"O tenente-coronel Francisco Miguel de Siqueira, antigo chefe conservador em Ingazeira (primitiva sede do município de Afogados da Ingazeira), tomou parte na luta, em Flores, contra os liberais, em 1848 e 49, levando, no seu valioso contingente de homens em Armas, ao lado de seus parentes, coronel Pedro Siqueira, Antônio Lopes de Siqueira e coronel Manuel Pereira, de Serra Talhada. Homem tido como violento, tendo surgido a povoação de Afogados ¬¬¬¬– a qual se desenvolvia mais do que a de Ingazeira, veio assim a rivalidade entre as duas ¬¬¬¬–, passou Afogados a incorrer na ira de Francisco Miguel, que, saindo um dia dali, declarou que voltaria em breve para destruir aquela povoação, a Cartago que Roma (Ingazeira) não tolerava. Mas ao chegar à vila, caía do cavalo, desastradamente... e morria horas depois. Respirou Afogados aliviada, e logo mais voltaria a ser sede do município. Mas a antiga sede não se conformava com a nova, que ainda lhe evocava o nome, o que significava uma amarga ironia, talvez. Passaram-se os anos, até que, com a enxurrada de novos municípios por toda parte, o distrito de Ingazeira, e exemplo de muitos outros, soltou o seu grito de independência “e o sol da liberdade em raios fúlgidos” iluminou, faiscante, o velho arruado de tantas tradições. E, hoje, é o que antes fora: município da Ingazeira, banhado pelo rio Pajeú lendário ¬¬¬¬– o rio do mago ¬¬¬¬–, o Pajé, oráculo dos índios que viveram às suas margens séculos atrás, enfrentando, no começo da colonização, os invasores da região, com a sua bravura selvagem. E como que a sua rebeldia e altivez serviram de exemplo aos filhos da terra, famosa na Valentia dos caboclos do Pajeú legendário."
Faleceu na noite de ontem 25, às 23h45, na Casa de Saúde Dr. José Evóide de Moura, dona Maria Amara Sampaio de Lima. Viúva de seu Antonio, eles tiveram 7 filhos: Carlos Antônio, Maria de Lourdes, Maria Salete, Paula Frassineti, Alberico e outro Carlos Antônio (falecidos) e o caçula Luiz Carlos que há meses deixou São Paulo para ficar com a mãe nesses seus últimos momentos de vida. Ela, em setembro deste ano completaria 100 anos de idade. Aos familiares, nossa solidariedade.
Oi Fernando, acabo ouvir mais uma vez o Frevo que não requer que façamos nada. Nos movimentos bruscos, apenas segui a recomendação, para ouvir deitado. Se bem que não segui ao 'pé da letra', mas quase. Sentei-me na cadeira favorita e reclinei-me. Eu fiquei surpreso, pois Frevo para nós significa Carnaval com muito movimento, bem agitado. No entanto, lembrei-me de quando no Recife fui introduzido a diversos blocos e diferente estilos de música, tais como o apresentado. Fiz uma pausa, comecei a recordar, e me veio a lembrança os diferente blocos e diferente musicais. Tudo isto acordou em mim lembranças que pensei deixadas no esquecimento. A recomendação 'Para ouvir deitado' é muito apropriada, pois nossa atenção fica focalizada ouvindo as palavras da poesia, e isto tocou-me profundamente. Acredito não haver ouvido esta joia musical antes; lembrei-me apenas do estilo, e isso foi suficiente para alegrar o coração saudoso e distante. Só me resta agradecer ao amigo pela atenção que sempre tem demonstrado para este 'velha guarda' que continuará reclinado na cadeira a ouvir este presente de Ano Novo, enquanto leio minha correspondência.
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 10-janeiro-2019 / 20:43:51
Dona Maria - viúva de Expedito Gonçalves(em memória), faleceu nas primeiras horas desta terça-feira 8, em Serra Talhada. Fomos informados de que o sepultamento será realizado em Afogados da Ingazeira. Aos familiares, nossa solidariedade.
