Obs. Pe., se ñ for pedir muito, sera q daria para você estar presente na cerimonia qdo ele receber o Diaconato Permanente?

Me chamo Esdras Paiva Oliveira e estou enviando meu testemunho de uma enorme graça alcançada.

Passei recentemente a maior aflição da minha vida, quando ao receber o resultado de uma biópsia feita em um sinal retirado da mão de minha filha de 09 anos, o resultado apontou uma neoplasia melanocítica. Imediatamente pensei o pior, e as consultas que se seguiram com os médicos não me deram muito alento, pois em todos a indicação era a mesma: precisaria realizar uma exame mais específico, chamado imunohistoquímica para conseguir diferenciar entre dois diagnósticos, para poder ser conclusivo. Uma possibilidade era a de que aquele sinal fosse um Nevo Displásico, ou seja, apenas um sinal, de certa forma bem comum, com algumas características não muito boas, mas sem malignidade, que simplesmente deveria ter sido mesmo retirado mas não apresentaria complicação. A outra possibilidade era terrível, pois se trataria de um melanoma, um tipo de câncer de pele agressivo, cujo prognóstico muitas vezes é o pior possível. Tivemos que enviar o primeiro exame para São Paulo e o retorno demoraria 40 dias. Esse período foi a maior penitência que fiz na minha vida, começando exatamente na Quinta-Feira Santa, e nesse momento me apeguei também com a Novena das Mãos Ensanguentadas de Jesus. A razão de ter me apegado com a novena é que um dia após a primeira consulta com o especialista, que apontou a possibilidade do melanoma, minha filha foi à Missa das 03 horas da Sexta-Feira Santa para solar uma música com o coral que cantava a celebração, e solou exatamente a música Mãos Ensanguentadas de Jesus. O sinalzinho foi retirado de sua mãozinha esquerda, que ainda estava com o curativo. Ela não sabia o que estava acontecendo, mas todos ficaram emocionados ao extremo, pois ela se mostrou inquieta, chorosa, embora tenha cantado lindamente. Rezei a novena Suplicando o poder das Mãos Ensanguentadas de Jesus, durante os quarenta dias que antecederam o recebimento do exame decisivo. Rezei com muita fé, a ponto de passar por uma transformação interior, onde atingi um estágio de absoluta confiança. Eu sabia que tudo ia dar certo mesmo estando ciente de que tudo de pior também poderia acontecer. Mas eu só tinha a fé e o tempo, nada mais havia que eu pudesse fazer, então me agarrei fundo com a fé. Sempre que me pegava pensando no pior, imediatamente parava e dizia: “Perdoai-me meu Deus por esse momento de pouca fé. Minha fé é bem maior do que isso e vou mostrar”. Isso me ocorreu inúmeras, incontáveis vezes. Chegada a ansiada data, fui ao laboratório e recebi a pasta do exame. Com minha esposa e minha mãe, fui até à Catedral de Nossa Senhora da Penha, padroeira de minha cidade, com quem também me apeguei bastante, para então abrir o diagnóstico que poderia virar minha vida e a de minha família ao avesso. Abri e li. O resultado: nevo displásico. Era um nevo displásico. Um sinal. Apresentava algo chamado “intensa atipia”, mas era um nevo. A inicial euforia se consumiu em cautela quando nem mesmo o dermatologista pode me indicar conclusivamente o quão bom ou ruim poderia ser aquele resultado. Ainda fomos encaminhados a uma consulta oncológica. Mas todos os médicos apontaram o bom prognóstico daquele resultado, como um sinal sem malignidade. A única providência que tivemos que tomar foi a de fazer um procedimento chamado “margem de segurança”, para ampliar os limites da pele retirada em meio centímetro, apenas como medida de prudência, evitando que mesmo esse nevo displásico pudesse voltar, já que ele não é um sinal maligno, mas pode ser um precursor. Por fim, retornei ainda ao patologista que examinou a primeira biópsia, para com ele tratar de forma definitiva sobre o diagnóstico final. Ele chegou a me falar com essas palavras: “examinei a peça de novo agora, e posso lhe assegurar: Não há POSSIBILIDADE de ela ter um melanoma”. Ele mesmo havia feito a primeira análise e recomendado o exame aprofundado para diferenciar entre nevo e melanoma. Naquele primeiro momento, houve dúvida. Olhando depois o mesmo pedacinho de pele retirado, não havia mais. Dias depois, minha irmã contou-me que tinha certeza que o exame não apontaria um resultado ruim, pois no dia em que minha filha cantou na Igreja, pouco depois a ela confessou: “ Tetei (que é como a chama), eu acho que sei porque eu chorei depois que cantei. É que eu estava cantando pra Jesus, e acho que Ele me ouviu.” Passado todo o tormento, o único tratamento que minha filha precisou fazer foi evitar se expor ao sol, e isso por ter ela a pela muito branca. Semanas depois, em uma consulta com outro médico, um neurologista, lhes mostramos o resultado do exame. Ele olhou e então falou: “nossa, foi por pouco hein”. Foi por pouco. Foi exatamente a mão de Deus que nos livrou. Foram as mãos ensanguentadas de Jesus que tocaram em minha filha, como eu pedi, eu tenho absoluta certeza disso. E hoje venho com toda a alegria do mundo manifestar meu louvor e meu agradecimento, e dizer a todos os que sofrem nesse momento com aflições semelhantes, que creiam, aumentem sempre sua fé, e confiem na providência divina, que Jesus não nos abandona. Pelo meu exemplo, pelo que vivi e pelo que alcancei, eu afirmo: tenham fé, rezem, sejam bons cristãos, e em momentos difíceis ofereçam ainda alguma penitência em respeito. Jesus nos escuta, e nos toca com suas mãos milagrosas. Ele é o milagre em nós, apenas esperando que sejamos férteis na fé para nos fazer germinar em graça, como precisamos.

Ó Pai divino, eu te louvo e te bendigo por essa graça maravilhosa. E vos peço Jesus amado, tocai sempre em meus filhinhos, em mim e em minha família, assim como em todos aqueles que mais precisam, e com tuas mãos ensanguentadas livra-nos de todo e qualquer mal.

Obrigado pelo espaço. Deus o abençoe. Amém.

Esdras Paiva Oliveira.

Crato, Ceará, 20 de Agosto de 2012.