AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 20-julho-2020 / 12:51:18

Faleceu na manhã deste domingo, 19, no Hospital Regional Emília Câmara, em Afogados da Ingazeira, a senhora Mary Djayna Lira de Freitas Albuquerque, aos 42 anos de idade.
Charles, filhas e familiares, recebam nossa sincera solidariedade.
Que o Pai Eterno a acolha em Sua glória.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 19-julho-2020 / 10:14:08

CEM DIAS ENTRE QUATRO PAREDES
Edleide Freitas Pires (*)

Vinte e seis de junho de 2020. Cem dias concentrados na missão de se proteger do poderoso vírus causador da Pandemia da Covid-19. Uma situação sem precedentes para a geração 2019-2020 que gerou profundas mudanças nas vidas, hábitos e comportamentos dos brasileiros. Fazendo analogia ao famoso livro de Amyr Klink, “Cem dias entre céu e mar”, lançado em set/1985 pela JO Editora, percebo semelhanças e diferenças. O aventureiro, diante de uma situação por ele estabelecida, relatou a grande necessidade de adaptações quando isolado num barco a remo para travessia do Atlântico. O autor da obra destaca sua experiência com alimentação, com problemas ambientais e, naturalmente, com a autoconfiança em cumprir o seu propósito. Igualmente, numa situação não intencional, percebemos as necessidades de adaptações a tudo que antes era hábito, cultura e estilo de vida. Como para o navegador, a disciplina passou a ser o quesito de maior importância para a sobrevivência e para o controle da virose.

André Trigueiro, em seu livro “ A força do um”, publicado em 2020, pouco antes do reconhecimento da pandemia do novo coronavírus, uma espécie de premonição, ressalta e nos desperta para o entendimento de que a solução de tudo está no “UM”. Quando cada indivíduo se reconhece capaz de resolver seus problemas pode entender as suas necessidades e, dentre elas, a de proteção contra uma doença infectocontagiosa. Protegido é possível ajudar o outro. No caso da avassaladora virose da SRAS-CoV quando cada um se protege, protege também o outro.
Com o confinamento, cada um passou a ser capaz de descobrir a força intrínseca. Para a prevenção e controle da pandemia, muitos ficaram fisicamente isolados e muitas experiências e adaptações também viveram. Para uns, as recomendações dos órgãos de saúde foram mais traumatizantes. Como aceitar ficar isolado, com os amigos e parentes tão perto? Tem-se a impressão de que as crianças entenderam as recomendações melhor que os adultos, embora reclamassem a ausência dos amigos, dos colegas e da escola. Com vantagens, desfrutaram de maior convivência com os pais que, com o tempo quase todo dedicado às atividades profissionais, rotineiramente, delegavam os cuidados dos filhos aos cuidadores e professores.
Pensadores já externaram que “é na crise que nascem as invenções...” (Albert Einstein). Foi também nas oportunidades que talentos adormecidos afloraram nos tempos confinados, de modo que pessoas se descobriram capazes de desenvolver atividades antes delegadas a especialistas e encontraram meios e métodos para realizar suas atividades onde antes só entendiam ser possível em escritórios com boas instalações. A tranquilidade do isolamento ajudou nas adaptações, e surpreendentemente, muitos provaram seu poder para vencer as adversidades e até conseguiram tirar proveito de novas demandas.

A oportunidade de ficar isolado só funcionou para aqueles com condições, considerando as grandes diferenças observadas nas quatro paredes de cada um. A impossibilidade de praticar o recomendado isolamento, evidentemente, contribuiu para a propagação e persistência do vírus, que não escolhe grupo social.
Em ocasião semelhante, na gripe denominada “espanhola” que aconteceu em 1918, as dificuldades, certamente, foram maiores. O número de cientistas estudando as causas e comportamentos das viroses era bem menor e o desenvolvimento tecnológico não era suficiente para disponibilizar as ferramentas necessárias às conclusões das hipóteses por eles construídas. Por outro lado, com população menos numerosa e com evidentes limitações dos meios de comunicação e transporte, os brasileiros moradores de pequenas cidades, longe dos grandes centros, não perceberam a real gravidade da gripe. Em razão do desconhecimento, não tiveram os mais velhos, condições de relatar os fatos ocorridos aos seus descendentes ou de transmitir as experiências vividas.