Prezado FERNANDO PIRES, parabéns pela apresentação neste Mural, dessa vista aérea da praça central de Afogados da Ingazeira. Nela ainda vemos o grandioso Coreto, - sem exagero nem bairrismo, - era o maior coreto público do mundo, dotado de dois pisos. Sua estrutura era de tal forma, robusta e forte, que mesmo sob os pesados pulos de um Bloco Carnavalesco em seu 2º piso, jamais sofreu avarias ou rachaduras estruturais. Noutras oportunidades, a banda marcial do Grupo de Escoteiros, sob a tutela de ZEZITO (Padilha) de 'seu' ODON, fazia seus ensaios, sob as vistas da meninada já crescida; todos juntos lá em cima. Isso tudo dá uma 'baita' saudade. Pena que o povo da Cidade consentiu a desnecessária demolição. Não me lembro de nenhum protesto, antes do de uma respeitosa leitora deste admirável Mural.
Estamos nos preparando para festejar o final de 2018 e receber 2019 com alegria de havermos alcançado a data marcante do Novo Ano. É sempre uma repetição eufórica por haver sobrevivido em boa forma, por continuar vivendo o dia a dia e podermos agradecer ao Senhor pela graça da sobrevivência. Há alguns anos tive o prazer inesperado de ver e participar de uma data festiva numa das grandes lojas daqui; fomos até aquele estabelecimento comercial e ao entrar percebemos que algo estava acontecendo, pois a loja parecia vazia, mas não sabíamos o porquê. Percebemos, então um pequeno anúncio que convidava a todos para se dirigirem ao local no andar térreo afim de comemorar o natalício de um dos funcionários; foi então que percebi tratar-se de algo extraordinário: era o recepcionista na entrada principal daquela loja que estava completando 100 anos de idade. As escadas estavam lotadas com os clientes da loja que desejavam presenciar aquele evento. Ele estava em boa forma física e mental que não indicava ser ele um "velha guarda". A cerimônia foi simples, mas bem preparada, dando- nos a oportunidade de um aperto de mão. Lembrei-me hoje daquele evento, e agradeci a Deus por haver-me dado a oportunidade de ter presenciado aquele momento. Louvado seja o Senhor Deus. Até a próxima!
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 27-dezembro-2018 / 18:22:15
Faleceu há pouco, em Afogados da Ingazeira, aos 82 anos de idade, o ex vice-prefeito e vereador em várias legislaturas, Sr. Luiz Alves dos Santos. Nossa solidariedade aos familiares.
My California Quail (Codornis na língua de Camões)
Na manhã de sexta-feira levantei-me às sete da manhã, e como sempre fui abrir a cortina da janela da e da casa. Pra minha grande surpresa, lá estava andando pra lá e pra cá, e até correndo numa velocidade surpreendente, o que fiquei sabendo ser um belo exemplar do "Quail" da Califórnia. Eu havia visto o "Califórnia Quail" quando da minha visita ao Yosemite Ntnl Park, mas não me recordava. Fiquei embevecido com a beleza natural observando aquele pássaro, principalmente o opendulo preto na sua cabeça que nos surpreende. Procurei informações sobre o belo pássaro e fiquei sabendo que há uma grande variedade do "Quail" na Norte América e América do Sul. E descobri que no Brasil o nome é "Codornis". Eu conhecia o nome, mas não tive oportunidade de ver a versão brasileira desse belo exemplar da criação divina. O melhor de tudo é que tive o privilégio de recebê-lo no meu Jardim por três dias. Ofereci alimento que foi aceito com entusiasmo, o que me agradou bastante. Após o almoço, aquele belo exemplar de "Quail" ficou andando pra lá e pra cá, no muro que nos separa dos vizinhos, e aquilo foi mais um show de beleza que nos encantou. Resolvi, então, que deveria apresentar essa experiência neste Mural que significa tanto para mim. Até a próxima.
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 13-dezembro-2018 / 6:36:45
Casa de mãe depois que os filhos se vão
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um oratório. Amanhece e anoitece, prece. Já não temos acesso àquelas coisinhas básicas do dia a dia, as recomendações e perguntas que tanto a eles desagradavam e enfureciam: com quem vai, onde é, a que horas começa, a que horas termina, a que horas você chega, vem cá menina, pega a blusa de frio, cadê os documentos, filho.
