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Há 92 anos, em 21 de junho de 1928, nascia na localidade Espírito Santo (Tabira), então Distrito de Afogados da Ingazeira, Hélio Vidal Campos. Filho de Luiz Gonzaga de Siqueira Campos, antigo escrivão, e Olindina Vidal Campos. Eram seus avós paternos o professor José da Vera Cruz Campos e Joaquina da Vera Cruz Amaral, e maternos, Juvino Alves de Siqueira Vidal e Maria Umbelina Vidal. Casado com Lucy de Andrade Campos, teve dois filhos: Hélio Fernando e Maria de Fátima, Hélio Vidal Viveu toda infância e juventude em Afogados da Ingazeira onde cursou o primário com os professores Mariinha Padilha, Otávio Claudino de Paiva, Dolores Câmara, Assunção Câmara; as irmãs Maria do Carmo Galindo e Maria Luíza Galindo; Aurora Lopes de Azevedo, Evangelina de Siqueira Lima, Letícia de Campos Góes, de saudosas memórias. Trabalhou incansavelmente pela criação do Ginásio Mons. Pinto de Campos, em Afogados da Ingazeira através da CNEG (Campanha Nacional de Educandários Gratuitos). Na juventude fez parte ativa em todos os movimentos sociais e culturais, fazendo discursos a convite das diversas entidades e ao mesmo tempo sendo correspondente dos jornais Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, para onde enviava quase semanalmente notícias de nossa cidade. Atuou com Elpídio Medeiros e Magela Valadares, na Rádio Difusora Pajeú, onde apresentavam programas que marcaram época. Em Afogados, foi escrevente de cartório e tabelião substituto, o que influiu bastante para sua vida judicante (muita prática forense). Devido ao dinamismo e força de vontade de sua genitora Olindina Vidal, foi estudar no Recife nos idos de 1945, no Colégio Americano Batista, onde fez o curso ginasial, terminando em 1950 como orador da sua turma. Cursou o colegial no Carneiro Leão para, em seguida, após o vestibular, cursar os cinco anos de Direito na Faculdade da Praça Adolpho Cirne. Ainda no terceiro ano de Direito, fez o vestibular na Faculdade de Filosofia Manuel da Nóbrega, atual Universidade Católica, onde cursou Filosofia com ênfase em Geografia e História, por quatro anos, tendo se bacharelado. Como ginasiano colaborava na imprensa da capital pernambucana, escrevendo para o Jornal Pequeno, Diário de Pernambuco e Jornal do Commercio, época em que ingressou na Associação de Imprensa de Pernambuco, como sócio efetivo. Mesmo residindo no Recife, o jovem Hélio Vidal viajava de trem duas vezes no mês, para Afogados, nos trabalhos de instalação do Ginásio Monsenhor Pinto de Campos, e posteriormente com a Gazeta do Pajeú, que fundou no dia 15 de novembro de 1953, há 67 anos. Trabalhou no Recife como comerciário, bancário (Caixa Econômica), escriturário da firma Itapessoca (do empresário João Santos), funcionário público (Assembleia Legislativa do Estado) e, finalmente, juiz de Direito, quando se aposentou. Participou por dois anos do curso de Especialização em Direito Público e Privado (Pós Graduação lato sensu) da Universidade Federal de Pernambuco, nos anos de 2000 e 2001. Como professor, ensinou no Curso Brasil, Ginásio Castro Alves, Ginásio Olívio Montenegro e Escola de Comércio da Encruzilhada, do saudoso professor Aderbal Galvão. Exerceu a judicatura nas Comarcas de Serra Talhada, Lagoa dos Gatos, Belém de Maria, Araripina, Panelas, Goiana, Olinda e no Recife. Pelo Presidente do Tribunal de Justiça, foi designado para ser o primeiro Juiz de Direito do Distrito Judiciário da Ilha de Fernando de Noronha, por quatro anos. Ainda como Juiz de Direito, substituiu em várias oportunidades desembargadores em licença e férias, por quatro anos. Recebeu o título de cidadão de Goiana e Olinda, quando passou por aquelas comarcas. Ensinou Direito Penal e Processo Penal na Faculdade de Direito de Olinda e Faculdade de Direito Pinto Ferreira, na capital pernambucana. Exerceu as funções de Juiz Eleitoral por mais de oito anos, na 7ª zona da capital e, na condição de juiz mais antigo, presidiu a diplomação dos eleitos no pleito municipal de três de outubro de 1996, no Teatro Guararapes do Centro de Convenções de Pernambuco. Faleceu no Recife, no 1º de outubro de 2006, onde está sepultado.
