Iracema Salvador Silva (Estaria completando 102 anos)
Quando criança, anos 1960, eu ajudava o meu pai no seu comércio na Praça Domingos Teotônio, 54, em Afogados da Ingazeira. Todas as tardes ia até o hotelzinho de dona Iracema, que se localizava numa casa vizinha à Loja de Horácio Pires, deliciar o seu doce de leite com bolo. Lembro-me muito da sua atenção aos clientes e amigos. Pouco antes do seu falecimento a visitei na casa de Ceiça, sua filha, no primeiro andar na Senador Paulo Guerra.
Há alguns anos, conversando com Ceiça, recebi essas informações: Em Afogados da Ingazeira, no dia 23 de setembro de 1918, nascia Iracema, filha de José Bezerra da Silva e Maria Bezerra da Silva. Quando ainda criança, sua família foi residir em Triunfo. Naquela cidade iniciou seus estudos primários e contava haver presenciado algumas vezes a passagem de cangaceiros pelas serras triunfenses. Já moça feita, a família retornou à terra natal, onde se estabeleceu. Na cidade conheceu o jovem Abdias Salvador da Silva com quem namorou e, em 31 de julho de 1943, casou-se na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios. Tiveram seis filhos: José Edson, Maria da Conceição, Vilma Lúcia, Maria de Lourdes, João Vianey e Maria da Fátima Salvador.
Ela, católica praticante, fazia parte da Legião de Maria. Era uma mulher guerreira, lutadora, carinhosa e alegre, desfrutava de grande amizade na cidade. Trabalhava incansavelmente para sustentar os filhos, tendo em vista que, algum tempo depois do casamento aconteceu a separação do casal.
Para sobreviver, explorava um ponto de café – lanchonete - onde servia doces diversos, inclusive tradicional doce de leite, cafés e sopas à noite.
Somente com a aposentadoria veio a desfrutar de algum lazer, viajando para Brasília, Maranhão e para o Recife. Gostava de viver intensamente.
Em decorrência de um CA com metástase, falência múltipla dos órgãos, faleceu há 17 anos, no dia 28 de julho de 2003, em Afogados da Ingazeira, sendo sepultada no cemitério de São Judas Tadeu.
Neste 2020, 107 anos do seu nascimento; 33 do seu falecimento
Natural do Recife, nasceu no dia 27 de março de 1913. Filho de José Feliciano da Mota e Albuquerque e Aline Alice Ramos da Mota e Albuquerque, ainda na infância passou a residir em Nazaré da Mata. Desde cedo demonstrou interesse pelas coisas da Igreja. Seus pais, católicos fervorosos, contribuíram para a firmeza da sua vocação No seminário de Olinda estudou as ciências eclesiásticas e se aprimorou em sua formação espiritual e humanística revelando-se um levita talentoso. Na Catedral de Nazaré recebeu o presbiterato com a imposição das mãos de Dom Ricardo Ramos de Castro Vilela, no dia 28 de abril de 1935. Tinha 22 anos de idade. De imediato recebeu a provisão de Capelão do Colégio Santa Cristina, chanceler da Cúria e, em seguida, de Vigário de Nazaré, função que exerceu com zelo pastoral e empenhou-se, intrepidamente, nos trabalhos da construção da Catedral. Seu paroquiato durou apenas dois anos. O seu sacerdócio foi realizado, plenamente, na educação da juventude. Ocupou um lugar no Egrégio Colégio dos Consultores da Diocese e mestre de cerimônia do sólio episcopal.
Aos 43 anos foi nomeado bispo de Afogados da Ingazeira. Três meses depois - em 28 de abril de 1957 - recebeu a ordenação episcopal. No dia 19 de maio de 1957 chega Dom Mota para tomar posse na diocese recém-criada, sendo recepcionado com todas as honrarias merecidas. Um dia de glória para a cidade ao receber o seu primeiro bispo. As cidades circunvizinhas também se fizeram presentes, através das autoridades e fiéis que as representavam.