Impossibilitados os avisos e recomendações, só nos resta a oração, daí tropeçamos todos os dias em nossos santos e santas de preferência, e nossa devoção levanta as mãos já no café da manhã e se deita conosco.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é lugar de silêncio, falta nela a conversa, a risada, a implicância, a displicência, a desorganização. Falta panela suja, copos nos quartos, luzes acesas sem necessidade…
Aliás, casa de mãe, depois que os filhos se vão, vive acesa. É um iluminado protesto a tanta ausência.
Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre o mesmo cheiro. Falta-lhe o perfume que eles passam e deixam antes da balada, falta cheiro de shampoo derramado no banheiro, falta a embriaguez de alho fritando para refogar arroz, falta aroma da cebola que a gente pica escondido porque um deles não gosta ( mas como fazer aquele prato sem colocá-la?), falta a cara boa raspando o prato, o “isso tá bão, mãe”. O melhor agradecimento é um prato vazio, quando os filhos ainda estão. Agora, falta cozinha cheia de desejos atendidos.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um recorte no tempo, é um rasgo na alma. É quarto demais, e gente de menos.
É retrato de um tempo em que a gente vivia distraída da alegria abundante deles. Um tempo de maturar frutos, para dá-los a colher ao mundo. Até que esse dia chega, e lá se vai seu fruto ganhar estrada, descobrir seus rumos, navegar por conta própria com as mãos no leme que você , um dia, lhe mostrou como manejar.
Aí fica a casa e, nela, as coisas que eles não levam de jeito nenhum para a nova vida, mas também não as dispensam: o caminhão da infância, a boneca na porta do quarto, os livros, discos, papéis e desenhos e fotografias – todas te olhando em estranha provocação.
Casa de mãe depois que os filhos se vão não é mais casa de mãe. É a casa da mãe. Para onde eles voltam num feriado, em um final de semana, num pedaço de férias.
Casa de mãe depois que os filhos se vão é um grande portão esperando ser aberto. É corredor solitário aguardando que eles o atravessem rumo aos quartos. É área de serviço sem serviço.
Casa de mãe depois que os filhos se vão tem sempre alguém rezando, um cachorrinho esperando, e muitos dias, todos enfileirados, obedientes e esperançosos da certeza de qualquer dia eles chegam e você vai agradecer por todas as suas preces terem sido atendidas.
Por que, vamos combinar, não é que você fez direitinho seu trabalho, e estava certo quem disse que quem sai aos seus não degenera e aqueles frutos não caíram longe do pé?
E saudade, afinal, não é mesmo uma casa que se chama mãe?
Fomos informados, há pouco, do falecimento, aos 69 anos de idade, aqui no Recife, de Lúcia Flávia de Moraes, colega aposentada do BB.
Ela era mãe de Cristano (que esteve à frente da Receita Federal em Afogados da Ingazeira), e de Lúcio Flávio. O velório será na Av. Rio Branco, na residência da sua família.
Estou em São Paulo. Vim ao aniversário do meu filho, Herbert Neto. Pela manhã, fui informado por uma das irmãs, Regina, do falecimento de tio Geraldo. Há mais ou menos 15 dias Eliane já informava de seu estado de saúde. Com sua partida desaparece, assim, a geração dos filhos de Fausto e Maria Madalena Dantas Campos.
No mesmo Mural há registro do falecimento de Dr. Aloísio. Como é do seu conhecimento, quando estive em Afogados da Ingazeira (minha terra natal), fui lhe fazer uma visita. O glaucoma já o importunava, quando pediu pra chegar mais perto de mim, assim me identificou como “o galeguinho de Herbert”. Também estive com D. Ivone, já bastante adoentada.
Quero registrar aos familiares do Dr. Aloísio Arruda o pesar dos filhos do médico Herbert Miranda, meu saudoso pai.
Luciano Campos Henriques
São Paulo, SP Brasil - 23-novembro-2018 / 20:56:41
Geraldo Magela Dantas Campos, des 9.03.1922 – 23.11.2018
Declarado apaixonado por Afogados da Ingazeira, onde passou parte da sua infância, Geraldo Magela Campos faleceu na madrugada desta quarta-feira 23, no Recife. Ele fazia parte, em nossa página, dos Personagens Jurídicos do Pajeú. Fomos informados de que o velório acontecerá nesta quarta-feira, no Salão dos Passos Perdidos, Palácio da Justiça, aqui no Recife.
