Fomos informados pela amiga Ana Paula, da Asavap, que o querido Carlos Alberto P. da Fonseca, o Beto de Milinha, há anos residente naquele Abrigo, acometido por enfermidade foi removido para o Recife para tratamento, mas, devido à gravidade, faleceu hoje à tarde, aos 76 anos de idade, num Hospital Provisório, aqui na capital do estado. O corpo será transladado para Afogados da Ingazeira, onde será sepultado.
Oi Fernando, obrigada pelo retorno. Eles eram meus bisavós por parte de pai. Uma curiosidade que encontrei é que minha avó não leva o sobrenome de seu pai Godê, o que é um pouco incomum visto que geralmente o sobrenome do pai prevalece. Li alguma coisa sobre a família e gostaria de saber se essas histórias eram verídicas, e para conhecer melhor meus ancestrais. Grata.
Fernando, gostaria de alguma notícia da minha família que, creio, seja de Afogados da Ingazeira ou de Iguaraci. Seus nomes são Aricino Francisco Godê e Doralice de Brito Vasconcelos. Ficarei agradecida por qualquer qualquer informação.
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Pâmela, é importante que vc ofereça mais informações sobre o casal. Eu fui fiscal do Banco do Brasil na região do Pajeú, nos anos 1970, e, salvo engano, ele era cliente do Banco. Qual o teu parentesco com o casal... Teus avós? (Fernando Pires)
Rio de Janeiro, RJ Brasil - 31-agosto-2020 / 14:47:41
__________________________ Em 28 de março de 2010, em companhia da amiga Elvira de Siqueira, visitando a cidade da Ingazeira conversamos com os srs. Vander Alves (Alagoano de Viçosa), e o Isnaldo Mascena Veras (tabirense) que faleceu neste final de semana. Ambos residiam há décadas na cidade.
I ENCONTRO DOS EX-FUNCIONÁRIOS DO BB - No 1º de fevereiro deste ano, os antigos funcionários da agência do BB Afogados da Ingazeira se reencontraram, depois de 30, 40, 50 anos que não se viam.
Em Canhotinho, Pernambuco, no dia 30 de julho de 1931, há 89 anos, nascia Amaro, conhecido entre os amigos - devido ao seu modo de andar - por Amaro pé-de-pato. Ainda criança, com apenas sete anos de idade, em 1938, seus pais Manoel Filipe da Silva e Maria da Conceição vieram para Afogados da Ingazeira, trazendo-o num “caçuá” (Cesto grande e oblongo, feito de cipós rijos...), no lombo de um jumento. Chegando ao município, foram morar no sítio Santo Antonio onde residiram alguns anos. Católico praticante, desde pequeno aprendeu todos os cânticos da igreja, participando ativamente dos momentos religiosos. Como residia na zona rural, só vinha à cidade a cada quinze dias para ir à missa, ouvir a palavra do Senhor. Vinha à pé, e descalço, pois era tão pobre que não dispunha de uma simples alpercata para calçar. Logo cedo já ajudava à mãe vender hortaliças cultivadas em casa. Nessas idas e vindas, ficou empregado na casa do Sr. Guardiato de Moraes Veras (sogro do médico dr. Hermes), onde passou boa parte da sua vida.
Em 4 de dezembro de 1955 - aos 24 anos -, casou-se com Josefa Batista Gomes, em Afogados da Ingazeira, com quem teve os filhos: Maria do Carmo, Luciene, José Ivanildo, Cleidismar, Alba Regina, Aldineide, Adelmo Luiz, Carlos Clério, Janaína Patrícia, João Bosco, Severino, Cícero Carlos e Eucária. Os quatro últimos faleceram ainda crianças. Permaneceu casado por 38 anos. Era um homem simples, humilde e honesto além de respeitado e respeitador. Carismático e muito bem relacionado com todos que o cercavam.
