AFOGADOS DA INGAZEIRA - MEMÓRIAS Guest Book

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Gostei muito da iniciativa. Eu sou (meio-)irmão do Padre (Antônio de Pádua Santos); tenho 70 anos e nasci em Pesqueira.
Lembro-me de dona Toinha Correia e Tarcísio que trabalhou no Bandepe.
Obrigado, boa noite.

Luciano Cristovam dos Santos <Luciano1951Cristovam@gmail.com>
Piranhas, AL Brasil - 8-julho-2021 / 20:29:19
Do Diário de Pernambuco (08/07/2021)

"Patrimônio do município de Afogados da Ingazeira, o Cine São José receberá equipamentos de projeção de cinema digital Full HD, associado à reprodução sonora digital 5.1. Isso permitirá a volta da programação permanente do equipamento cultural, agora completamente digital, integrando o Programa Cine de Rua, promovido pela Secult-PE/Fundarpe - responsável pela iniciativa em parceria com a Prefeitura de Afogados da Ingazeira e a Fundação Cultural Senhor do Bonfim dos Remédios, que cuida do cinema. O cinema foi inaugurado em 1942, fechado em 1994 e reinaugurado no final de 2003.

Além da instalação dos equipamentos comprados pela secretaria estadual, houve também uma parceria entre a Fundação Cultural Senhor Bom Jesus dos Remédios, a Prefeitura de Afogados da Ingazeira e a Secretaria Estadual de Turismo e Lazer (Setur-PE) para a aquisição de um projetor 2k. A sala pertence a Diocese de Afogados da Ingazeira, a quem a Fundação Cultural Senhor Bom Jesus dos Remédios é ligada.

A aquisição desses equipamentos se deu após articulação do deputado estadual Waldemar Borges (PSB), que mobilizou, junto ao Governo de Pernambuco, a necessidade desse investimento para a região. Para Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe, o novo sistema de projeção será um importante estímulo na ampliação do acesso à cultura para a população da região. "A iniciativa reforça a importância de fomentar o cinema na região, por meio de um de seus equipamentos culturais mais importantes."

A compra dos equipamentos do Cine São José foi embasada em um diagnóstico feito a partir de visitas técnicas de especialistas como Osvaldo Emery, servidor da Secretaria Especial de Cultura (MTur) e arquiteto especialista em salas de cinema, e Tomi Terahata, consultor técnico que já montou mais de 100 salas de cinema no Brasil - e que fará a instalação e o alinhamento do sistema de áudio e vídeo dos equipamentos no Cine São José.

Augusto Martins, secretário de Cultura e Esportes de Afogados da Ingazeira, destaca que, em 2019, o cinema voltou a parar de funcionar porque os projetores de 35mm não tinham como operar, em virtude da falta dos filmes de película no mercado. “Agora estamos na fase final dos trabalhos de adequação da cabine e também de instalação dos novos equipamentos para que possamos, assim, promover uma nova reinauguração desse histórico Cine São José, patrimônio dos afogadenses”.

A existência dessa sala de cinema, uma das mais antigas no interior de Pernambuco, reflete a importância da cena audiovisual na região, com vários profissionais envolvidos na produção de obras e realização de mostras e festivais independentes, como a Mostra do Pajeú, já na sua 4ª edição. Em 2018 e 2019, a Secult-PE e a Fundarpe promoveram uma mostra do Festival Varilux de Cinema Francês. Inicialmente a instalação estava prevista para março do ano passado, mas, por conta das restrições impostas pela pandemia do Covid-19, precisou ser adiada."

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JUSTIÇA SEJA FEITA:
(Por Fernando Pires)

A reativação do Cine São José deveu-se à determinação de um grupo de afogadenses, encabeçado por Francisco Carlos Gomes (Carlinho de Lica), que não se conformava com o fechamento/a destruição daquele prédio construído pelo farmacêutico Helvécio César de Macêdo Lima, e que tantas alegrias levou ao povo afogadense.
O prédio tinha sido literalmente abandonado pela sua proprietária (a Diocese), pois só tinha as quatro paredes (foto), quando entrou em ação esse grupo, a quem devemos agradecer o ressurgimento do prédio histórico.