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Geraldo Magela, filho de Fausto de Oliveira Campos e de Maria de Oliveira Campos, nasceu em 9 de março de 1922 na Fazenda São Luis do Morato, em São José do Egito. Na sua cidade natal e em Tabira iniciou o curso primário, concluindo-o em Afogados da Ingazeira. Em Caruaru, fez o segundo grau, e no Colégio Osvaldo Cruz, o pré-jurídico. Na faculdade de Direito do Recife, tornou-se bacharel da turma de 1946. Exerceu a Promotoria Pública das Comarcas de Goiana e Cabrobó. Em 1948 foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Cabrobó, sendo posteriormente removido para as Comarcas de Petrolândia, Custódia e Tabira. Promovido para a Comarca da Glória do Goitá, ali permaneceu por 12 anos, até quando foi promovido para a Comarca do Recife. Na capital, atuou como Juiz de Direito das 11ª e 5ª Varas Criminais por distribuição. Juiz dessa última Vara, foi nomeado Corregedor da Terceira Entrância. Em 1968 foi promovido, por merecimento, para o Tribunal de Justiça de Pernambuco, onde permaneceu até o ano de 1992 quando se aposentou por ter atingido a compulsória. Exerceu as funções de Corregedor Geral da Justiça, Presidente do Tribunal de Justiça, Vice-Presidente por dois biênios e ocupou também a função de Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. No seu Curriculum constam as seguintes condecorações: Medalha do Mérito Guararapes, Medalha da Cidade do Recife, Medalha Santos Dumont, Medalha do Mérito Policial, Medalha do Mérito Judiciário "Desembargador Joaquim Nunes Machado", considerada a mais alta condecoração da Justiça Pernambucana.
O meu pesar aos familiares do Dr. Aloísio Arruda. Ele também foi meu professor. Que Deus o receba em sua nova morada.
Luciana Arcoverde
Juazeiro do Norte, CE Brasil - 22-novembro-2018 / 22:21:22
Dr. Aloísio, um homem muito digno. Chegou muito cedo à terra que ele adotou como sua. Constituiu uma linda família e teve o amor incondicional de sua dedicada esposa, professora Dona Ivone Góes. Deixa o exemplo de profissional zeloso e presente. Um professor que fazia seus alunos tremerem nas bases com um simples olhar. Foi meu professor de matemática e com ele perdi o medo da matéria. Até ganhei 10,0! Perdemos um amigo carinhoso e um filho que Afogados acolheu e amou. Que Deus o receba com toda a Sua misericórdia.
Busco parentes/amigos da família da minha falecida avó Maria Ramos da Silva, nascida na região em 1909. Seus irmãos se chamavam Elias, Enoque... Todos nascidos em Afogados da Ingazeira.
São Paulo, SP Brasil - 16-novembro-2018 / 18:28:45
Sou de Afogados da Ingazeira, estudante do Colégio Normal. Residi nessa cidade na rua 15 de Novembro, e vim para o Rio de Janeiro há cerca de 40 anos. Era conhecido por Robertinho. Tinha um tio por nome Paulo que morava ao lado da casa do seu Enoque e próximo à casa de Luciano...
Arraial do Cabo, RJ Brasil - 16-novembro-2018 / 16:38:49
Revendo e Revivendo
Acabo de ouvir uma versão do “Luar do Sertão” que é uma maneira muito agradável de apresentar esta joia musical que toca-me de maneira sensível e agradável. São quatro caracteres representados por uma pessoa, tocando diferentes instrumentos musicais e nos dando uma boa performance, além da participação de uma garotinha. Essas músicas sempre me tocam o coração de maneira sensitiva, me transportando para locais distantes que praticamente não mais existem, no entanto, na minha mente a lembrança esta bem viva como se fora hoje. São estas coisas que nos dão o desejo de viver, o desejo de rever lugares, pessoas que já passaram desta vida para a eternidade, e os que ainda estão conosco, que são raros sobreviventes. Às vezes, quando me sinto desconsolado, começo a pensar nas fases da minha vida, e então penso nas coisas inexplicáveis que recebi. Reconheço que tudo foi dádiva divina, e então vejo claramente as coisas, os acontecimentos, a realidade. O Senhor tem sido generoso comigo dando-me a oportunidade de rever pessoas amigas e parentes que pensei ser impossível de acontecer. Mesmo assim existe um vácuo muito grande quando me lembro de pessoas muito amadas que já nos deixaram. Em tudo isto há uma recompensa que são as novas gerações. Os meus quatro netos são a joia da minha maturidade. Eu os recebi de bom grado e lhes ofereci o amor do Vovô. Eles hoje estão nas Universidades; apenas o mais novo, que completará 14 anos em dezembro, está no ginásio para seguir os caminhos tomados por seus irmãos. Isso tudo me tocam profundamente, e sou grato ao Senhor Deus que me concedeu tantas bênçãos, motivos de muita alegria, e desejo de viver. Louvado seja o Senhor. Ate Breve!
