João Gomes da Silva

Soubemos do falecimento do nosso amigo João Gomes, aos 91 anos de idade, ocorrido ontem em João Pessoa (PB).
Aos familiares, nossa solidariedade.

Há algum tempo ele me enviou sua autobiografia. Nas últimas linhas escreveu:
“Fernando, levei uma vida muito dura, do campo à cidade, de criança à terceira idade; pai de sete filhas, enfrentando trabalhos muitas vezes desumanos, mas afinal de contas continuo caindo e me levantando, acumulando vitórias e derrotas; porem isso faz parte dos homens que lutam dentro daquele princípio das boas intenções.
Espiritualmente me nutro do conteúdo da sábia sentença:
‘Hoc sustinete malus, ne veniat malum’ (Suportai este mal para que não venha outro maior) ”.

Que o Pai Eterno o acolha em sua glória.

Muito bom.

Retorno depois da pausa

Caro amigo Fernando, a sua "cutucada" chegou em tempo. Eu estava pensando quando seria o tempo próprio. Você então leu meus pensamentos e abriu nosso diálogo com uma beleza musical (Rosa - Pixinguinha) que move o meu coração com as lembranças que me trazem, e eu muito lhe agradeço. Foi realmente uma surpresa muito agradável, principalmente pelo fato de ser uma bela jovem de uma voz extraordinária e o parceiro um maduro artista que demonstrou ter capacidade artística além do normal.
As coisas por aqui estão mudando como de costume, pois estamos nos deleitando com a Primavera. As flores do meu jardim estão dando um show de beleza natural. A única reclamação seria o envelhecimento, no entanto reconheço isto ser parte natural para todos nós. Temos só que agradecer a Deus pelos dias que nos dá e aceitar as bênçãos celestiais que são a dádiva divina que nos proporciona a capacidade de nos deleitar com o envelhecimento.
Na semana passado levei a Sylvia ao Hospital, para o tratamento da ferida que por sinal está quase sarando. Depois de falar com o Doctor e ver o miraculoso resultado do tratamento, deixei aquela área e fui fazer o meu tratamento, que é o exercício físico. A localização do Hospital fica ao menos umas dez milhas distante da nossa casa no centro da cidade de Arcádia.
Sempre que vou àquele local faço minha caminhada em volta do hospital e parque público que tem uma variedade boa de opções, e uma delas é andar sem parar por 40 a 45 minutos; é uma beleza. Me faz sentir rejuvenescido.
No dia 4 de maio estaremos comemorando 60 anos de casados e a Sylvia completará 90 anos de idade. Nossos filhos estão preparando uma recepção. Nós estamos exuberantes com a ideia.
Que Deus nos abençoe e guarde. Zezé

Caro Fernando, Nessas horas não há muito o que se falar.
Minhas condolências. Manoel

Erotides Pires dos Santos Silva
07.07.1959 - 19.03.2019

Tidinha,
Você já não está no nosso meio, mas permanece viva nos nossos corações.
A saudade ocupou o seu lugar, aumenta a cada instante. É uma saudade que dói e, ao mesmo tempo, nos conforta, porque temos a certeza de que você está pertinho de Deus.
A Ele agradecemos por ter permitido que você ficasse nos alegrando durante toda a sua vida.
O vazio que ficou nas nossas vidas será preenchido pelas lembranças que você deixou, e pela fé que temos na certeza do nosso reencontro.

Saudades eternas do teu esposo, do teu filho, irmãos, tias,sobrinhos, sobrinhos-netos, primos, parentes e amigos.

MISSAS DE 7º DIA
25.03.2019, às 19h no seminário São Judas Tadeu - Afog. da Ingazeira, PE

25.03.2019, às 19h30, na capela do Colégio Salesiano - Recife,PE

Erotides Pires

Informamos aos familiares e amigos que, no início desta manhã de 19 de março, perdemos mais um membro da família. Faleceu Tidinha, nossa irmã caçula, aos 59 anos, vítima de câncer, no hospital Memorial São José, aqui no Recife.
O sepultamento será realizado no cemitério São Judas Tadeu, em Afogados da Ingazeira, nossa cidade natal.