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
Recife, PE Brasil - 23-junho-2020 / 9:32:21
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Faleceu nesta madrugada, no hospital Mestre Vitalino, Caruaru, aos 54 anos de idade, o amigo Emídio Vasconcelos. No final de maio, sentindo-se mal, foi levado ao hospital Regional Emília Câmara de Afogados da Ingazeira. Diante da gravidade do caso, foi removido para o hospital em Caruaru, quando, nesta segunda-feira pela madrugada, veio a óbito. Fomos informados que o corpo foi sepultado, ainda nesta manhã, no cemitério São Judas Tadeu,
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
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Recife, PE Brasil - 22-junho-2020 / 13:55:46
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As moças do sobrado
Hoje, ofuscado pelo desarranjo e emaranhado arquitetônico, se é que se pode chamar assim da praça principal da cidade de Tabira, a antiga Espírito Santo, o sobrado já reinou imponente e soberano sob os olhares atentos de Dona Maria Vidal, a viúva de Jovino Vidal, seu marido e primo; ele falecido em 1934, e ela eu a conheci já morando em Arcoverde perto da sua neta Dulcinha, sendo que os filhos nasceram todos em Afogados da Ingazeira onde moravam no casarão que construíram e que findou como sede da Cúria Diocesana, e onde o primeiro filho de quinze do casal Antonio Alves de Freitas Sobrinho, o sobrinho de Benzinho Vidal, foi prefeito municipal aí pela década de 1920, mas é outra história. A história que quero contar é a dessas moças que fazem parte da vida passada de Tabira, a antiga Espírito Santo, como Sindô, que era como chamavam Ornecinda Vidal, a filha mais nova do casal Jovino e Maria, foi chamada pela irmã mais velha Theonila, conhecida por Teonas, já casada com um comerciante de peles de São José do Egito de nome Cícero David de Vasconcelos, que ficou viúva com sete filhos em 1950, já morando em Campina Grande, onde com a idade de 40 anos Sindô também conheceu o comerciante de nome Antonio, e conhecido por Seu Nô, com quem se casou mas não tiveram filhos, e anos depois ela foi morar no Recife onde já morava sua irmã Teonas. As duas tinham uma irmã mais velha de nome Mariinha batizada Maria que morava em São Francisco, um distrito de Solidão, que era parede e meia com a paraibana Água Branca, e era casada com Francisco Souza conhecido por Chiquito que viu Mariinha morrer do segundo parto junto com a criança, e por isso a filha do primeiro parto que era Dulce, foi criada no sobrado por Dona Maria sua avó e mais tarde Dulcinha casou com seu parente Milton de Brito Freire que era irmão de Vitorino Freire que foi dono político do Maranhão antes que também o fosse José Sarney mas a história daqui pra frente é sobre essas outras moças restantes da foto e já falamos de Sindô e Dulcinha da ordem da fila indiana. Onde se vê na sequência, Soberana, que era a irmã mais velha de Glorinha, que bem me lembro era filha de Dona Chiquita e ativa militante do velho PSD de Agamenon Magalhães, e seguindo a fila está Erotidinha que já a conheci casada com Severino Fiscal (Severino Vicente?) que eram pai e mãe de Bibi, Tasso e Ilka e não lembro de outro filho ou filha, mas Bibi é Ubirajara que é meu amigo de infância e de Facebook e, seguindo, logo aparece Aretusa Pires de Freitas que era filha do meu tio Severino Pires e minha tia Lídia dos Freitas do Cariri, como dizia Adamastor nosso primo Tôta, para uns, e Totô para outros, e ela se casou anos depois com Isaac Mascena uma grande figura das prosas tabirenses. Mas quero também falar de Mirôcha, que, na rabeira da fila, mostra-se como realmente era, ou seja, uma moça elegante da família Vidal que, quando a conheci morava com sua sobrinha Severina a esposa do protético José Tenório, tendo falecida solteira; mas quero também falar dessas menininhas de vestidinho escuro que, como informa Loura das famílias Pires e Vidal, tratavam-se das filhas de alguém de fora de Espírito Santo que trabalhava em algum órgão de governo, mas a menininha de vestido mais claro era Isabel Mascena que anos adiante casou com Júlio Cordeiro Pessoa, sendo mãe e pai dos meus amigos de infância Carlos Celso e Claudio Cleto, além de Margarida Maria e Claudevan Ciro e Claudionor Cícero.