Afogados da Ingazeira, PE Brasil - 2-novembro-2018 / 12:58:17
Aos 90 anos (1928-2018), faleceu nesta manhã de terça-feira 30, em sua residência em Afogados da Ingazeira, o meu amigo Sr. João Olegário Marques. À Ana, sua viúva, e aos filhos, nossa sincera solidariedade nesse momento tão difícil. Que o Pai Eterno o tenha em Sua glória.
______________________________________________________ João Olegário, filho dos agricultores Francisco Olegário Marques e de dona Antonia Raimunda da Silva, nasceu no sítio São João, Afogados da Ingazeira, no dia 8 de fevereiro de 1928. Seus pais tiveram dez filhos e filhas: Sebastião, Izaías, Maurício, Eleodório, João Olegário, Antônio, Beatriz, Tereza, Maria e Ana. Pela dificuldade de educadores na época, nunca frequentou uma Escola, mas aprendeu a assinar o seu nome e operações básicas de matemáticas na vivencia do dia a dia. A sua vida não foi nada fácil, pois nos anos 1930, ainda criança, numa grande seca que assolou a região, teve que migrar com os irmãos para Garanhuns a fim de ganharem dinheiro para as suas necessidades diárias. Em 20 de janeiro de 1947 contraiu matrimônio com dona Maria das Dores Pires, em Ibitiranga, que há alguns anos havia ficado viúva, com oito filhos pra criar, e que necessitava de um companheiro que lhe amasse e a ajudasse a criá-los. Seu João foi um verdadeiro pai para a prole da esposa. Mas, para se completar, necessitava ter seus filhos de sangue. E vieram três: José, Deusdedite e Josete. Tendo dona Maria das Dores falecido em 12 de outubro de 1987, e sentindo-se só, um ano depois conheceu Ana Lúcia Magalhães, moça iguaraciense, com quem namorou durante alguns meses e, em 30 de maio de 1988, contraiu novas núpcias na capela do Colégio Normal de Afogados da Ingazeira. O celebrante foi o padre João Carlos Acioli Paz. Desse relacionamento não tiveram filhos. Seu João disse que os grandes momentos da sua vida foram os casamentos e os filhos.
Depois de uma ausência prolongada por circunstâncias fora do meu controle, aqui estou novamente em contato com esta muito querida página que é meu acesso a Afogados da Ingazeira e ao Sertão. Gostei de ler o artigo sobre Dr. Aloisio Arruda, fiquei conhecendo aquele ilustre membro da sociedade afogadense pois quando da minha visita, dois anos atrás, a única coisa que sabia é que ele era o dentista de Afogados. Quando ele veio para Afogados eu estava de saída da terra Afogadense; em outras palavras, ele estava entrando por uma porta e eu saindo por outra. Agora temos esta janela que nos facilita o acesso ao nosso rincão instantaneamente, graças ao Mural do amigo Fernando.
Eu sou filho de Sr. Manoel Marques da Silva, popularmente conhecido como Deca Marques, que tem uma rua em Tabira em sua homenagem. Meu pai construiu muitas ruas, contribuindo para a urbanizacao, por exemplo, a Rua 24 de Maio. Deixei Tabira em 1958, retornando em 1961, último ano que lá morei. Como todo sertanejo, tenho as melhores lembrancas, por exemplo, do diretor Joao Gabriel (do ginásio onde funcionava a Escola Carlota Breckenfeld), e sua esposa Eunice Oliveira. Recordo do professor João Gomes que lecionava ingles e frances.