Banda de Música Padre Carlos Cottart

Dr. Hélio Vidal Campos escreveu no dia 20 de junho de 1954, no jornal Gazeta do Pajeú, de Afogados da Ingazeira, a matéria: "Banda de Música Padre Carlos Cottart, a verdadeira história de uma banda - Sonho do idealista Helvécio Lima".

“Estamos voltados para o distante ano de 1935. Debruçados sobre a janela do tempo, ainda divisamos uma Afogados quieta e tranquila. Cidade perdida no sertão pernambucano, mas, ciosa dos seus deveres de cultura 'social-artística'.

Ainda vagueiam na nossa lembrança esfumaçada pelo tempo, aquelas tardes mornas e tristes dos domingos. A criançada a sair da igreja após o catecismo. Aqui e ali, passando um transeunte em trajes domingueiros, à procura da casa de um amigo para uma ‘palestrinha’.

As calçadas repletas de famílias conversando animadamente. Que poesia naquele quadro simples e colorido. A cidade não podia continuar naquele marasmo, naquela quietude quase bucólica.

Certo dia, resolveram alguns senhores da sociedade local, à frente o Sr. Helvécio Lima, fundar uma banda de música. A ideia logo tomou vulto, e os seus interessados não escondiam o entusiasmo e o interesse pela futura banda.

A rapaziada sorria de contentamento quando se falava na música. Como é natural, os ‘castelos’ surgiram. Uns profetizavam que seria a melhor Banda de Música do interior e dentro de pouco tempo já ouvíamos por trás das ruas, nas casas humildes, o som dos instrumentos em notas descompassadas: eram os estudantes que exercitavam as suas lições. (...)"

Alguns dos componentes da primeira Banda de Música Padre Carlos Cottart da década de 30: Cícero Valdevino, Deoclécio, Paulo Cruz, Aderval Viana, Zé Madureira, Zé Caçote, Augusto, João Alves, Pedro Amazonas, Zé Neném. Lindauro, Luiz Amaral, Zezito Sá, João de Rita, José Lopes, Ozael Brandão, Zé Rosa, Coronel, Aristeu Ramos, Pretinho e Mário Padilha. Minel, Clodoaldo, João Sarará, Zé Tibúrcio, Djalma Veras, Valtércio, Mestre Guinga (regente), Zé Pedra, Zé Quaresma, Júlio Vieira, Toinho Morais e Guaxinim (...).

Depois vieram Mestre Biu, Juvino Vidal, Chico Vieira, Jarbinha Góes (...)
E os seresteiros Antenor Nogueira Lima, Zé Martins, Totonho Baião, Geraldo Magela, Zé Gilvan, Toinho Xavier, Eduardo Rodrigues, Assis Floriano, Toinho Martins (...).

Não poderíamos nos esquecer dos grandes músicos Bernardo Delvanir Ferreira (que faleceu muito jovem, aos 22 anos de idade, em pleno carnaval de 1966) e Flávia Ferreira.

Fonte: Afogados da Ingazeira "Memórias" - Edições Edificantes, 2004 (de nossa autoria) - Esgotado.

Carlos Alberto de Moura Gomes

"Painho, minha homenagem neste sétimo dia vem de dentro do coração...
Não há plateia, mas oração, respeito e desejo de conforto e paz de espírito.
Que Deus esteja contigo!
Te amarei sempre...
A saudade será eterna!"

O ultimo adeus

Carlos Alberto de Moura Gomes partiu para a eternidade, nos deixando seus escritos e a saudade do seu humano contato conosco.
Não tive oportunidade de conhecê-lo pessoalmente, mas, seus escritos nesta página era de nos fazer pensar o porquê, quando, e pra quê. Era um intelectual de calibre, sem arrogância e grandeza.
A perda deste nosso conterrâneo é dolorosa e nos lembra que somos todos mortais, e que nossa vida é como um conto ligeiro que é hoje, e amanhã serão cinzas.
Deus nos deu o Carlos Alberto de Moura Gomes por um pequeno período de tempo, e, quando achou ser apropriado, o levou de volta ao reino eterno.
À sua família, meu mais sincero sentimento de perda por sua prematura partida.
O Senhor nos deu, o Senhor o tomou; louvado seja o nome do Senhor.
Que Deus vos guarde e console pela perda tão sentida.
Louvado seja o Senhor nosso Deus!