Sempre que falarem no Cine São José de hoje, que se faça justiça e não omitam os nomes desse afogadenses determinados.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 8-julho-2021 / 11:00:16


No dia 15 de outubro de 1989, registramos essa entrevista de Waldecy Menezes com a educadora Letícia de Campos Góes. Também um bate-papo de dona Ione com sua tia Letícia que falaram sobre os tempos áureos da família naquele casarão.
Cinco anos e três meses depois, ela foi a óbito em sua residência, em Afogados da Ingazeira.
Após o falecimento de dona Letícia (09.06.1903–26.01.1995), soube que Paulo Góes, um sobrinho, passou a residir naquele imóvel, e algum tempo depois a família realizou a sua venda.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 5-julho-2021 / 6:44:12


Mais um óbito ocorrido aqui no Recife, de uma Iguaraciense (de Jabitacá). A professora Bernadete de Freitas Vidal, que residia há muitos anos em Afogados da Ingazeira, faleceu hoje no Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 2-julho-2021 / 10:20:19

Márcia Cruz e Luizito me informaram, há pouco, o falecimento do nosso conterrâneo Adauto Nunes Torres, de parada cardíaca, aos 90 anos de idade [21/05/1931 - 1º/07/2021], ocorrido ontem, às 17h, no Hospital dos Servidores do Estado de Pernambuco, aqui no Recife.
Ele era viúvo de Maria do Carmo Cruz, também afogadense.
O sepultamento será nesta sexta-feira 2, no Memorial Guararapes, em Prazeres, Jaboatão dos Guararapes.

A Adauto Filho, Ana Karla e demais familiares, nossas condolências.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 2-julho-2021 / 7:58:22


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Imagens de Jefferson Vasconcellos - contemporâneo no BB em Afogados da Ingazeira nos anos 1980 -.

NESTE 1º DE JULHO, A NOSSA AFOGADOS DA INGAZEIRA COMPLETA 112 ANOS

[1909 - 2021]
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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 1-julho-2021 / 7:30:22
Prezado amigo Fernando Pires, que viagem fantástica você nos proporcionou ao escrever sobre hotéis e lanchonetes em Afogados da Ingazeira. Sou de 1963, e minha memória de criança e adolescente na década de 70, depois, anos 80 me trazem muitas recordações.
Lembro-me do Hotel Vencedor onde hoje é um posto de combustíveis; lembro e ainda tive oportunidade de saborear a galinha de capoeira do meu tio Benedito, nunca comi nada igual; também o famoso doce de leite.
Fui degustador do doce de dona Iracema Salvador; da Lanchonete de seu Gedeão, ao lado da praça Padre Carlos Cottart. Ouvi falar muito sobre o hotel de Caranguejo, mas não o conheci.
Dona Tereza Biá, mãe de criação do nosso amigo Marconi do 'carro de som'. Dela me lembro da famosa sopa com pimenta; também na época dos parques de diversões ela era assídua no jogo de bingo.
Também frequentei a lanchonete de Gilberto Queiróz, com o famoso "coscoz" com bode como ela pronunciava.
Parabéns por sua abnegação pela Memória de Afogados da Ingazeira.

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Obrigado, amigo Augusto, transmita um forte abraço no querido amigo Gastão Cerquinha.

Augusto Martins <severofonseca@hotmail.com>
Afogados da Ingazeira, PE Brasil - 27-junho-2021 / 10:29:08

Francisco de Assis Florentino
[26.03.1946 - 27.06.2021]

Soubemos há pouco, por Márcia Cruz, do falecimento de Chico Flor, aos 75 anos de idade, ocorrido em Afogados da Ingazeira na madrugada deste domingo 27.
Aos familiares, nossa solidariedade.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 27-junho-2021 / 7:26:29

Fernando, você fez um resgate fantástico da história de nossa cidade. Voltei no tempo, vi-me passando na calçada de dona Milinha, com Beto na calçada. A lanchonete de Benedito, com seu arroz maravilhoso e a melhor galinha de capoeira da região. O hotel de Caranguejo, onde vi como se quebrava e comia os deliciosos caranguejos feitos por dona Carminha. Assim me vi, voltando a nossa querida Afogados.
Obrigada.