Aloisio nasceu em Cabaceiras (PB) no dia 29 de setembro de 1924, na fazenda Riacho Grande, em virtude de seus genitores, naturais de Surubim (PE), estarem residindo naquela localidade, onde permaneceram 10 anos. Quando contava três anos de idade, a família retornou para Surubim/PE, onde ele fez o curso primário. O ginasial cursou em Limoeiro. E para dar continuidade aos estudos, teve que se deslocar para o Recife, em 1943, quando contava 19 anos, e onde, no Ginásio Pernambucano (Colégio Estadual de Pernambuco) fez o curso científico....
(Leia o texto completo no anúncio do seu falecimento no dia 22.11.2018.)
Nesta terça-feira 18, nosso primo Marcos Antônio dos Santos (Marcos de Miguel Jacob), aos 74 anos de idade, faleceu em Maceió (AL), onde residia com a família. Que Deus o tenha em Sua Glória! À Gina e aos demais primos, nossa Solidariedade!
A descrição poética do cenário é fabulosa e imponente. Era um dos meus favoritos nos tempos idos. Somente quando fui para o Rio de Janeiro, em 1952, é que cheguei a entender a descrição dada naquela poesia musical. Minha introdução ao Barracão ocorreu durante o carnaval daquele ano. Um colega do meu grupo de Marinheiros, cujo nome era Lenine, um Negro Carioca. sabendo que eu não tinha família no Rio de Janeiro, convidou-me para ficar na casa da sua mãe para dormir um dia ou dois. Aceitei de bom grado. No dia seguinte, um sábado de Carnaval, fomos para a casa, minha hospedaria. Eu não tinha a menor noção da localização da residência. Saímos do navio, no horário e nos dirigimos para a praça Mauá onde está o Cais do Porto. A rua que entramos nos levou a pontos elevados da favela e eu fiquei chocado com tudo aquilo, mas, como não havia escolha aceitei de bom grado e fiquei mais elerta. Ao chegar a casa sua mãe nos recebeu de bom grado e nos informou: "tenham cuidado, pois houve um atentado quase que na nossa porta mais ou menos há meia hora". Tudo isto me alertou mais ainda e comecei a planejar minha segunda opção. Ao anoitecer descemos o morro e nos dirigimos a Avenida Rio Branco que nos levou para o Centro. Havia uma inundação de gente, cariocas e não cariocas participando da farra. Às seis da manhã voltei sozinho para a casa hospitaleira que era um barraco tal qual a descrição do poeta. Ao chegar a rua do endereço procurado comecei a subir o Morro, muito atento a qualquer movimento suspeito. Já estava perto do endereço quando senti uma pancada na cabeça; foi uma pedrada. Isto foi à luz do dia. Me voltei pra ver quem havia enviado aquela pedrada, mas não havia ninguém à vista. Continuei a caminhada para a casa hospitaleira um pouco mais apressado. Isso já era domingo de manhã. Tomei banho e descansei. Foi então que vi o "Barracão de Zinco" poético.