Carlos Alberto de Moura Gomes

Carline, Cecília e Thiago, comunicam aos parentes e amigos que a missa de sétimo dia do passamento de Carlinhos será realizada na Igrejinha de São Sebastião, em Afogados da Ingazeira, nesta quarta-feira 6, às 19h.

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Na próxima sexta-feira 8, às 17h30, a missa será realizada na Igreja de Nossa Senhora de Fátima, na Praça Chora Menino, aqui no Recife.

Carlos Moura o eterno folião,
Fez da festa de momo a preferida,
Sorridente, tranquilo, brincalhão,
Um passista enfeitando a avenida.

Um amante das coisas do sertão
Sua terra adorada e tão querida,
Um parceiro, um amigo, um cidadão,
Que fez falta com sua despedida.

Quem foi símbolo dos nossos carnavais
Não deu tempo esperar por outro mais
Já que as forças que tinha reduziram

Como os órgãos vitais não suportaram,
Deu adeus aos amigos que ficaram
Foi unir-se aos espíritos que partiram.

(Texto de Diomedes Mariano que nos foi enviado por Cecília)

Carline, filha de Carlinhos, postou a mensagem abaixo no WhatsApp

Meus queridos..

Aqui é Carline, filha dele.

“A guerra não foi só combatida por nosso guerreiro... vcs tb nos ajudaram a lutar com todas as orações, torcida... boas energias.!
Cada palavra de vcs diminuía um pedacinho de nossa dor...
Meu pai era minha fortaleza... Meu exemplo, minha referência...
São laços difíceis de desatar, mas Deus há de me fortalecer.
Muito, muito obg por tudo!
Um abc fraterno.

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Diz ela: há 20 dias (9 de fevereiro) ele ditou para que eu escrevesse a seguinte mensagem:

“Vivemos numa competição espiritual e religiosa que deixa os mais crentes, preparados e estudiosos com a cabeça coçando, sem, contudo, chegarmos a um ponto de convergência para a conclusão de aceitarmos qual caminho seguir.
Evidentemente que a maioria não abre mão de continuar esta vida. Mesmo mantendo atitudes que nos deixam surpresos.
Alguns grupos afirmam categoricamente que vc não vai nessa próxima viagem... ou que vc não embarca nessa viagem, o que muito nos alegra. Outros, porém, com profundos conhecimentos, afirmam que as 3, 2 ou 1 poltrona restantes já estão registradas nesse misterioso transporte.
Não tem como adiar, desde que já estão registrados os seus assentos!"

Carlos Moura Gomes 09/02/19

Bibi Ferreira

Fiquei surpreso com o Pot-pourri apresentado pela Bibi Ferreira, fato é que eu a conhecia como uma excelente atriz, no entanto foi uma surpresa muito agradável ouvir aquela muito prendada atriz ser uma boa intérprete da música popular brasileira. A parte desagradável e que só vim a tomar conhecimento do fato quarenta anos depois, mas valeu.
Tenho tido a sorte de participar deste Mural que tem sido um tônico para mim, revivendo e ouvindo coisas do passado, distante, bem distante.
Muito grato e até breve!

Rosa (Pixinguinha) -Trio Amadeus

Fiquei totalmente encantado com esse trio, principalmente com a obra de arte que apresentam cantando Rosa, do Pixinguinha. Cheguei a ouvir as obras daquele mestre na minha juventude e sempre fiquei inebriado com a beleza poética das suas obras.
Pra ser honesto, sua lembrança estava adormecida quase morta, quando de repente com a mágica da Internet acordei ao ouvir aquela voz jovial suave e envolvente apresentar Rosa.
A maneira como ela canta é muito cativante, seus olhos são lindos e expressivos. Volto então ao meu tempo em Afogados da Ingazeira.
É bom saber que as belas obras do passado continuam ao alcance dos que já ouviram antes e os que estão ouvindo pela primeira vez, isto se chama música popular (Clássica).
Fernando, agradeço muito as oportunidades que tens dado a este velha guarda de reviver momentos tão prazerosos.
Até a próxima.

Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios

Aqui estamos sendo abençoados com chuvas que nos trazem bênçãos celestiais molhadas, que nos dão a certeza de boa safra no tempo próprio. Meus tomateiros estão crescendo de modo bonito e agradável, bem como os jerimuns, as abóboras, melancias e fruteiras. Isso é a compensação pela falta de chuvas no ano passado; tô a ponto de não poder aguar as plantas como faço costumeiramente.
Hoje podemos dizer que temos água abundante, pois o Senhor nos mandou as chuvas, chuvas de bênçãos molhadas, e bem vindas.