Em pouco tempo, Dom Mota, homem de educação fina e singular gentileza, conquistou a amizade de todos. Visitava as famílias e demonstrava particular interesse pelo rebanho que por Deus lhe fora confiado. Preocupado com a carência da região, principalmente no que se refere à área da saúde, empenhou-se, juntamente com o Mons. Arruda Câmara, na criação de um hospital/maternidade, conseguindo assim a Unidade Mista Emília Câmara, o que muito beneficiou o município e cidades vizinhas.
Deve-se também a ele, o avanço que a cidade teve na área da comunicação, com a instalação da Rádio Pajeú de Educação Popular, tendo como meta principal minimizar o índice de analfabetismo da região na zona rural, mediante um programa de alfabetização de adultos, através da Rádio, programa que veio se concretizar já com o segundo bispo da Diocese, Dom Francisco. Com a criação da Rádio Pajeú, Dom Mota trouxe para Afogados da Ingazeira seu antigo aluno Waldecy Menezes que, com alta competência, conduziu a emissora por bastante tempo.
A inauguração da Rádio foi marcada por um evento muito significativo para a cidade: a realização da Semana de Medicina Preventiva. Médicos, enfermeiros e profissionais da área, vindos da capital, realizavam conferências, palestras e debates, na Escola Normal, sob a coordenação do Dr. Aloísio Sanches. Com isso Dom Mota deixava transparecer o seu empenho no sentido de colaborar para o crescimento da cidade em todos os níveis. O que marcou, de fato, a sua passagem por Afogados da Ingazeira, foi a Rádio Pajeú. Este foi o grande legado que ele nos deixou. A criação do "Pré-Seminário" ou seminário menor, foi uma manifestação do seu particular interesse pela formação de novos candidatos ao sacerdócio.
(...) Promovido a Arcebispo Metropolitano de São Luiz do Maranhão, exerceu o seu Ministério até 1984, com 71 anos de idade. Em vista da saúde debilitada, aguardava a idade canônica para renunciar à Arquidiocese e voltar a Pernambuco, mas a enfermidade lhe foi traiçoeira e cruel, exigindo que a renúncia acontecesse antes dos 75 anos, e isso não estava nos seus propósitos. Tornando-se Arcebispo Emérito, veio sofrer a sua paixão e morte no Recife, vivendo, porém, intensamente, e até as últimas consequencias, o seu lema episcopal . Faleceu santamente no Senhor, em 12 de setembro de 1987, com 74 anos de idade, na capital pernambucana, sendo ministrados os sacramentos dos enfermos. Seu corpo foi trasladado para Nazaré da Mata. Dom Jorge Tobias de Freitas, então titular daquela Diocese, empenhou-se no sentido de que todas as honras lhe fossem prestadas, na forma do ritual romano. O féretro partiu da Igreja de Santa Terezinha à entrada de Nazaré da Mata e a Santa Missa exequial celebrada ao ar livre, em frente à Igreja Mãe, com a homilia pronunciada pelo seu predecessor do sólio maranhense, Dom Paulo Eduardo Ponte, presentes autoridades locais, familiares, clero diocesano e religioso, religiosas de várias congregações, estudantes e grande número de fiéis. Findo o ato religioso, foi o seu corpo inumado, no interior do templo, esperando a dia da ressurreição, prometida pelo Senhor.
(...) Em 22 de dezembro de 2006, dezenove anos após o seu falecimento, com autorização da família e da diocese de Nazaré da Mata, seus restos mortais foram trasladados e sepultados na Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios em Afogados da Ingazeira. A missa de traslado, com a participação do clero de Nazaré, foi presidida pelo bispo dom Pepeu de Afogados da Ingazeira. Como parte das comemorações do Jubileu de Ouro da diocese de Afogados da Ingazeira, foi construído o Museu Diocesano - localizado no prédio do antigo seminário menor - com exposição de vestes, pertences e fotografias de momentos dos seus dois primeiros bispos.
Há 30 anos, no dia 13 de setembro de 1990, professores, alunos do Colégio Normal Estadual (CNE), familiares e amigos comemoraram o 66º aniversário de dona Ione de Góes Barros. Ela faleceu em 22 de julho de 2011, aos 86 anos de idade (20 anos depois).
Você sabe onde fica o sítio Portásio? Tem alguma informação sobre a família Conceição ou Matias ou Vicente?
