajudava muitos ao seu redor e mantinha enorme carinho e atenção especial aos animais de rua. Marido, filhos, sobrinha, genros e netos, ainda profundamente consternados com a perda, agradecem aos familiares, amigos e a todos que expressaram sua solidariedade neste momento de dor. Outrossim convidam a todos para a Missa do Sétimo Dia a ser celebrada nesta quarta-feira 23, às 19 horas na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios. Será uma missa campal. Por mais este ato de fé, os familiares agradecem
Oito anos de saudades de minha irmã Maria Betânia Bezerra de Freitas. Ela nasceu no dia 2 de setembro de 1962, e faleceu em 18 de dezembro de 2012.
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Ela foi casada com João Carlos Alves Viana (Cacau, filho de José Ivanildo Braga Viana, primeiro subgerente do BB-Afogados da Ingazeira nos anos 1960).
Cacau faleceu ontem (17.12), em Goiana, PE. Que Deus conforte seus familiares.
Maria Goretti Freitas
Recife, PE Brasil - 18-dezembro-2020 / 11:10:48
Faleceu ontem, aos 39 anos de idade (13/10/1981 - 17/12/2020), no Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, o nosso conterrâneo/amigo Silvio Cesar de Lima Ramos.
Portador de comorbidade (hipertensão e diabetes), tinha deficiência visual, mas, um jovem extrovertido e ativo com grande círculo de amizade. Aos seus pais Ângelo de Melo Ramos e Edna de Lima Ramos, nossa solidariedade.
Francisco Aurélio Pires Torres 27.10.1973 – 27.10.1999
No dia 21 de outubro de 2012 (há 8 anos) pedi pra minha tia Dária escrever algo sobre o seu filho, meu primo Francisco Aurélio, e ela respondeu: "É difícil escrever a história de Aurélio, por motivos óbvios; fiz assim, então:
FRANCISCO AURELIO PIRES TORRES Filiação: Joseli Gomes Torres e Dária Lúcia Pires Torres Nascimento: 27 de outubro de 1973 Morte: 27 de outubro de 1999 (no dia do seu aniversário, aos 26 anos de idade) Estudante do Colégio Salesiano do Sagrado Coração
Sempre, em todos os momentos, após à ausência de treze anos de Francisco Aurélio, a completar no próximo 27 de outubro de 2012, se desenha pra mim, como humanamente suportei a dor de sua perda prematura, e verifico também que ao longo de minha caminhada, e em todas as situações adversas que vivi, a resposta clara e precisa que encontrei foi no Amparo de DEUS. Daí, diante da minha FÉ, a forma presente de falar do meu filho: boa índole, carinhoso, inteligente, mas, que não conseguiu a felicidade e a paz com os dons que tinha.
Meu filho muito amado, 'Quando o inverno, verão, outono e primavera chegarem (no tempo de DEUS) eu quero estar junto a ti'. Te amo até o céu. INFINITAMENTE!
Tua mãe, Dária."
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Dária faleceu no dia 10 de março de 2015, e foi sepultada no túmulo da nossa família, junto ao seu filho, em Afogados da Ingazeira.
Em 2003, para entrevistar dona Creuza, "Personagem da Nossa História", conversei com o filho Silvério Queiróz, e que teve a sua concordância." Quando desse encontro, Silvério esteve presente.
Fomos informados, há pouco, do falecimento de dona Creuza Queiróz, viúva de Zezé Rodrigues, nesta terça-feira 15, aqui no Recife. Ela contava 95 anos de idade.
Damião Alves dos Santos (Bião) 10.12.1935 - 26.11.2012
Filho dos agricultores Antônio Alves dos Santos e de Maria Alves de Queiróz, Bião nasceu na zona rural de Carnaíba, no sítio Olho d’Água, em 10 de dezembro de 1935. De uma família de sete irmãos e de origem humilde, com exceção de um deles, todos são católicos. Viveu toda a infância na zona rural. Somente aos 16 anos começou a frequentar a escola municipal em Carnaíba. Em julho de 1955 foi morar em Afogados da Ingazeira onde cursou admissão ao ginásio, o ginasial e comercial básico no Instituto Pio X. De 1957 a 1960 explorou o comércio de tecidos e miudezas. De janeiro de 1960 a dezembro de 1961, esteve em Brasília, DF, retornando a Afogados da Ingazeira e, entre os anos de 1962 e 1965, explorou o comércio de estivas.