Várias histórias sobre ele são contadas. Gostava muito de futebol e, de tão apaixonado pelo esporte, não perdia nem os treinos do Guarani – time da época. No dia do seu aniversário levava para o bate-bola um bolo com refrescos para comemorar junto aos jogadores, seus amigos. Em outra ocasião – Amaro era possuidor de uma memória excepcional; conhecia como ninguém a placa de todos os automóveis de Afogados da Ingazeira – certo comerciante teve o seu carro roubado e por não saber o número da placa, recorreu a Amaro para informá-lo, pois sem essa informação não tinha como fazer o Boletim de Ocorrência na delegacia. Conta-se que esse automóvel foi localizado.
Dizia muito feliz porque a primeira pessoa a conversar com o bispo dom Francisco, quando este colocou os pés em solo afogadense, tinha sido ele.
Durante muitos anos foi gazeteiro do Diário de Pernambuco, em Afogados da Ingazeira. Era aficionado em jogo de bicho. Tinha o semblante de um homem feliz; só o víamos sorrindo. Mas, por trás dessa alegria, existia um ser humano debilitado.
Sofria da doença de Chagas que o levaria ao túmulo no dia 14 de dezembro de 1993, aos 62 anos e cinco meses de idade. A morte o levou quando fazia o que mais gostava: passar jogo de bicho. Ainda chegou a ser levado ao Hospital Emília Câmara, mas não resistiu. Está sepultado no cemitério São Judas Tadeu, em Afogados da Ingazeira.
Abílio Barbosa de Albuquerque (10/08/1930 - 04.08.2005)
O casal Aristides Barbosa de Albuquerque e Regina Inocência de Albuquerque teve 10 filhos. Abílio, o caçula, nasceu em 10 de agosto de 1930, em Pedra Lavrada, distrito, na época, de Picuí/PB. Ele estudou na Escola Agrícola em Bananeiras, PB, vindo para Afogados da Ingazeira no início de 1949, com pouco mais de 18 anos de idade. Em 1949 foi para São Paulo onde trabalhou durante quatro anos no Ministério da Agricultura; depois, na Companhia Brasileira de Pavimentação e Obras onde passou mais dois anos, e, na Mesbla, 4 anos. Achando não ser aquela a sua vocação, passou a trabalhar na Eletrônica "Panamericana" em 1959, onde iniciou a sua vida profissional, fazendo cursos para consertar aparelhos de rádios e tvs. Foi quando começou a sua paixão pela radiodifusão.
Retornando a Afogados no começo de 1961, conheceu Dinamérico Lopes. Como já era técnico em rádio e tv, naquele mesmo ano começou a trabalhar na Rádio Pajeú de Educação Popular Ltda., sendo efetivado na empresa no 1º de março de 1965, onde trabalhou durante 30 anos. Pode-se dizer que dedicou sua vida à Rádio Pajeú. Quando a emissora apresentava problemas, ia Abílio consertá-la. Quando o problema era pequeno ele dava conta; quando não, chamavam o técnico "Sabóia", que, na maioria das vezes, passava a madrugada com Abílio para realizar o conserto.
Barbosa sempre dizia: “tudo que faço pela Rádio Pajeú é com amor”. Ele sabia da importância da emissora para a cidade e região, e não tinha nenhum interesse em usar a emissora para se promover. Ele sempre procurava um tempinho para ir até o Recife, na "Phillips", para se aperfeiçoar sobre técnicas em TVs, já que a tecnologia se desenvolvia com rapidez e ele deveria estar atualizado. Em Afogados montou uma oficina eletrotécnica para consertos de rádio e TV. Devido ao seu trabalho, ficou conhecido em toda região, pois as pessoas que o procuravam diziam sempre: “só confio no senhor, seu Abílio”. Trabalhou, também, no Cine São José, de 1975 a 1979, como operador das máquinas de retroprojetor. Na época o cinema estava sob o comando da viúva do saudoso Waldecy Xavier de Menezes, dona Ivanise. Em 11 de junho de 1967, em Afogados da Ingazeira, contraiu matrimônio com Maria do Socorro Silva Albuquerque, com quem teve cinco filhos: Cláudia, Abílio Júnior (in memoriam), Leila, Aristides (Tito) e Alberes.
Faleceu no dia 04.08.2005, prestes a completar os 75 anos de idade, na cidade de Garanhuns, e sepultado no dia seguinte no cemitério São Judas Tadeu de Afogados da Ingazeira. Teria completado 90 anos neste 10 de agosto...