Com todas essas experiências molhadas me veio o desejo de ver o sertão, e quando abri nosso Mural fiquei muito alegre com o que vi: a Igreja Matriz da nossa Afogados da Ingazeira que continua sendo o maior e mais bonito monumento da nossa terra.
Vendo a Igreja, vieram à mente momentos belos e agradáveis que ali vivi, e as saudades vieram visitar-me novamente. Minha mãe tocando a "Serafina Organ" e dirigindo o coro; Corina cantando solos, e as novenas de fim de ano, e do Padre Antonio que foi um amigo desde a minha infância.
Hoje me restam saudades, e a gratidão a Deus pelas bênçãos que derramou sobre todos nós.
Louvado seja Deus, nosso Senhor.
Abraço e até breve.

Antigo Chefe da Ingazeira

"O tenente-coronel Francisco Miguel de Siqueira, antigo chefe conservador em Ingazeira (primitiva sede do município de Afogados da Ingazeira), tomou parte na luta, em Flores, contra os liberais, em 1848 e 49, levando, no seu valioso contingente de homens em Armas, ao lado de seus parentes, coronel Pedro Siqueira, Antônio Lopes de Siqueira e coronel Manuel Pereira, de Serra Talhada.
Homem tido como violento, tendo surgido a povoação de Afogados ¬¬¬¬– a qual se desenvolvia mais do que a de Ingazeira, veio assim a rivalidade entre as duas ¬¬¬¬–, passou Afogados a incorrer na ira de Francisco Miguel, que, saindo um dia dali, declarou que voltaria em breve para destruir aquela povoação, a Cartago que Roma (Ingazeira) não tolerava. Mas ao chegar à vila, caía do cavalo, desastradamente... e morria horas depois.
Respirou Afogados aliviada, e logo mais voltaria a ser sede do município. Mas a antiga sede não se conformava com a nova, que ainda lhe evocava o nome, o que significava uma amarga ironia, talvez.
Passaram-se os anos, até que, com a enxurrada de novos municípios por toda parte, o distrito de Ingazeira, e exemplo de muitos outros, soltou o seu grito de independência “e o sol da liberdade em raios fúlgidos” iluminou, faiscante, o velho arruado de tantas tradições. E, hoje, é o que antes fora: município da Ingazeira, banhado pelo rio Pajeú lendário ¬¬¬¬– o rio do mago ¬¬¬¬–, o Pajé, oráculo dos índios que viveram às suas margens séculos atrás, enfrentando, no começo da colonização, os invasores da região, com a sua bravura selvagem.
E como que a sua rebeldia e altivez serviram de exemplo aos filhos da terra, famosa na Valentia dos caboclos do Pajeú legendário."

Três Ribeiras, Ulysses Lins, Pág. 280.

Último Regresso
(Getúlio Cavalcanti)

'Frevo para ouvir deitado'

Oi Fernando, acabo ouvir mais uma vez o Frevo que não requer que façamos nada. Nos movimentos bruscos, apenas segui a recomendação, para ouvir deitado. Se bem que não segui ao 'pé da letra', mas quase. Sentei-me na cadeira favorita e reclinei-me.
Eu fiquei surpreso, pois Frevo para nós significa Carnaval com muito movimento, bem agitado. No entanto, lembrei-me de quando no Recife fui introduzido a diversos blocos e diferente estilos de música, tais como o apresentado.
Fiz uma pausa, comecei a recordar, e me veio a lembrança os diferente blocos e diferente musicais. Tudo isto acordou em mim lembranças que pensei deixadas no esquecimento. A recomendação 'Para ouvir deitado' é muito apropriada, pois nossa atenção fica focalizada ouvindo as palavras da poesia, e isto tocou-me profundamente.
Acredito não haver ouvido esta joia musical antes; lembrei-me apenas do estilo, e isso foi suficiente para alegrar o coração saudoso e distante.
Só me resta agradecer ao amigo pela atenção que sempre tem demonstrado para este 'velha guarda' que continuará reclinado na cadeira a ouvir este presente de Ano Novo, enquanto leio minha correspondência.

Abraço.