Maria Lucia de Araújo Nogueira
Recife, PE Brasil - 24-junho-2021 / 8:55:36

Revivendo os Hotéis e Restaurantes

Estava sonolento quando descobri o novo registro do Fernando Pires que, como sempre, me acordou com entusiasmo, pois é um tópico que fala comigo diretamente ao meu coração; conheci estes locais muito bem e revivo com muita saudade e amor esses locais que não tinham nada de luxo, mas me trazem um toque das memórias que são inesquecíveis, que nos relembra o toque de amor e carinho que representa.
Pensei que eu era o único que lembrava desses lugares; fico satisfeito ao saber que eu estava errado, que não sou o único que tem saudades da simplicidade do nosso passado.
Tenho bem guardado na minha mente o hotel Cruzeiro, localizado na esquina com a travessa Coronel Paulino Raphael, pois era ao lado da residência dos meus pais, e as lembranças da estadia do grupo teatral é muito tocante para mim, pois cheguei a assistir as peças apresentadas pelo grupo. Para mim, que estava com 15 anos de idade, ter a oportunidade de conhecer os atores, falar um bom dia para eles, era além da realidade, pois eles eram “atores famosos” mais acessíveis.
O hotel Familiar tinha o renome de ser a residência do sr. Manoel Ribeiro, um homem bem extrovertido e bonachão que era um master com o violão; cheguei a conhecê-lo muito bem, pois eu trabalhava com o Serviço de Autofalantes Pajeú, e ele estava sempre por lá.
Outro local que é parte da minha vida em Afogados da Ingazeira foi, sem dúvida nenhuma, o hotel de dona Milinha, localizado na Avenida Rio Branco, logradouro onde eu morava.
A lanchonete de Iracema era algo fantástico, não pela localização, mas pelo sabor das deliciosas comidas, especialmente o doce de leite com algumas variações. Nós íamos àquele local quase diariamente, sempre à noite; meu amigo Zé Vieira era fanático por aquele local, e a Iracema sempre nos recebia com um sorriso a dizer “sejam benvindos”. Eu estava com 15 anos de idade. Quanta Saudade!
Fernando, o nosso Afogados da Ingazeira lhe deve muito por manter este ponto de reencontro para todos nós.
Até breve.

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 23-junho-2021 / 21:34:09
Instado por amigos a escrever sobre os hotéis, lanchonetes e sorveterias de 40 a 80 anos atrás, em Afogados da Ingazeira, apenas transcrevi um pouco do que já havia publicado no meu primeiro livro "Afogados da Ingazeira - Memórias", Edições Edificantes, (2004), págs. 175/177, com outras observações.

- O Hotel Familiar (1940-1950) se localizava na praça do açougue, quase ao lado da casa de seu Miguelito. Um dos residentes naquele estabelecimento era o Sr. Manoel Ribeiro, chefe de estatísticas do IBGE local. Seu Ribeiro, conhecido por todos, tinha um bom papo, bebia socialmente e tocava violão; em outras palavras, um boêmio, mas, bem conceituado. Ele também escrevia crônicas, periodicamente, lidas ao cair da tarde ao microfone do então Serviços de Autofalantes Pajeú.

- O Hotel Afogados (1940-1950) funcionou durante algum tempo no prédio onde hoje é a Cúria Diocesana, nos fundos da Catedral do Senhor Bom Jesus dos Remédios. Nesse imóvel, em 1935-1936, o Dr. Godde instalou o Sanatório Miguel Couto. Desse período só temos fotografias.

- O Hotel Cruzeiro, na década de 50, ficava localizado ao lado da residência do casal Ezequiel/Aurora Moura, na esquina com a Trav. Paulino Raphael. O proprietário era casado com uma das filhas do Sr. Zezé Correia. Um dos fatos que deixou recordação à população local, é que uma companhia teatral permaneceu lá por uns 10 dias. Isso proporcionou a oportunidade dos afogadenses conhecerem bem de perto os atores e atrizes. Esse fato representava um grande acontecimento para a pequenina Afogados.

- O Hotel Glória, de Dona Milinha, funcionava onde atualmente é a Cúria Diocesana, depois na casa de propriedade da família José Araújo (Zé Gago) e, posteriormente, em uma casa na Rio Branco, perto dos Correios.

- O Grande Hotel, depois Hotel Vencedor (1940-1960), de dona Agnela Véras Rosas (Bembém). Nos anos 1960 foi arrendado para um senhor, vindo do Recife, conhecido como “Caranguejo”. Bem conceituado e procurado pelos viajantes, oferecia acomodações e as três refeições diárias.

- Hotel do Caranguejo (1960-1970) - O Sr. Sebastião Pedro do Nascimento (Caranguejo) veio do Recife com sua família, e arrendou o imóvel - Grande Hotel de dona Bembém, que já estava idosa e cansada dos afazeres de um hotel - para dar continuidade ao serviço de hotelaria. Na época, caranguejo hospedou muitos funcionários do Banco do Brasil, atendendo, também, os viajantes que passavam por Afogados da Ingazeira. Muito bem conceituado e atencioso.