Minha avó nasceu em Afogados da Ingazeira em 1945 no Sítio Portásio. O nome dela é Olivia da Conceição Matias. Seus pais são Joaquim Matias Filho e Sofia Luisa da Conceição. Avós paternos Joaquim Matias e Antônia Maria Rosa da Conceição. Avós maternos Manoel Vicente e Luisa da Conceição. Estou montando minha árvore genealógica para saber mais sobre minha descendência, origem e história.
Alguém sabe me dizer se conheceram essas famílias, se sabem sobre sua origem, migração e história? Ou algum lugar onde posso obter essas informações? Eles moravam, acredito eu, próximo da família Silvino porque até hoje minha avó comenta dessa família.
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Ângela, fiquemos na expectativa de que alguns dos nossos leitores conheçam/tenham conhecido alguém da tua família ou das citadas. Não tens nenhum conhecido residente na nossa região/cidade? Quando seus pais migraram devem ter deixado parentes/conhecidos. Se é o caso, eles não se lembram de nomes ou referências?
Também monto a Árvore Genealógica (familysearch.org/) da minha família. Conheci meus bisavós maternos (Manoel Alves Feitosa e Maria Clara de Jesus). Também, pelo lado materno, conheci meu bisavô Raymundo Ferreira de Lima (já enfermo, em Tabira). A partir daí já cheguei aos meus tetravós [Francisco Pires Ferreira (1840-1927), e Antônia Damascena Bastos], 6º avós dos meus netos. É necessário muita paciência, disposição... e tempo! Com essas pesquisas, e concluindo meu segundo livro sobre Afogados da Ingazeira, tento fugir do "alemão" Alzheimer! (Fernando Pires)
Soubemos há pouco, através do primo Rodrigo Pires, do falecimento do senhor José Teotônio Neto (Carneiro), aos 92 anos de idade, ocorrido ontem pela manhã em sua residência, em Afogados da Ingazeira. Aos familiares, nossa solidariedade.
Galeria de alguns ex-prefeitos de Afogados da Ingazeira (períodos 1891-2020) - dos quais consegui fotografias - desde o primeiro, o português Alfredo Adolpho Ferraz Costa.
- 1891 - Prefeito: Alfredo Adolpho Ferraz Costa; Subprefeito: Pe. Pedro de Souza Pereira. Conselho municipal: Luiz Antônio Chaves Campos, Antônio Dias de Oliveira, Manoel Mariano de Souza, Ananias d´Oliveira Santos, Belarmino José Neves.
OTON DA COLETORIA - Todo santo dia útil ele ia ao Banco do Brasil prestar contas à Receita Federal, da qual era servidor. Quando adentrava na Agência ele dizia, reportando-se a Fernando: - Se o Pires prestasse ficava em cima da xícara.Quanto a Gaudêncio, parente de conhecido industrial de Arcoverde, do ramo de famosa goiabada, ele dizia:- A fórmula da goiabada tal é cinquenta por cento goiaba e outra parte jerimum. É uma goiaba e um jerimum. Naquele tempo não havia Google e a rotatividade de funcionários era grande. Quando alguém era empossado Oton, em menos de uma semana, levantava a "ficha" do novato e falava tudo sobre a procedência do neófito e espalhava na Praça. Parece que ele tinha um serviço secreto. Seu nome era Oton Leite de Oliveira, pajeuzeiro de Tuparetama. A idade está avançando e, vez por outra, algumas pessoas e fatos estão revisitando a minha memória. Estou recluso há quase seis meses. Como não tenho o que fazer fico só pensando em miolo de pote.
PEDRO MUTUCA - Alguém me dê notícias de Pedro Mutuca. Ele era chegado a um joguinho de baralho e nas horas vagas promovia rifas sorteadas pela Loteria Federal, para dar credibilidade ao seu ofício. Os prêmios, geralmente, eram revólveres ou sapatos de solado Neolite. Se a pessoa comprasse um bilhete uma vez ficava freguês. Ele decorava até o seu "palpite". Certo dia alguém teve a ideia de livrar-se da impertinência de Pedro e lhe disse:- Pedro, eu vou apostar desta vez só pra lhe fazer um favor. Foi o necessário para que este dissesse:- Eu não preciso de favor de filho da puta nenhum. Pedro perdeu um freguês e a história repercutiu.