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Hercules Sidnei Pires Liberal <sliberal@uol.com.br> |
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Recife, PE Brasil - 22-junho-2020 / 9:07:52
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Imagina por um momento que você teria nascido em 1900. Quando você tem 14 anos começa a Primeira Guerra Mundial e termina quando você tem 18 com um saldo de 22 milhões de mortos. Logo depois aparece uma pandemia mundial, a gripe espanhola, matando 50 milhões de pessoas. E você está vivo e com 20 anos. Quando você tem 29 anos sobrevive à crise econômica mundial que começou com o desmoronamento da Bolsa de Nova York, causando inflação, desemprego e fome. Quando você tem 33 anos, os Nazis chegam ao poder. Quando você tem 39 anos começa a Segunda Guerra Mundial e termina quando você tem 45 anos com um saldo de 60 milhões de mortos. No Holocausto morrem 6 milhões de judeus. Quando você tem 52 anos começa a guerra da Coreia. Quando você tem 64 anos começa a guerra do Vietnã e termina quando tem 75 anos.
Uma criança que nasce em 1985 pensa que os seus avós não fazem ideia do quão difícil a vida é, mas eles sobreviveram a várias guerras e catástrofes. Hoje encontramo-nos com todas as comodidades num mundo novo, no meio de uma nova pandemia. A gente reclama porque por várias semanas devem ficar confinados em suas casas, tem eletricidade, celular, comida, alguns até com água quente e um telhado seguro sobre suas cabeças. Nada disso existia em outros tempos. Mas a humanidade sobreviveu a essas circunstâncias e nunca perderam a alegria de viver.
Hoje queixamo-nos porque temos que usar máscaras para entrar nos supermercados. Uma pequena mudança na nossa perspectiva pode gerar milagres. Vamos agradecer você e eu que estamos vivos e vamos fazer tudo o que é necessário para nos proteger e nos ajudar uns aos outros.
(*) Autor desconhecido | Imagem da internet
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
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Recife, PE Brasil - 21-junho-2020 / 19:11:21
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Soubemos há pouco, nesta quinta-feira (18.06), do falecimento de José Silvério Queiróz Brito, (Verinho), ex-prefeito de Afogados da Ingazeira, ocorrido no Hospital Regional. À dona Creuza, sua mãe, Bombinha, seu irmão, filhos e aos demais familiares, nossa sincera solidariedade.
Vamos relembrar alguns momentos políticos protagonizados por ele - pinçados do nosso próximo livro.
"8 de junho de 1972 - Lançado oficialmente o nome do universitário José Silvério Queiróz Brito, de 26 anos, para a sucessão do Sr. João Alves Filho, no pleito que se avizinha. O jovem candidato é quartanista de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e detentor de simpatia na comunidade afogadense. A escolha, para a sucessão municipal, foi feita pelo Diretório da Arena, que tem 21 componentes. Dezenove deles, entre os quais o prefeito João Alves, lançaram o nome de Silvério para candidato a prefeito de Afogados da Ingazeira. "
"01.01.1973 / 31.12.1976 - Administrou sua cidade nesse quadriênio;"
"2 de agosto de 1974 - Técnico faz inspeção na Barragem de Brotas - Acompanhados pelo prefeito de Afogados da Ingazeira, José Silvério, os técnicos percorreram toda a extensão da barragem – 569 metros –, identificando os marcos do projeto e estabelecendo a melhor área para o canteiro de obras."