Em 13 de outubro de 1963, celebrado por Padre Antônio de Pádua Santos na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, se casou com Maria do Carmo Honorato. O casal teve dez filhos: dois homens e oito mulheres.
Em 1965 Bião iniciou os estudos de Contabilidade no Ginásio Cenecista Monsenhor Pinto de Campos, concluindo-o em 1967. A atividade como técnico em contabilidade, em sociedade com sua tia, foi em dezembro de 1967. Em 1973, na Faculdade Francisco Mascarenhas, em Patos, na Paraíba, iniciou o curso de Ciências e Letras, concluindo-o em 1978, quando foi efetivado professor estadual, ensinando Contabilidade, Economia e Mercado, Direito e Legislação Aplicada e Teoria da Informática, no Ginásio Mons. Pinto de Campos e Escola Mons. Antônio de Pádua Santos. Durante 21 anos exerceu o magistério.
Participou de Junta Apuradora de Eleições durante muitos anos; como político, foi presidente de partido (antiga ARENA) durante 5 anos, e vereador por quatorze anos, dois dos quais como presidente da Câmara Municipal. Dentre os seus projetos podemos citar a nominação de logradouros da cidade. Foi o relator da Lei Orgânica do Município de Afogados da Ingazeira e participou da Comissão Temática que elaborou o anteprojeto, sendo, também, o relator da Comissão de Sistematização.
Damião enveredou na política desde o governo do prefeito Possidônio Gomes dos Santos (1955-1959). Foi opositor de João Alves Filho no seu segundo mandato (1983/1988), mas disse que ele fez um bom governo, pois, como vereador da oposição, foi atendido em vários dos seus pleitos, revelando-o um “prefeito de obras”. “Era comum se ver Joãozinho controlando as finanças da Prefeitura em papel de embrulho. Não era mesquinho nem fazia negociatas com o dinheiro público”, disse. Mesmo sendo de oposição, Damião encampou um movimento para a aprovação dos Projetos do prefeito Joãozinho Alves, pois este era um homem e político sério e bem intencionado. Foi reeleito para mais 4 anos (1989/1992), pelo mesmo partido, com o prefeito Orisvaldo Inácio da Silva. No seu terceiro mandato (1993/1996), também pelo PDS, com o prefeito Totonho Valadares, foi presidente da Câmara Municipal por dois anos. Atuou como tesoureiro municipal no último mandato do governo Gisa Simões. Após a Constituição de 1988, foi o relator da Lei Orgânica do Município, após haver participado como primeiro secretário e membro de outras Comissões da Câmara de Vereadores. Dizia-se decepcionado com a política. “A gente, como legislador, entra na política com a intenção de fazer alguma coisa pelo povo, mas vem o executivo que quer ter o vereador como ‘espoleta’ para aprovar tudo o que ele quer e que seja do seu interesse pessoal. No primeiro mandato, o prefeito Antonio Valadares (1993/1996) queria aprovar a Cobrança de Iluminação Pública (CIP), mas eu discordei, pois era um projeto inconstitucional”, disse Bião. Tendo esse projeto sido aprovado posteriormente, menciona como exemplo a cobrança absurda de R$ 80,00 de Iluminação Pública de uma pequena sorveteria na Trav. Major Antônio Cesar.
No último mandato do Governador Miguel Arraes, foi nomeado Diretor da escola de 1º e 2º graus, atualmente Mons. Antônio de Pádua Santos. Mesmo aposentado como professor estadual (1999) e pelo INSS (2004), exercia a atividade de Técnico em Contabilidade, ajudando suas filhas no escritório.
Era um homem apreciador da boa leitura, bater papo com os amigos e discutir política. Não tendo preferência literária, lia muito os autores nacionais: Humberto de Campos, Machado de Assis, José de Alencar, Jorge Amado. Só para ilustrar, leu: Gabriela, Vidas Secas, Memórias do Cárcere, O Tronco do Ipê, Vale de Josafá (passagem bíblica), dentre outros.