Fomos informados pela amiga Ana Paula, da Asavap, que o querido Carlos Alberto P. da Fonseca, o Beto de Milinha, há anos residente naquele Abrigo, acometido por enfermidade foi removido para o Recife para tratamento, mas, devido à gravidade, faleceu hoje à tarde, aos 76 anos de idade, num Hospital Provisório, aqui na capital do estado. O corpo será transladado para Afogados da Ingazeira, onde será sepultado.
Oi Fernando, obrigada pelo retorno. Eles eram meus bisavós por parte de pai. Uma curiosidade que encontrei é que minha avó não leva o sobrenome de seu pai Godê, o que é um pouco incomum visto que geralmente o sobrenome do pai prevalece. Li alguma coisa sobre a família e gostaria de saber se essas histórias eram verídicas, e para conhecer melhor meus ancestrais. Grata.
Fernando, gostaria de alguma notícia da minha família que, creio, seja de Afogados da Ingazeira ou de Iguaraci. Seus nomes são Aricino Francisco Godê e Doralice de Brito Vasconcelos. Ficarei agradecida por qualquer qualquer informação.
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Pâmela, é importante que vc ofereça mais informações sobre o casal. Eu fui fiscal do Banco do Brasil na região do Pajeú, nos anos 1970, e, salvo engano, ele era cliente do Banco. Qual o teu parentesco com o casal... Teus avós? (Fernando Pires)
Rio de Janeiro, RJ Brasil - 31-agosto-2020 / 14:47:41
__________________________ Em 28 de março de 2010, em companhia da amiga Elvira de Siqueira, visitando a cidade da Ingazeira conversamos com os srs. Vander Alves (Alagoano de Viçosa), e o Isnaldo Mascena Veras (tabirense) que faleceu neste final de semana. Ambos residiam há décadas na cidade.
I ENCONTRO DOS EX-FUNCIONÁRIOS DO BB - No 1º de fevereiro deste ano, os antigos funcionários da agência do BB Afogados da Ingazeira se reencontraram, depois de 30, 40, 50 anos que não se viam.
Em Canhotinho, Pernambuco, no dia 30 de julho de 1931, há 89 anos, nascia Amaro, conhecido entre os amigos - devido ao seu modo de andar - por Amaro pé-de-pato. Ainda criança, com apenas sete anos de idade, em 1938, seus pais Manoel Filipe da Silva e Maria da Conceição vieram para Afogados da Ingazeira, trazendo-o num “caçuá” (Cesto grande e oblongo, feito de cipós rijos...), no lombo de um jumento. Chegando ao município, foram morar no sítio Santo Antonio onde residiram alguns anos. Católico praticante, desde pequeno aprendeu todos os cânticos da igreja, participando ativamente dos momentos religiosos. Como residia na zona rural, só vinha à cidade a cada quinze dias para ir à missa, ouvir a palavra do Senhor. Vinha à pé, e descalço, pois era tão pobre que não dispunha de uma simples alpercata para calçar. Logo cedo já ajudava à mãe vender hortaliças cultivadas em casa. Nessas idas e vindas, ficou empregado na casa do Sr. Guardiato de Moraes Veras (sogro do médico dr. Hermes), onde passou boa parte da sua vida.
Em 4 de dezembro de 1955 - aos 24 anos -, casou-se com Josefa Batista Gomes, em Afogados da Ingazeira, com quem teve os filhos: Maria do Carmo, Luciene, José Ivanildo, Cleidismar, Alba Regina, Aldineide, Adelmo Luiz, Carlos Clério, Janaína Patrícia, João Bosco, Severino, Cícero Carlos e Eucária. Os quatro últimos faleceram ainda crianças. Permaneceu casado por 38 anos. Era um homem simples, humilde e honesto além de respeitado e respeitador. Carismático e muito bem relacionado com todos que o cercavam.