Na COVID-19, considerada pandemia em 2020, contamos com a tecnologia em favor dos tempos. As facilidades na comunicação ajudaram na captura de dados estatísticos, nos diagnósticos e na divulgação de protocolos de prevenção. Entretanto, a disponibilidade de meios para mobilidade das pessoas e de objetos também contribuiu para a transformação do que poderia ser uma endemia, em uma pandemia. Constatou-se que o vírus se espalhou no mundo por meio de pessoas e também de mercadorias nas avançadas e facilitadas importações.
Os estudiosos das doenças psíquicas perceberam que: os pacientes submetidos ao rigoroso isolamento, sofreram maiores danos que a população em geral, nas mesmas condições. Para muitos, a perda de amigos e parentes por mortes inesperadas foi uma experiência traumática, sobretudo pela impossibilidade de acompanhar e conviver com os entes queridos enquanto acometidos pela doença.
Tais observações e introspecções impulsionaram a necessidade de registrar os fatos, na tentativa de contribuir para a história e, consequentemente, para a valorização do sofrimento vivido pelo povo brasileiro em 2020.

(*) Pernambucana de Afogados da Ingazeira, nutricionista, mestra e doutora em nutrição, professora da UFPE e da UFRPE.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 17-julho-2020 / 16:13:02
Sobre a "bólide" vista em Pernambuco ontem (15.07.2020) - Leia um fragmento do nosso livro "Afogados da Ingazeira - Memórias" (Edições Edificantes - 2004), pág. 42, obedecendo a grafia da época:

"No anno de 1920 - A sete de janeiro, cahiu ao nascente de Afogados da Ingazeira um "bólido" cuja passagem pela atmosphera produziu um estrondo. Eram 10 horas de noite (...). Somente a 29 de fevereiro cahiu chuva."

Coincidentemente, o registro que mencionamos no nosso livro ocorreu há 100 anos. (fonte: Livro de Tombo da paróquia do Senhor Bom Jesus dos Remédios)

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bólide
Substantivo feminino
Astr.
Meteorito de volume acima do comum que, ao penetrar na atmosfera terrestre, produz ruído e se torna muito brilhante, podendo deixar um rastro luminoso.(Dic. Aurélio)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 16-julho-2020 / 10:23:11