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 8-setembro-2018 / 19:55:42
PERSONAGENS DA HISTÓRIA DE AFOGADOS DA INGAZEIRA
Luiz Alves de Oliveira Bitu
Filho de Mariano Alves Barbosa e Francisca de Siqueira e Silva, nasceu em 15 de janeiro de 1868 na fazenda Cedro Branco, Afogados da Ingazeira. Já com 9 anos, em 1877, ano de grande seca, muita fome e miséria, viajava com o pai, seu Mariano, para Mata Grande - AL para adquirir mantimentos, farinha, feijão, rapadura, milho, etc. O transporte era no lombo de animais. No percurso dessas viagens encontravam famílias inteiras deixando suas terras, indo à busca de outros meios de sobrevivência. Muitos, porém, não conseguiam o objetivo e morriam de fome e sede no meio de caminho, sendo deixados na estrada pelos próprios familiares. Nem sempre eram enterrados! Luiz Bitu contava que sentia alegria quando estava viajando e avistava, ao longe, um fogo. Isso significava que por ali havia gente. A mercadoria que conseguiam era trocada por joias – relógios, anéis, correntes, etc., pois na época não havia disponibilidade de dinheiro em espécie na região. Era tudo na base da “troca”. Essas viagens eram repetidas várias vezes no ano, enquanto durou a miséria causada pela estiagem. Muitas vezes acontecia encontros com grupos de cangaceiros perversos - Adolfo Meia-noite e Nobelino. Luiz Bitu e seu Mariano nunca foram maltratados por eles porque atendiam as necessidades alimentares dos cangaceiros. Em 1878 a coisa mudou; foi um ano chuvoso. Chegou a bonança e fartura. Os animais se multiplicavam e as colheitas foram boas. Passado algum tempo, já com 18 anos, Bitu votou pela primeira vez e com essa mesma idade contraiu matrimônio com Constância Nunes Magalhães. Foram residir na fazenda Monte Alegre, em Afogados da Ingazeira. Dessa união tiveram 11 filhos: Manoel, Francisca, Antônia, Joaquina, Ana, José, João, Luzia, Júlio, Sebastião (Bião) e Felizbela. Em 1908 adquiriu uma fazenda – Poço do Moleque – município de Afogados. Naquela fazenda nasceu o décimo filho do casal, o Sebastião (Bião Bitu). Anos depois resolve residir na cidade onde os filhos teriam oportunidade de estudar e exercer outras atividades. E assim aconteceu. Em 21 de janeiro de 1914 recebeu a carta-patente nomeando-o ao posto de Alferes da 1ª Companhia do 404º Batalhão de Infantaria da Guarda Nacional do Município de Afogados da Ingazeira, no estado de Pernambuco, assinada pelo então Presidente da República Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca. Foi nomeado, também, em 7 de dezembro de 1922, Juiz Municipal da Comarca de Afogados da Ingazeira. Por várias vezes exerceu o cargo de Delegado e Juiz Municipal. No decurso dos anos, sendo proprietário de uma fazenda quase dentro da cidade, dedicou-se à agropecuária e ao artesanato de couro. No local da casa dessa fazenda, onde residia com sua família, foi aberta a Avenida Arthur Padilha, uma das principais da cidade. À frente foi construída uma praça que leva o seu nome. Com o crescimento da cidade, chegou o desenvolvimento. Vieram as construções de estradas, inclusive as de ferro – The Great Western of Brazil Railway Company Limited / Rede Ferroviária do Nordeste - que passavam dentro da fazenda Pitombeira. Dessa forma a fazenda foi desapropriada e Luiz Bitu foi indenizado pela cessão de parte do seu patrimônio. Faleceu em 8 de dezembro de 1947, com quase 80 anos de idade, deixando como administrador dos seus bens e responsável pela família o filho Sebastião de Siqueira (Bião) que até então nunca o havia deixado.
[Fonte/acervo: “Afogados da Ingazeira – Memórias” - Fernando Pires]
Faleceu às 18h10 desta segunda-feira 20, no Hospital Santa Joana, no Recife, aos 70 anos de idade, o político afogadense Antônio Mariano de Brito. O sepultamento será realizado na próxima quarta-feira, na sua cidade natal. Aos familiares, nossa solidariedade.
Devo dizer que fiquei entusiasmado e bem impressionado com aqueles que foram entrevistados pelo Fernando, principalmente o casal com filhos de idade escolar. Eles são um excelente exemplo para as novas gerações, são independentes e de iniciativa para alcançar os seus objetivos financeiros. Aquela senhora, bem moÇa e jovial, e seu esposo, me deixaram bem impressionado, pelo fato de ser uma pessoa decidida e que merece o nosso respeito e apoio. O trabalho nos dá o sentimento de respeito e o prazer de haver alcançado com iniciativa própria o que outros apenas pensam em fazer, mas sem nenhuma ação. Estes são meus heróis que viram o campo aberto e tomaram a oportunidade para a ação. Isto é o que faz a diferença na vida do cidadão e da sociedade em geral. O trabalho nos dá o senso de respeito próprio por vermos o resultado do uso das nossas qualidades laboriosas, o resultado óbvio e inegavelmente louvável. Alem do mais, estes conterrâneos merecem os nossos aplausos e o nosso respeito pela maneira como enfrentam a situaçãoadversa. Eles são um bom exemplo de pessoas de respeito. Que Senhor os abençoe e guarde. Com todo o meu amor e simpatia.