- Hotel Pajeú (1960-1970) - Seus proprietários, Seu Né e Dona Quitéria vieram de Tabira para Afogados onde se estabeleceram no ramo de hotelaria. O casal tinha 5 filhos: José Rodrigues de Lima Neto (Zelito), Ozita, Gracinha, Eliete e Adamir. Um hotel simples, mas bem cuidado, que oferecia acomodações, e as três refeições diárias. Localizava-se por trás do prédio da Prefeitura Municipal, na rua Barão de Lucena. Tendo Dona Quitéria falecido na década de 60, seu esposo continuou com o empreendimento por mais algum tempo, partindo depois para a Bahia, onde até hoje residem seus filhos.

- O Hotel Pajeú (1970), com a mudança da família de dona Quitéria/seu Né, seguiu aberto, agora com a administração da família de Salustiano Seixas da Fonseca (Salú).

- A lanchonete de Benedito Cerquinha da Fonsêca (Bené) (1960-1970) tinha a famosa galinha guisada, arroz da terra mexido, com caldo de galinha e farofa. O doce de leite era o orgulho de Bené: virava a taça e ele não caía, de tão consistente.

- Dona Iracema Bezerra (1950-1970) servia café, bolo, sopa de galinha, doce de leite liso e cortado, doce de banana e de goiaba. Seu hotelzinho foi herança da sua mãe, dona Maria Bezerra. Teve início na casa vizinha à família Luiz de Souza Cruz e, posteriormente, se mudou para a Praça Oscar de Campos Góes - hoje Miguel de Campos Góes), junto à residência de Seu Miguelito.

- Dona Tereza Biá (1950-1960) mantinha uma lanchonete no “beco de Fernando Simão”, que servia refeições, cafés e doces.

- A Sorveteria Ouro Branco (1950-1960), primeira da cidade, pertencia a Gedeão Pires Sobrinho e a Antônio de Souza Liberal (Antonio Né). Vendia-se picolés e sorvetes; uma novidade na cidade. De Gedeão, também, foi a primeira churrascaria; bem frequentada, com almoços, jantares e música ambiente.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 23-junho-2021 / 8:19:03

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 21-junho-2021 / 6:24:47

Oi Fernando.

E a vida continua...
Hoje pela primeira vez me senti sozinho, isolado, por uma razão muito simples: meu filho Igor, o mais velho, vendeu sua residência e se mudou para So. Carolina, viajando de carro, e acabo de receber um telefonema me avisando que eles chegaram ao seu destino, depois de três dias de viagem. É uma viagem fantástica especialmente quando trata-se de mudança; são dias de surpresas, atravessando mais de seis Estados. Graças ao nosso Deus eles já chagaram ao seu destino.
O meu filho número dois, Ivan, o mais novo, está com toda a família em New York para participarem da formatura do meu neto Sean, que estudou quatro anos na Escola Naval Americana. Estou exuberante de alegria por este fato. Ele fez bastante viagens internacionais, atravessando o Oceano Pacifico e amanha é o dia de graduação como 'Ofice da U.S.Merchant Marine'. Após graduação ele virá para o Estado de Washington, aqui na costa do Pacifico, na fronteira com o Canadá.
O Senhor Deus e Pai tem sido bondoso e misericordioso conosco, pois temos sido premiados com uma vida agradável e abençoada.
Só nos resta agradecer-Lhe e dizer Amém!
Até a próxima.

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 20-junho-2021 / 7:56:50

Tomei conhecimento agora, Fernando, do falecimento de minha amiga e médica dos meus filhos, Dra. Terezinha Padilha.
Estou consternado com o fato.
Que o Bom Deus a tenha em paz no seu reino.
Aos familiares, os nossos pêsames.
Hiltinho

Hilton Batista de Oliveira <hiltondeoliveira@bol.com.br>
Afogados da Ingazeira, PE Brasil - 18-junho-2021 / 16:29:34
Hoje cedinho recebi uma mensagem de Arimarcel Padilha, que relatou:

"Na noite de ontem - quinta-feira 17 -, às 22h30, com diagnóstico de infarto, levada para o hospital Santa Joana, aqui no Recife, direto para a UTI, em estado grave, a nossa querida Dra. Terezinha de Barros Padilha não resistiu e foi a óbito aos 93 anos de idade 1928-2021."
"Na véspera ela estava muito contente, cantando, brincamos com “estórias” contadas, deixou que eu cortasse as unhas e, quando estava a cortar, ela disse brincando 'vixe, quanta honra um doutor que já esteve em Londres, cortando minhas unhas...', contou-me Arimarcel, seu sobrinho, sempre presente no convívio familiar.
Dra. Terezinha, durante toda essa pandemia, teve a companhia de sua irmã, Madalena Padilha, mãe de Arimarcel.