Há 77 anos- 09.07.1943 - nascia
Bernardo Delvanir Ferreira


Bernardo, um dos quatro filhos de Otávio Ferreira da Silva e Laura Ferreira da Silva, nasceu no então distrito de Tabira (Afogados da Ingazeira) em 9 de julho de 1943. Menino tímido e amoroso, não escondia o carinho devotado aos pais e irmãos.
Ainda pequeno veio com a família morar em Afogados da Ingazeira, cidade maior e mais promissora, onde poderia ser mais favorável para o Sr. Otávio Ferreira abrir seu consultório dentário, já que era um prático a desfrutar de muito conceito na região.
Em 1953, com apenas 10 anos de idade, Bernardo tocava violão e sanfona, arte que aprimorou com o passar do tempo, tornando-se um grande músico. Esse fato não deveria ser motivo de muita admiração, posto ele fazia parte de uma família de artistas: sua irmã mais velha, Maria de Lourdes Ferreira (Lourdinha), tocava sanfona; Flávia Ferreira, a mais nova, sanfona e violão, e seu único irmão, Geraldo Berardinelli, revelou-se, cedo, um grande artista plástico.
Numa das vezes em que o cantor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião se apresentou em Afogados da Ingazeira, hospedou-se no Grande Hotel, em frente à casa de Bernardo. E ele foi convidado para fazer uma exibição para o cantor que ficou admirado com o talento do jovem interiorano: “Esse menino vai fazer muito sucesso. Se o pai dele deixar, ele vai comigo para o Rio.” Bernardo não foi. Além de ser muito jovem, não estava em seus planos deixar a família. Na verdade, ele gostava de tocar em casa, sempre acompanhado por uma das irmãs (nas festas da escola, apresentava-se com todos os irmãos, cada um tocando um instrumento e Geraldo cantando). Gostava, também, de animar as festas de aniversário na casa de amigos.
Depois passou a abrilhantar as Manhãs de Sol no tradicional ACAI (Aeroclube de Afogados da Ingazeira), fazendo muito sucesso.
Quando o radialista Waldecy Xavier de Menezes movimentou a região com seus programas radiofônicos de auditório (“Festa na Roça” e “Domingo Alegre”), o conjunto regional responsável pela parte musical, inclusive pelo acompanhamento dos artistas, tinha Bernardo Ferreira na sanfona, Gago na bateria, Zé Malaia nos maracás, Flávia Ferreira no violão, Expedito boca-de-véio no pandeiro, Zé Martins e Charles Pantera (Lulu Pantera) no vocal.
Uma das grandes alegrias de Bernardo foi no dia da sua contratação para fazer parte da Super Oara, orquestra do Mestre Beto, de Arcoverde (PE), que fazia muito sucesso por onde se apresentava. Depois de alguns anos se exibindo com a orquestra nos palcos da vida, Bernardo voltou para junto da família. Prosseguiu, então, abrilhantando as Manhãs de Sol no ACAI e os programas de auditórios comandados por Waldecy Xavier de Menezes.
Bastante habilidoso, tocava violão e sanfona muito bem e jogava futebol e sinuca de forma impressionante. Era admirado e querido. Apesar de ser visto como um rapaz especial, ele não foi muito namorador, mesmo sendo bastante assediado. A timidez fazia dele um moço reservado, de muitos amigos e que gostava bastante de sorrir.
Bernardo também foi ótimo compositor, tendo, inclusive, gravado duas belíssimas musicas de sua autoria: “Fingimento” e “Separação”, na voz do cantor Miro Gonçalves, através da Gravadora Rozemblit.
Um dos seus fiéis amigos, José Martins de Moraes, cantor do seu regional, gostava de se exibir com essas músicas, nas inúmeras serenatas que fez com Bernardo pelas ruas românticas de Afogados da Ingazeira, nas noites enluaradas.
Um dos sonhos de Bernardo Ferreira era, no futuro, formar sua própria orquestra. Tinha capacidade de sobra para tanto. Contava, inclusive, com alguns músicos de talento incomparável. Entretanto, por uma fatalidade do destino, não pôde concretizar seu sonho.
Ainda jovem, com 18 anos de idade, um problema cardíaco obrigou-o a manter um regime de vida mais moderado, deixando-o muito triste, mas não perdeu o brilho do sorriso.
Na terça-feira de carnaval, dia 22 de fevereiro de 1966, Bernardo Delvanir, aos 22 anos de idade, teve um infarto fulminante.
Naquele dia não só seus familiares e ardorosos amigos, mas a cidade em peso chorou a perda irreparável. Seu sepultamento contou com a presença de milhares de pessoas, todos chorando em silêncio a saudade antecipada. (por Milton Oliveira, com enxertos nossos)

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 13-julho-2020 / 11:18:07

Meus pais nasceram em Afogados da Ingazeira.
Ele, José Santana Alves, filho de Manoel Santana e de Joventina.
Ela, Maria de Lima Alves (conhecida como Moça), mora em São Paulo e está com 94 anos (1926). Filha de Belarmino Ferreira de Lima e Joaquina Barboza de Lima (mãe Miquina).
Um de seus irmãos, Antônio Lopes de Lima (Totó), já falecido, viveu por muitos anos em sua casa na rua Cazuzinha Lopes.

Por favor, se alguém souber de algo sobre nossos familiares, contate-nos. Ficaremos agradecidos.