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 19-agosto-2018 / 9:08:36
O ultimo trem
Não soube muito sobre o último trem de Afogados da Ingazeira, mas, só pelo fato de ver e ouvir essa frase, senti como a morte de uma pessoa amada. O trem, de Afogados para o Recife, foi como uma porta aberta para irmos e voltarmos, quando conveniente, para um mundo distante que agora se fazia acessível. Eram mais ou menos 12 horas de viagem entre Afogados e o Recife. Agora, era uma simples escolha de quando ir e vir. Era um excitamento sem igual; íamos até a estação só pra saber quem vinha ou quem ia. Era um movimento constante. Lembro-me da minha primeira viagem de Afogados pro Recife; fiquei ansioso, só de pensar. Fui visitar meu tio Alvaro que residia na Várzea; eu estava com 12 anos. Foi então a minha oportunidade de descobrir o Recife, usando o bonde... foram dias de excitamento e descobrimento. Fiquei conhecendo Recife em todas as direções...
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 17-agosto-2018 / 10:57:28
Cadê os ídolos?
A lei só é Lei caso haja justiça. As quase 200 mil leis existentes no Brasil, servem muito mais para proteger os ricos e punir os pobres. O saudoso Dom Francisco costumava dizer que antes de pleitear qualquer coisa, temos que lutar, sempre, por justiça. No início deste mês, a cidade de Afogados da Ingazeira e outras do Pajeú, foram surpreendidas com uma grandiosa operação envolvendo vários órgãos federais de fiscalização em vigilância sanitária, meio ambiente e afins. Diversos pequenos comerciantes tiveram seus estabelecimentos “lacrados” com apreensão de mercadorias e, portanto, impedidos de trabalhar para manterem suas famílias. Igualmente, humildes agricultores foram “visitados” por esse grupo de servidores que mais demonstraram vontade de punir que informar com referência as normas vigentes.
Lembramos aos agentes que vieram, de maneira grosseira, inesperada e até antiética para com os órgãos assemelhados aqui existentes, que avisem aos seus superiores que, antes de autorizar uma operação de guerra dessa envergadura, CUMPRAM o Artigo 6 da nossa Constituição nos proporcionando direitos sociais, tais como educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, transporte, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância, e assistência aos desamparados... Tudo isso é OBRIGAÇÃO do Estado.
Fiquei e ainda estou muito triste. Como cidadão e amante desse Pajeú não poderia, jamais, omitir meu descontentamento com as autoridades da nossa região. Ora, como conseguem calar perante tamanha agressão aos honrados trabalhadores sertanejos? Todo bom gestor sabe, ou deveria saber, que desde 1942 “ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Então, porque não informou a todo o comércio de sua cidade? O lógico é prevenir com informação do que ter que ver seus munícipes punidos de forma duvidosa. E mais, é tarefa de quem exerce liderança sobre uma comunidade impedir que ações “misteriosas” desse tipo, venham, não apenas multar ou punir, mas aterrorizar todo um povo. O que mais se espera de um chefe do Executivo Municipal é, além da honestidade, a coragem de defender seus habitantes de constrangimentos e sofrimentos que, quando ocorre como nesse caso, leva algum tempo para cicatrizar.
A Lei nem sempre é justa, talvez por isso mesmo muitas são revogadas; diferentemente da Justiça que tem como finalidade a transformação social; como escreveu Rui Barbosa “Eu não troco a justiça pela soberba. Eu não deixo o direito pela força. Eu não esqueço a fraternidade pela tolerância. Eu não substituo a fé pela superstição, a realidade pelo ídolo.” Solidariamente,
Afogados da Ingazeira, PE Brasil - 12-agosto-2018 / 16:24:55
Caro Fernando, parabéns por manter esta comunicação entre nós afogadenses e demais conterrâneos nordestinos. Hoje me emocionei lendo as notícias das pessoas queridas que se foram.
Obrigada, Deus, por ter me dado a oportunidade de fazer parte desta comunidade querida!