"13 de agosto de 1976 – O prefeito José Silvério Queiroz de Brito confirmou seu apoio à candidatura do Sr. José Geraldo de Moura, nome homologado na convenção da Arena, realizada no último domingo. A convenção apontou ainda os candidatos João Alves Filho (Arena 2) e Antônio Mariano de Brito (Arena 3).
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
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Recife, PE Brasil - 18-junho-2020 / 18:29:46
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Profª. Letícia de Campos Góes
Em 09 de junho de 1903, há 117 anos, nascia em Afogados da Ingazeira - sítio Sobreira -, a menina Letícia, filha do Cel. Luiz Alves de Góes e Mello e de dona Petronila de Siqueira Campos do Amaral Góes. Fez o curso primário em sua terra natal, em escola pública, com professoras vindas do Recife. Costumava dizer que a professora que mais marcou a sua vida de criança foi Dona Anna Melo. Seus estudos de português e francês foram orientados com o seu irmão Dr. Oscar de Campos Góes, de quem tinha muito orgulho. A paixão pela língua francesa era evidente. Isso se atribuía à cultura dos seus pais que conheciam profundamente a literatura francesa, e ao seu irmão poliglota e cientista.
Dona Letícia nos disse, certa vez, que o Dr. Oscar se correspondia com Albert Einstein, físico e humanista alemão (1879-1955), autor da teoria da relatividade e de importantes estudos em ondulatória.
Desde os 16 anos, ela já dava aulas particulares e declamava poesias como se fossem suas, pois fazia com toda a alma e coração como que vivendo aquela ternura, suavidade e beleza decantada pelos poetas, em particular o grande Castro Alves, poeta dos seus tempos, dos seus saraus, das suas festas familiares. Lia, todos os dias, no mínimo 5 horas, as crônicas de Humberto Campos, Gilberto Amado, Afonso Arinos de Melo Franco, René Belbenoit, além da História Sagrada - a Bíblia.
Ingressou no Colégio das Damas de Instrução Cristã, no Recife, para concluir os seus estudos de 2º grau, de 1933 a 1934, o que o fez brilhantemente. Decidiu ser religiosa das Damas, entrando como noviça, destacando-se pela obediência, cumprimento das obrigações religiosas. Ensinou o francês a diversas turmas no Colégio das Damas da Ponte d’Uchoa. Por motivo de saúde, abandonou o hábito, o que fez contra a sua vontade e por imposição da família para poder se submeter a tratamento rigoroso, o que não era possível no convento. Graças à dedicação do seu cunhado, o Dr. Osvaldo da Cruz Gouveia, e os cuidados da sua irmã Maria Luíza, que residiam em Garanhuns, ficou completamente curada. Não retornou ao convento, pois seu pai, já muito doente do coração, solicitou sua presença decidida, alegre e inteligente ao seu lado, em Afogados da Ingazeira. Um ano após o seu retorno, morria seu genitor. Ela continuou com a mãe, na cidade, se dedicando à educação da juventude por mais de 30 anos, sendo professora municipal. Foi um grande baluarte da Ação Católica na época. Envolveu-se na catequese de crianças/adultos/presos; nas obras da Igreja Matriz para a qual trabalhou durante toda sua vida ativa. Foi uma pessoa interessante, sempre se preocupando com o crescimento de Afogados em todos os aspectos.
Quando as religiosas franciscanas do Barro - Recife vieram fazer o reconhecimento da cidade, convidadas que foram pelo Mons. Arruda Câmara para tomar conta da Escola Normal Rural de Afogados da Ingazeira - ENRAI, que deveria ser inaugurada, ela as chamou para se hospedarem no casarão da família Campos Góes, sua residência.