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Rosa Alves Santana <rosasantanacnc@gmail.com>
São Paulo, SP Brasil - 11-julho-2020 / 8:11:48

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 9-julho-2020 / 21:08:52
Hein, Ubaldo Pires!

Na semana passada o primo Fernando Pires descobriu o documento de cartório do casamento de Pai Véi e Bobô que você sabe eram Raymundo Ferreira Lima e Josepha Leopoldina Pires, e a oficialização do citado enlace deu-se na casa de Antônio de Souza Pereira, ali pelo "quadro da rua do Afogados" como se dizia antigamente, e Antônio era irmão do velho pároco Pedro Pereira de Souza cujos sobrenomes eram assim trocados o que era natural à época, e Antônio como você bem sabe era casado com Maria Leopoldina Pires Ferreira ou Freitas, pois acho que as oito irmãs de Pai Quim eram registradas Pires de Freitas enquanto os quatro homens mantinham o original do pai Pires Ferreira.
Mas isso é uma história antiga que vem dos tempos quentes da revolução de Frei Caneca de 1824, quando os irmãos revolucionários de 1817 Joaquim e Gervásio, pois João de Deus falecera em 1821, sendo todos dos Pires Ferreira do velho Recife, resolveram pedir a ajuda de um irmão ainda mais velho, José Pires Ferreira, que se radicara pra sempre entre o Piauí e o Maranhão aonde fora tomar conta das terras que o velho pai Domingos Pires Ferreira houvera adquirido naqueles lados e a ajuda que José deu à Revolução foi o envio de homens para usar bem os bacamartes, mas o que se viu foi que não houve tempo e a Revolução foi vitoriosa somente em apontar os rumos humanistas que ainda hoje buscamos para futuro e foi justamente esse grupo que se engraçou das águas do Pajeú, onde estariam a salvo como até hoje da cruel devassa contra os revolucionários.
E voltando a Pai Véi e Bobô, acho que eles já moravam na "Maravilha" e quando do registro na casa de Antônio, o casal, ele com 24 e ela com 22 anos, já declarava ter um filho de nome Horácio sendo essa imagem dos teus arquivos que resolvi mostrar aos amigos, dos tempos em que Horácio, como dizia nosso primo e amigo Marconi, tinha tanto gado e as terras eram tão férteis em Jacobina, e o capim tão alto que o gado de perdia dentro, e dos tempos em que o irmão caçula dos sete de Bobô e Pai Véi de nome Jonas, e apelido Jota, que também aparece na foto da família de Horácio, era dono de uma pequena frota de pequenos aviões que transportavam passageiros nos aforas da Bahia, e Ubaldo Pires descreve a imagem abaixo dizendo que na ordem dos ponteiros do relógio se vê Zuleide e José, e Dona Duca com Sirlene no colo, e Antonio e Horácio e Jota e Amadeu, e também lembra que entre os filhos e filhas de Pai Véi e Bobô, entre o mais velho Horácio e o mais jovem Jota, havia mais cinco filhos e filhas que eram Aurélio e Severino e Zequinha, mais Dasdores e Lídia, mais ou menos nessa ordem.
(Aviso aos amigos que a pandemia me fez economizar a pontuação, e resolvi dar uma de Saramago, mas não ficou tão ruim assim)

Hercules Sidnei Pires Liberal <sliberal@uol.com.br>
Recife, PE Brasil - 1-julho-2020 / 13:53:41

Quando do Centenário (1909-2009) de Emancipação Política de Afogados da Ingazeira, fizemos esse registro a partir das 5h do 1º de julho de 2009.

Afogadenses que não mais residem em sua terra natal foram participar daquele momento.
Hoje, muitos dos que lá se encontravam, já partiram...



Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-julho-2020 / 9:56:28

Ibraim e Nevinha, recebam a nossa sincera solidariedade pela perda prematura da querida Katiúscia Shiarelly (foto).
Nossos sentimentos extensivos ao viúvo, filhinho, irmão e aos demais familiares.
Que o Pai Eterno a tenha em Sua Glória!

Fernando Pires e família <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 29-junho-2020 / 16:56:03
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