Faleceu numa segunda-feira, 26 de novembro de 2012, próximo aos 77 anos de idade, em Afogados da Ingazeira, em decorrência de um CA.
Neste dezembro, Damião Alves dos Santos completaria 85 anos de idade.
Há 116 anos nascia no Sítio Brotas, Afogados da Ingazeira, no dia 23 de dezembro de 1904, filho do casal Joaquim Nazário de Sousa e Maria Joaquina de Carvalho, Delmiro Nazário de Sousa. Seus irmãos: Moisés, Severina, Maria José (Santa) e Luzia Nazário de Sousa. Quando contava 15 anos de idade (1919) seu pai faleceu, e Delmiro, único filho solteiro dos cinco irmãos, teve que assumir a responsabilidade de defender os interesses econômicos de sua mãe, já residindo no Sítio Riacho da Onça, onde seu pai deixou como herança um grande açude, plantações de algodão e de cana-de-açúcar, um engenho de fabricação de rapadura (produto de grande aceitação comercial na época) e criação de gado bovino. Foi um homem comedido e, quando jovem, um tanto vaidoso. O segundo ou terceiro automóvel (Ford 24) que circulou nas ruas de Afogados da Ingazeira lhe pertencia. Vendeu-o com o objetivo de comprar outro mais moderno, mas devido se tratar de um homem muito tímido e vir a obrigatoriedade da carteira de habilitação desistiu da nova aquisição. Em 1931 se casou com a jovem Luiza Nunes de Azevedo, procedente do Sítio Carro Quebrado, situado nas proximidades do distrito de Varas, hoje Jabitacá, Iguaracy. Da união de Delmiro e Luiza nasceram os filhos: Maria José (Zélia), Joaquim, Pedro, Inês e Maria de Lourdes Nazário de Azevedo. Delmiro tinha grande afeição por sua mãe, e por esse motivo nunca deixou o Sítio Riacho da Onça, vivendo de plantar cana-de-açúcar, algodão, agricultura de subsistência (milho e feijão de corda) e da criação de gado bovino, caprino e ovino. Homem de coração generoso, defensor do meio ambiente, seus melhores amigos em Afogados da Ingazeira foram: Luiz de Sá Maranhão (Seu Liliu), Miguel de Campos Góes (Miguelito), José Rodrigues de Brito (Zezé Rodrigues) e Aparício de Morais Veras, a quem dava preferência de vender sua produção de algodão. Tinha aversão às cores vermelha e preta e a um juiz da comarca da cidade de Afogados da Ingazeira e proprietário do Sítio Borges, devido ter-lhe comprado um cavalo, procedente de furto, e o tal juiz o ter ameaçado mandar lhe meter na cadeia (...) Seu único divertimento foi assistir os júris na cidade. Naqueles dias, selava seu cavalo e se dirigia à cidade com esse objetivo (exceto quando o júri era presidido pelo tal juiz). Admirava os debates entre promotores e advogados. Gostava de usar os pensamentos: “não se deve deixar para amanhã o que se pode fazer hoje”; “filho só puxa o pai quando o mesmo é cego”; “o homem que não sabe ler é comparado a um cego”; “a pessoa que não lê é perdida no mundo”. Zeloso no cumprimento do dever de homem e pai de família, procurava inspirar nos filhos essa nobreza de caráter. A simplicidade de sua vida na zona rural não ocultava a preocupação com o futuro dos filhos. Tinha o hábito de usar chapéu. Só o tirava da cabeça quando ia fazer as refeições, tomar banho ou dormir. Sua marca de preferência era a Ramezony 3X. Em 1965 comprou o último na loja do Senhor Guardiato Veras, produto de uma encomenda reservada pelo funcionário Israel Marques dos Santos. Ainda hoje a família o guarda com muito carinho. Aos 62 anos de idade nunca havia tomado uma injeção. No dia 24 de junho de 1966 se submeteu a uma cirurgia de estômago no Hospital do Câncer do Recife, realizada pelo Dr. Almir Couto e, um mês depois, no dia 24 de agosto do mesmo ano partiu para o mundo dos mortos em sua residência na Praça Mons. Alfredo Arruda Câmara, nº 249, em Afogados da Ingazeira, PE, resignado, sem dar um único gemido. Suas últimas palavras foram chamar pelo nome de seu filho Pedro. Deixou muitas saudades entres os familiares.