De 1942 para 1943, auxiliada pelo padre Olímpio Torres, vigário da cidade, na época, Dona Letícia fundou a Escola Doméstica Nossa Senhora de Fátima, da qual foi a primeira e única diretora, e que tinha a finalidade de educar a mocidade feminina, formando perfeitas donas de casa, com orientação cristã. As alunas tinham uma carga horária das matérias básicas: português, matemática, geografia, história, ciências, francês e aulas de corte, costura, bordado e culinária. Essa escola começou a funcionar em 26 de março de 1943. Era já o anseio para a criação de um Colégio oficial para moças, o que aconteceu em outubro de 1955, com a inauguração da Escola Normal Rural - iniciativa do Mons. Alfredo Bezerra de Arruda Câmara. De 28 de dezembro de 1946 a 1º de janeiro de 1947, ela e o mons. Luiz Madureira - o idealizador - foram os organizadores do Primeiro Congresso Eucarístico Sertanejo, que reuniu as zonas do sertão do Moxotó e Pajeú, num só momento de fé. Foi presidente da Juventude Católica de Afogados da Ingazeira de 1945/1946. Na vida social foi bastante atuante, organizando festas (bailes) e teatros.
O piso da Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios, e a bancada, feita por Antonio Aleixo em madeira maciça, da nave central, se deve muito a ela, pois nas viagens que fazia, levava santinhos do Senhor Bom Jesus dos Remédios e a palestra sobre padre Carlos Cottart proferida pelo padre Olímpio Torres, que ela mandou imprimir e fazia campanhas para angariar fundos para as obras. Ainda sobre a bancada da matriz, ela com o vigário e Dona Tetê César Véras, conseguiram que muitas famílias doassem um ou dois bancos. Da sua mãe conseguiu a doação de madeira de lei da fazenda Colônia, para a reforma de vários bancos.
Às 4 horas da manhã de 20 de fevereiro de 1992, sofreu um acidente cardiovascular que a prostrou num leito por vários anos. Faleceu, tranquilamente em sua residência, às 18h30 de 26 de janeiro de 1995. Estavam com ela: Ivone, Ana Tereza, Odete e Suely. Dona Ione por estar em tratamento de saúde no Recife, não pôde estar presente. Ela disse, certa vez: "Se, por gratidão, meu nome ficar na história de Afogados da Ingazeira, representará muito, pois isso dará a impressão que fiz algo de bom pela minha querida terra".
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
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Recife, PE Brasil - 14-junho-2020 / 19:53:21
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Olá Fernando, depois ler muitas noticias assustadoras, resolvi passar algumas para vosso conhecimento.
Aqui na terra do tio Sam estamos atravessando momentos assustadores, e posso afirmar que o que está acontecendo é uma revolução socialista/comunista sem apologia, que abrange vários estados, from "California to Boston, San Francisco to Nova York". Em Seattle, no centro da cidade, os rebeldes estabeleceram uma área de alguns quarteirões e denominaram como "free city" onde nem a polícia tem acesso, e os ocupantes estão com armas usadas pelas forças armadas e intimidando o povo.
Caro amigo, nunca pensei que chegaria a passar por tais circunstâncias aqui na “land of do free and do brave”. Isto é realmente assustador. A última vez que passei por uma experiência igual foi quando da morte de Getúlio Vargas; eu estava servindo com a Marinha do Brazil e fomos enviados para manter a Paz na área central do Rio de Janeiro. Aqui, quase todas as grandes cidade estão em estado agitação e de rebelião, sem um final à vista. Na sua maioria são moços e moças sem um bom senso, liderados pela velha guarda esquerdista, com a ideia de interromper as eleições neste novembro. Jamais passou por minha mente que presenciaria tal situação nesta terra que tem sido uma bênção para nós e nossa família. O negócio foi planejado e só percebemos quando se manifestou em público nos últimos dias. É como se estivéssemos acordando de um pesadelo. Acredito que tens uma boa ideia do que está acontecendo por aqui, e não desejo perturbá-lo com tais noticias. Um abraço.