O sepultamento será realizado hoje - sexta-feira 18 - no cemitério Morada da Paz, em Paulista.
Ainda não sabemos o horário.

Visite o Memorial, no Morada da Memória, acessando o link: memorial de Teresinha Barros Padilha

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Em 2008, 2 de setembro, dra. Terezinha, conceituada médica em Afogados da Ingazeira e na região do Pajeú, concedeu-nos essa entrevista.



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Terezinha Barros Padilha, dra.

Teresinha nasceu em Custódia-PE no dia 7 de dezembro de 1928. Terceira filha do casal Elpídio do Amaral Padilha e Arethusa Barros Padilha que teve dez filhos: a primogênita Maria Consuelo (que nasceu em Flores) e a segunda Maria Mercês (afogadense) faleceram aos 11 meses de idade e, coincidentemente, também com broncopneumonia. Depois vieram Teresinha, Magda, João e Miriam (que nasceram em Custódia); Maria Magdalena, Margarida, Helena e José Artur (nasceram em Afogados da Ingazeira).

Na infância, Teresinha teve sérios problemas de saúde – difteria -, e na época havia a precariedade de médicos na região. A sua sobrevivência ela credita ao dr. Diocleciano Lima, médico itinerante que passava por Custódia e acompanhou a sua saúde até o seu pronto restabelecimento. Por sorte, ele dispunha da medicação específica para o tratamento da sua doença. O dr. Diocleciano Lima e dr. Severiano Diniz (este, de Princesa Isabel), viajavam pela região (Afogados, Flores, Triunfo, Princesa Isabel, São José do Egito, Sertânia, Custódia e outras localidades), no lombo de animais, para dar assistência às populações desassistidas de profissionais de saúde.
Algum tempo depois, antecipando a mudança dos familiares para Afogados da Ingazeira, seu Elpídio encaminhou Teresinha, aos três anos de idade (1931), para morar com os tios Décio do Amaral Padilha e Maria Cavalcanti Padilha (Mariinha) em uma casa na então Praça do Comércio (Domingos Teotônio/Mons. Alfredo de Arruda Câmara) vizinho a dona Sadote e onde hoje reside Murilo Campos. Lá permaneceu um ano e meio até que o seu pai chegou com o restante dos familiares e se estabeleceu, inicialmente no Alto do Seixo, em um chalé construído pelo irmão Arthur Padilha, com os seus pais João de Freitas Padilha e a Maria Isabel do Amaral Padilha. Teresinha, então, passou a residir com os pais, mesmo a contragosto, pois já estava acostumada com os tios, na cidade.

Cedo iniciou os estudos primários com a professora dona Mariinha, esposa do seu tio Décio (funcionário público, coletor estadual em São José do Egito e em Bom Jardim, quando se aposentou). Naquela época a criança tinha uma infância longe dos bancos escolares até os 7 anos de idade. Teresinha, no entanto, começou logo cedo, por sua insistência e com a ajuda da professora Mariinha, sua tia. A sua infância foi de brincadeira de casinha e bonecas, subindo em árvores, traquinando e procurando aprender a nadar e a pescar piabas no Rio Pajeú – que na época tinha suas águas cristalinas - com as filhas dos amigos no “Alto do Seixo”, propriedade de seus avós Maria Isabel e João de Freitas Padilha.
Com o crescimento dos filhos, seu Odilon que residia na zona rural (no atual bairro São Francisco), cruzou o rio Pajeú e veio para a cidade, pela necessidade de educar os filhos em ambiente mais propício. Teresinha Padilha iniciou os estudos primários na escola pública com a professora, sua tia, Mariinha e depois com Letícia de Campos Góes - prima legítima da sua mãe (sobrinha de Luiz de Góes, irmão da sua avó Maria Fernandina Campos Góes).
Dando continuidade, estudou com dona Evangelina de Siqueira Lima por somente um ano, depois com Assunção Câmara, filha do ex-prefeito Nozinho Câmara e Maria do Carmo Simões, de Alagoinha/PE, a quem, disse, lhe dever muito, pois, sendo uma aluna muito curiosa pelo saber, perguntava excessivamente e tinha as respostas de que necessitava. E dona Anita Diniz, uma morena recifense. Recorda-se de que na sua época de estudante os professores eram fiscalizados por um delegado estadual de ensino que fazia registros da frequência e qualidade do ensino. Lembra-se que as escolas da época eram na Trav. Manoel Arão, onde hoje é um hotel; ao lado da Catedral, hoje pertencente à família de Zé Gago; Na praça Pe. Carlos Cottart, esquina onde funciona uma casa comercial.