Odilon do Amaral Góes No próximo 14 de março completaria 114 anos
Filho de Cazuzinha Góes e Belizarina Amaral Góes, Odilon nasceu na cidade de Custódia, sertão de Pernambuco, no dia 14 de março de 1906. De uma família de 7 filhos, eram seus irmãos: Demóstenes (casado com Maria Emília, irmã de Guardiato Veras), Lodônio (casado com Quitéria), Antônio (casado com Laudicéia), José (casado com Severina Morais), Maria (Nininha) e Marieta do Amaral Góes (casada com Aristeu Campos Góes). A família residia no sítio Serra da Colônia, Carnaíba, onde não existia escola, motivo pelo qual Odilon começou seus estudos com a idade de 9 anos, quando deixou a família e foi morar em Custódia na casa dos padrinhos de batismo. Naquela casa, procurou se dedicar aos estudos, pois seu maior sonho era aprender a ler. No entanto, o horário das aulas era somado ao trabalho na roça com o plantio de feijão, milho, limpa da terra e cuidados com o gado. À noite, muito cansado, já não tinha disposição para as tarefas escolares. Como era de se esperar, seu corpo frágil e em formação não suportou essa carga de atividades. Assim, após três anos fora de casa, pediu aos pais autorização para retornar, no que foi atendido. Aos 12 anos, já em Afogados da Ingazeira, voltou a estudar. Os pais continuaram na Serra da Colônia onde Odilon os visitava semanalmente. Nessa época Odilon Góes começou a trabalhar na loja de Secos & Molhados de dona Maroca, mãe de Cazuzinha e Liliza Travassos. Depois, já com 19 anos foi trabalhar na loja de Guardiato de Moraes Veras, onde permaneceu por muitos anos, até conseguir sua aposentadoria.
O seu matrimônio com Maria de Lourdes Freire Nascimento (Lurdes Góes) foi realizado em 5 de dezembro de 1935, em Ibitiranga (antiga Boa Vista), na casa de Cirilo José do Nascimento e Leontina Freire de Oliveira, pais da noiva. O Padre João Amâncio foi o celebrante. A festa do seu casamento durou três dias, com muita comida (foi abatido um boi) e animação da banda musical de Afogados da Ingazeira. Jaime Gomes Travassos e Antônio Mariano Silvestre (Antônio Dondon) foram os coroinhas. Quando se casou, Odilon Góes já trabalhava na loja de seu Guardiato Veras. O casal teve sete filhos: Jeanete, José Humberto (falecido), Terezinha (falecida), Maria Lúcia, Magdala, Carmem Lúcia e Marluce Freire Góes.
Odilon Góes trabalhou 36 anos, até abril de 1960. Após a aposentadoria, passou a explorar um pequeno comércio de tecidos até quando se sentiu disposto. Algum tempo depois, devido ao peso da idade, abandonou o comércio, passando a ocupar o tempo com o seu sítio, nas proximidades da cidade, como forma de lazer. Fumava com frequência e gostava muito de ler, especialmente jornais, além de conservar o hábito de ouvir rádio. Em tempos outros, a sala de sua casa ficava cheia de gente: eram os vizinhos que queriam ouvir o Repórter Esso, noticiário jornalístico de grande sucesso até os anos 60.
Homem católico, muito correto e de poucas palavras, dizia aos amigos que a fortuna que iria deixar para os filhos se traduzia no exemplo do seu proceder. Acometido de um enfisema pulmonar, passou quase dez anos adoentado, até que, em decorrência de um AVC, faleceu numa quinta-feira, 29 de março de 1990, aos 84 anos de idade, em sua residência na Praça Padre Carlos Cottart, 22, em Afogados da Ingazeira. Seu sepultamento foi realizado no Cemitério São Judas Tadeu. [Por Milton Oliveira, com enxertos nossos]