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Zezé Moura <jojephd@yahoo.com> |
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Rosemead - Califórnia, CA EUA - 13-junho-2020 / 8:14:12
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Arco e Flecha
Oi Fernando. Estou retornando após uma pequena pausa. Você encontrou este tesouro de Registros de óbitos de pessoas que conheci historicamente e de outras que conheci muito bem, como meus pais, que me trazem boas recordações. Às vezes ele falava sobre o fato que somente Firmina sobreviveu e eu percebia o sentimento de perda que se manifestava, principalmente do que faleceu aos 10 anos de idade.
Com minha mãe eles chegaram a ter dez filhos e filhas mas somente dois sobreviveram, Tarcisio e José (eu) que ficou sendo conhecido como Zezé. Foram dias maravilhosos crescendo no calor amoroso naquela casa que ainda hoje existe.
Uma das minhas lembranças foi quando estávamos a brincar ao lado da casa, e meu pai trabalhando, fazendo sapatos e sandálias; meu irmão estava com dois anos e meio ou três, e eu estava brincando com o arco e flecha que construi... Meu pai estava constantemente a me advertir para não apontar nas pessoas, principalmente no meu irmão que estava ao meu lado. Eu respondi que sim, nao "havia problema". Fato é que o diabinho estava trabalhando comigo e num destes momentos eu apontei pro meu irmão e lá se foi o choro daquela criança que havia sido atingida pela seta de marmeleiro. Não houve dano sério, mas ele chorava e chorava. Meu pai se levantou e veio na minha direção com uma correia na mão que foi usada algumas vezes para me lembrar sempre que o que fiz estava errado. Resultado chorava meu irmão, e eu chorava em consequência das lapadas na bunda e nas pernas.
Hoje me lembro com ternura daqueles dias. Vamos esperar pelos próximos Registros.
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Zezé Moura <jojephd@yahoo.com> |
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Rosemead - Califórnia, CA EUA - 4-junho-2020 / 19:42:08
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SÓ A PREVENÇÃO SALVA Edleide Freitas Pires (*)
Viroses sempre existiram e vão existir. A pandemia da COVID-19 é um marco para fazer a população entender que só a prevenção salva. Nunca o confinamento foi regra para prevenção de doenças, apenas isolavam o portador de doenças infectocontagiosas. Confinamento e isolamento são formas igualmente cruéis e é por isso que a salvação deve vir antes das viroses chegarem. Hoje elas andam mais rápido porque ninguém quer parar.
O acesso a alimentos diversos, fáceis de preparar, com apelos de cores, sabores e texturas leva a população a se interessar por inovações dos hábitos alimentares e, com eles, o aumento do consumo. As estatísticas das doenças advindas da má alimentação demonstram ser esta a causa de outra pandemia, a obesidade, que, por sua vez, gera outras doenças metabólicas como diabetes, cardiopatias e até complicações físicas em consequência de doenças osteoarticulares.
Para o vírus da COVID-19 ainda não há remédio e é pouco provável que vá existir num breve tempo. Você é o remédio, seu corpo é o remédio e a prevenção é a solução. Quanto mais preparado o organismo, menor a possibilidade de contrair viroses e mais fácil será a recuperação. Antibióticos e analgésicos são fantásticos, e efetivos para o que se pretende, mas não curam viroses nem matam vírus. As pesquisas para estes avançam a cada dia, mas a ação do vírus é diferente. São seres vivos astuciosos que se multiplicam dentro de uma célula viva, mutam ou se disfarçam, de modo que quando acaba o estudo a seu respeito, não mais existem. Aí virão outro e outros... Não há arma que atinja o vírus sem antes atacar uma célula do indivíduo e é lógico que ele vai escolher as suas melhores células. Os microrganismos, em geral, são seletivos e escolhem o que mais lhes convém para sua multiplicação. No caso do vírus, a condição para se multiplicar está dentro das suas células. Sendo assim, ele vai competir fortemente e um dos dois vencerá, você ou ele.
Por muitas razões, o nutricionista é hoje a bola da vez. Quando recomenda uma alimentação saudável e equilibrada está contribuindo com a sua saúde geral, seu bem-estar, com a sua imunidade e, portanto, com a prevenção de doenças. É recomendável ter um “nutricionista de estimação” na agenda para ter a prevenção antes que a necessidade de cura seja necessária.