Sobre a Afogados da Ingazeira da sua infância e juventude, disse que era uma cidade pequena, sem calçamento, tinha poucas árvores, postes de iluminação pública, e uma praça que era denominada “do Comércio”, depois Domingos Teotônio e finalmente Mons. Alfredo de Arruda Câmara) demarcada por meios-fios e nela alguns canteiros.
A construção do Coreto, no governo do prefeito Nozinho Câmara, foi muito bem recebida pela população, pois não havia nada no meio da praça. Dos Fícus e Oitis daquela época, ainda restam alguns, como o existente na frente da casa da família de dona Creuza/ Newton César e dos lados frontais de Catedral. Algumas delas plantadas na gestão do prefeito Osvaldo da Cruz Gouveia - genro de Luiz de Campos Góes e Petronila de Siqueira do Amaral Campos Góes.
Ao terminar os estudos primários iniciou sua preparação para o Exame de Admissão ao Colégio Stella Maris, em Triunfo – administrado por freiras alemães. Quase um vestibular! Para tal, se preparou em Flores com sua prima Maria de Lourdes Cavalcanti Padilha. Teresinha se recorda que as estradas para aquela cidade eram péssimas, mas, foi em 1940 em um Ford 29 de Luiz Gonzaga de Siqueira (Guaxinim), um dos poucos existentes em Afogados da Ingazeira, que ela – com 12 anos de idade - se dirigiu para aquela localidade. Lá, ficou hospedada na casa dos tios Mariinha/Décio Padilha, pais da professora.

Estudou durante um ano em Flores, logrando êxito no Exame de Admissão no colégio de Triunfo, com uma boa nota, pois teve bom preparo. Iniciado o ano letivo ficou hospedada, também, em Triunfo, na casa da tia Mariinha que se mudou para aquela cidade com a finalidade de acompanhar a educação das filhas que também iriam estudar no Stella Maris. Teresinha ficou no regime de externato, enquanto as irmãs Magda e Myriam ficaram internas. Recorda-se que ela e suas primas eram muito assediadas pelos jovens em Triunfo e que sempre ouviam serenatas nas noites de finais de semana, cantadas pelos pretendentes. E todos os vizinhos gostavam desses momentos românticos. Recorda-se, também, do seu primeiro namorado, ainda criança, em Afogados da Ingazeira, quando tinha apenas 12 anos de idade.
Em virtude da dificuldade de transporte, passava muito tempo na cidade, mesmo durante as férias. Agradece àquele Colégio a sua base intelectual, o que facilitou seu acesso à Faculdade de Medicina, tornando-se médica pediatra.

Passados cinco anos de estudos no Stella Maris, em 1946 com quase 18 anos retornou para Afogados da Ingazeira, formada como Professora – laureada – no curso Normal Rural. Estando em Bom Jardim, a passeio, na residência do seu tio Décio, soube que o Sr. Pedro Pires Ferreira contatou o seu pai, Sr. Odilon do Amaral Padilha oferecendo para Teresinha uma interinidade para a Ingazeira. Aceitando o convite, assumiu o cargo. Dois anos depois, através de concurso para professores, foi aprovada, sendo nomeada para Araripina, mas nem tomou posse, pois já havia sido transferida para Ouricuri por motivos políticos ligados à família Coelho, de Petrolina, para beneficiar uma correligionária daquele político. Mas, Teresinha disse ter sido bom, também para ela, pois a cidade ficava mais perto de Afogados da Ingazeira. Sendo colega de uma prima legítima do deputado Felipe Coelho, pediu para conversar com ele e solicitar remoção para a sua terra natal, pois queria ficar perto dos familiares. Solicitação aceita, mas impôs uma condição (com uma proposta indecente): que ela fosse para Afogados da Ingazeira perdendo um terço (1/3) dos seus vencimentos que seria repassado para Maria Natal, sua sobrinha, que havia terminado o curso Normal num colégio de Petrolina. Apesar dessa proposta, ela concordou. A redução do salário perdurou por quase dois anos, até que um novo governador, sabendo dessa “maracutaia”, ficou irritado e desfez esse procedimento espúrio que estava se tornando rotina no estado de Pernambuco.