Várias histórias sobre ele são contadas. Gostava muito de futebol e, de tão apaixonado pelo esporte, não perdia nem os treinos do Guarani – time da época. No dia do seu aniversário levava para o bate-bola um bolo com refrescos para comemorar junto aos jogadores, seus amigos. Em outra ocasião – Amaro era possuidor de uma memória excepcional; conhecia como ninguém a placa de todos os automóveis de Afogados da Ingazeira – certo comerciante teve o seu carro roubado e por não saber o número da placa, recorreu a Amaro para informá-lo, pois sem essa informação não tinha como fazer o Boletim de Ocorrência na delegacia. Conta-se que esse automóvel foi localizado.
Dizia muito feliz porque a primeira pessoa a conversar com o bispo dom Francisco, quando este colocou os pés em solo afogadense, tinha sido ele.
Durante muitos anos foi gazeteiro do Diário de Pernambuco, em Afogados da Ingazeira. Era aficionado em jogo de bicho. Tinha o semblante de um homem feliz; só o víamos sorrindo. Mas, por trás dessa alegria, existia um ser humano debilitado.
Sofria da doença de Chagas que o levaria ao túmulo no dia 14 de dezembro de 1993, aos 62 anos e cinco meses de idade. A morte o levou quando fazia o que mais gostava: passar jogo de bicho. Ainda chegou a ser levado ao Hospital Emília Câmara, mas não resistiu. Está sepultado no cemitério São Judas Tadeu, em Afogados da Ingazeira.
Abílio Barbosa de Albuquerque (10/08/1930 - 04.08.2005)
O casal Aristides Barbosa de Albuquerque e Regina Inocência de Albuquerque teve 10 filhos. Abílio, o caçula, nasceu em 10 de agosto de 1930, em Pedra Lavrada, distrito, na época, de Picuí/PB. Ele estudou na Escola Agrícola em Bananeiras, PB, vindo para Afogados da Ingazeira no início de 1949, com pouco mais de 18 anos de idade. Em 1949 foi para São Paulo onde trabalhou durante quatro anos no Ministério da Agricultura; depois, na Companhia Brasileira de Pavimentação e Obras onde passou mais dois anos, e, na Mesbla, 4 anos. Achando não ser aquela a sua vocação, passou a trabalhar na Eletrônica "Panamericana" em 1959, onde iniciou a sua vida profissional, fazendo cursos para consertar aparelhos de rádios e tvs. Foi quando começou a sua paixão pela radiodifusão.
Retornando a Afogados no começo de 1961, conheceu Dinamérico Lopes. Como já era técnico em rádio e tv, naquele mesmo ano começou a trabalhar na Rádio Pajeú de Educação Popular Ltda., sendo efetivado na empresa no 1º de março de 1965, onde trabalhou durante 30 anos. Pode-se dizer que dedicou sua vida à Rádio Pajeú. Quando a emissora apresentava problemas, ia Abílio consertá-la. Quando o problema era pequeno ele dava conta; quando não, chamavam o técnico "Sabóia", que, na maioria das vezes, passava a madrugada com Abílio para realizar o conserto.
Barbosa sempre dizia: “tudo que faço pela Rádio Pajeú é com amor”. Ele sabia da importância da emissora para a cidade e região, e não tinha nenhum interesse em usar a emissora para se promover. Ele sempre procurava um tempinho para ir até o Recife, na "Phillips", para se aperfeiçoar sobre técnicas em TVs, já que a tecnologia se desenvolvia com rapidez e ele deveria estar atualizado. Em Afogados montou uma oficina eletrotécnica para consertos de rádio e TV. Devido ao seu trabalho, ficou conhecido em toda região, pois as pessoas que o procuravam diziam sempre: “só confio no senhor, seu Abílio”. Trabalhou, também, no Cine São José, de 1975 a 1979, como operador das máquinas de retroprojetor. Na época o cinema estava sob o comando da viúva do saudoso Waldecy Xavier de Menezes, dona Ivanise. Em 11 de junho de 1967, em Afogados da Ingazeira, contraiu matrimônio com Maria do Socorro Silva Albuquerque, com quem teve cinco filhos: Cláudia, Abílio Júnior (in memoriam), Leila, Aristides (Tito) e Alberes.
Faleceu no dia 04.08.2005, prestes a completar os 75 anos de idade, na cidade de Garanhuns, e sepultado no dia seguinte no cemitério São Judas Tadeu de Afogados da Ingazeira. Teria completado 90 anos neste 10 de agosto...