Alimento não cura. Previne e ajuda na recuperação de doenças. A boa imunidade não impede o contágio, mas mitiga as consequências das doenças infectocontagiosas. A boa alimentação, complementada com o uso regular de probióticos, contribui para o aumento da imunidade e é nela que devemos confiar. Tais microrganismos desejáveis e indispensáveis promovem a regulação orgânica e competem com os indesejáveis, além de conferirem outros benefícios à saúde geral, incluindo o aumento da imunidade.
É recomendável pensar antes de escolher o que comer. Aconselhem-se com um Nutricionista enquanto é tempo, pois só a prevenção nos salva do avassalador Coronavírus e de outras viroses que, certamente, virão.
Recife, abril de 2020 (*) Nutricionista, Profa da Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
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Recife, PE Brasil - 3-junho-2020 / 10:56:05
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JANELAS EM QUARENTENA Edleide Freitas Pires (*)
Em tempo de quarentena janelas têm vida. Vejo da minha uma verdadeira mudança de comportamentos nunca antes observados. Homens em atividades domésticas suprindo suas próprias necessidades. Vejo desenvolvimento de talentos em uma máquina de costura que não para, seja noite ou dia. Vejo gente reunida a preparar jantar onde antes parecia que só havia um morador. Há também um notório aumento do número de luzes acesas nos prédios e reduzido número de veículos a iluminar as ruas. O silêncio dos bairros populosos foi exacerbado pelo barulho reduzido dos motores, onde os pássaros têm a notoriedade merecida. A organização dos pássaros é invejável. Têm a hora de cantar. Sabiás apresentam seu show às 4hs e às 7hs. Bem-te-vis cantam mais alto e os menos talentosos ou nunca antes percebidos se espalham sem serem molestados por humanos e máquinas.
De lá podem ver a minha também muito mudada. Vêm um corpo em movimento no mesmo lugar e nem sei se imaginam que se trata de uma esteira elétrica que me leva a algum objetivo antes desprezado. Podem querer entender o que se faz junto à uma janela a cortar papéis e pintar caixas de isopor. Nem percebem que é o despertar de um mínimo talento para a arte que valorizará baldes de gelo a partir de materiais de baixo custo e reciclados. Também podem ver o despertar de uma máquina de costura sem saber que se busca a reutilização ou até mesmo zelo para confecção de máscaras de proteção a contaminações.
Por dentro da minha janela percebi a quantidade de coisas desnecessárias e toquei a descartar e organizar seguindo a técnica do 5S. Então descobri que aranhas e cupins trabalham mesmo em tempo de confinamento compulsório. Percebi também que usos podem ser soluções para reparo de equipamentos há muito considerados obsoletos. Percebi que música faz bem à alma, gera paciência e impulsiona a vida e que tudo que se pensa para descrever uma vida reclusa no confinamento recomendado para proteção contra o poderoso vírus denominado Corona, alguém já pensou em tempo de cruel e injusta ditadura e referiu em músicas. Nesta o exílio também foi compulsório e sobejamente sofrido.
Um pensador já repetia como um mantra “o mundo vai mudar”. Este coincide com minhas perspectivas. No mínimo, os hábitos de higiene vão ser valorizados e, certamente, a população vai preferir água e saneamento básico a imensos estádios de futebol e, certamente, os políticos vão entender. Espera-se também que homens brasileiros se tornem autossuficientes, de modo a não se considerarem incapazes de gerir sua própria vida, suas próprias coisas e seu bem-estar.
A igualdade social ou, no mínimo, a redução dos desníveis sociais, vão ser valorizadas. A dificuldade de acesso a água e a alimentos com garantia de qualidade são fatores que nos colocam num nível de desigualdade preocupante. Esperamos que isto também mude.
Vamos mudar, o mundo vai mudar e vamos aprender muito e, certamente, vamos melhorar.
(*) Nutricionista, Profa da Universidade Federal Rural de Pernambuco
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com> |
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Recife, PE Brasil - 1-junho-2020 / 16:29:10
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