De volta a Afogados foi ensinar no Grupo Escolar Padre Carlos Cottart, tendo como diretora dona Genedy Magalhães, a quem solicitou que lhes fossem dadas séries com crianças, pois sempre gostou delas. E era uma pessoa dedicada. Para começar o seu trabalho, pediu uma turma analfabeta (de criancinhas que estavam entrando no mundo escolar), pois queria começar do zero. Algumas dessas crianças eram: Miguel (Lelé, que é engenheiro), Branca Góes, Emília Amaraj (médica), Niedja Amaral, Newton César(engenheiro), Magna Cruz e Ubaldo Alves de Siqueira (Policial Rodoviário Federal aposentado).
Cinco anos depois, com a conclusão dessa turma, ficou resolvido que a atribuição para o seguimento agora ficaria por conta de duas professoras: Ela (português e história) e Teresinha Valadares (matemática e geografia). Quando se iniciaram as aulas, surgiu uma oportunidade melhor no Recife, pois sua prima Teresinha Cavalcanti Padilha nomeada diretora do INEP, escola federal em Apipucos, convidou-a para ensinar naquela instituição. Gilberto Freire era dirigente do INEP, tendo como secretária a Sra. Graziela. Foi muito bom, em todos os aspectos, pois estando na capital do estado teria condições de, mesmo trabalhando e fazendo um curso de inglês, realizar o seu sonho como médica pediatra. Fez o Curso Pernambucano de Vestibulares localizado na Av. Conde da Boa Vista, e prestando vestibular nas duas escolas de medicina existentes no Recife, foi aprovada .
E para conciliar trabalho/estudo, o que fazer? Ela foi durante 40 dias, seguidos tentar junto à Secretaria de Educação um horário que não conflitasse com o dos seus estudos. Finalmente falou com o irmão de Aderbal Jurema, o Merval Jurema, que quando viu sua colocação no vestibular e as dificuldades que estavam lhe cerceando a possibilidade de conseguir o que ela mais queria na vida, disse: “Como é que se faz uma perversidade dessa?!” E conseguiu que ela ensinasse no horário das 5 às 8h no Ageu Magalhães. Ela iria estudar, mas não queria deixar de trabalhar. Recebeu o apoio da família na sua decisão.

Realizou o sonho de ser médica em 1973. A especialização na área pediátrica foi feita no IMIP (Instituto Materno Infantil de Pernambuco), isso no último ano do curso. Em abril de 1973 já estava na terra natal, como pioneira na área de pediatria.
Ao chegar a Afogados abriu consultório em uma sala vizinha à sua residência onde atendia clientes de toda a redondeza: Tabira, Iguaracy, Custódia, Sertânia, Carnaíba, Flores e outras localidades. Além de Afogados, ele tinha consultório, também, em Tabira. Apesar do exercício da medicina, deu continuidade ao seu trabalho no Colégio Normal, dando 70 aulas à noite, enquanto não surgia concurso Estadual na área médica. Logo conseguiu credenciamento médico com a CASSI (Banco do Brasil) e com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Afogados da Ingazeira e de Tabira.

Aprovada em Concurso Estadual, passou a clinicar, também, no Hospital e Maternidade Emília Câmara de Afogados da Ingazeira. Exerceu a medicina de 1973 a 1998, mas, devido a uma epidemia de cólera em Afogados da Ingazeira, retornou ao trabalho para ajudar nessa emergência. Lembra que foi necessário pedir ajuda a enfermeiras de Serra Talhada para os trabalhos imediatos.
Em virtude de ter feito o curso Normal Rural em Triunfo, que eram de cinco anos, saiu com o diploma de Professora Normal Rural e, como o segundo grau se constituía de sete anos, teve que complementá-lo no IEP (Instituto de Educação de Pernambuco) que ficava na Praça 13 de Maio. Estudou à noite, durante dois anos. Na sua turma havia somente professoras na mesma situação. Todas estavam pretendendo fazer um curso superior. Dentre essas colegas se incluíam as conterrâneas Norma César, Lurdes Almeida e Madalena Almeida. Somente depois de concluir o curso é que estavam aptas a cursar a faculdade. Nessa época Teresinha residiu no bairro de Casa Amarela.

Indagada sobre a juventude em Afogados, disse que foi maravilhosa. As moças passeavam de braços dados até o cruzeiro, nas imediações da Igreja Presbiteriana, e voltavam. E as festinhas no coreto? E os amores? A sua melhor amiga de infância e confidente foi Socorro Veras, filha do comerciante Guardiato de Morais Veras.
Quanto às festas no "Palanque", disse não haver frequentado, pois era muito jovem e não permitiam o acesso às crianças e adolescentes. Lembra-se de um balé admirável, com a participação das meninas, suas coleguinhas, que as irmãs Assunção e Dolores Câmara (filhas do ex-prefeito Nozinho) organizaram e que agradou a todos. Lembra-se, inclusive, do tipo de roupa usada e que teve a participação de Dulce Campos ex-noiva do Dr. Hermes Canto. Sobre os médicos que passaram por Afogados, lembra-se do Dr. Goode e não entende porque Afogados da Ingazeira nunca o reverenciou. Não existe um único logradouro em sua homenagem. Ela conta que, mesmo criança, lembra-se dele. Esse mesmo médico em certo momento salvou a vida do seu irmão (nome), retirando-lhe os cálculos renais que o estavam afligindo. E que ele amenizou as dores de muita gente, além de salvá-los da morte. Lembra-se, também, do dia em que ele foi assassinado em 1936. Ela tinha apenas oito anos de idade, mas, não se esquece, pois o fato causou comoção em toda a comunidade afogadense. Aposentou-se, e, voluntariamente, vive reclusa em sua residência, cercada de secretárias que lhe ajudam no dia a dia e servem de companhia.

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Há alguns anos se mudou para a capital pernambucana, residindo no seu apartamento na Rua da Hora.
Na quinta-feira 17 de junho de 2021, faleceu no Hospital Santa Joana, Recife, de infarto, aos 93 anos de idade.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 18-junho-2021 / 7:36:07
"Eu não estou longe, apenas estou indo do outro lado do caminho"
Santo Agostinho

Há anos - muitos anos - não tinha contato com Rivani Bezerra Santana, mais ainda depois que vim pro Recife em 1996. Conheci-a nos anos 1970.
Somente nesta semana fui surpreendido com a informação do seu falecimento.
Que o Pai Eterno conforte sua filha, familiares e amigos.

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Neste 10 de junho (quinta-feira), às 18h30, Missa de 30º dia, na paróquia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Madalena, Recife, com transmissão ao vivo.


Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 10-junho-2021 / 9:45:33

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 8-junho-2021 / 14:57:32
Oi Fernando.

Por aqui as coisas estão voltando ao normal, e finalmente estamos usando a nossa liberdade que é coisa fundamental na vida do povo americano.
Depois de um ano e três meses pudemos participar novamente da Feira Filatélica que nos foi negada por um ano e três meses por políticos corruptos, bem como médicos. Os filatelistas sofreram uma injustiça muito grande e finalmente nos juntamos novamente para nos deleitarmos com a camaradagem dos amantes de selos postais. Havia uns 250 filatelistas, mais uns 20 comerciantes que fizeram o possível para voltarmos ao normal, ou quase, porque ainda nos fizeram usar a desgraçada da mascara, que será eliminada no fim deste mês.
Para mim foi uma grande festa poder rever amigos filatelistas, e os selos são parte fundamental do nosso passatempo curioso e belo. Tenho muitos correspondentes pelo mundo afora que têm me ajudado a achar os selos que me faltam, e isso e um bom meio de ajudarmos uns aos outros.
Vamos ver se este principio de boa vontade persevera e floresce com as novas gerações.
Um abraço.

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 6-junho-2021 / 12:53:06


Fomos informados, há pouco, por Josete Pires, que o nobre ANICETO ELIAS DE BRITO faleceu neste domingo 6, aos 87 anos de idade [18.02.1934 - 06.06.2021].
Filho de Elias Mariano de Brito e de Maria Antônia de Jesus, nasceu no sítio São João Novo, Afogados da Ingazeira.
À viúva Mercês e ao filho Antônio de Pádua, nossa solidariedade.
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Em 2011, 15 de outubro, fomos à sua residência e registramos essa entrevista, com Luciano Bezerra, onde ele conta a sua trajetória de vida.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 6-junho-2021 / 11:16:06
A amiga Socorro Góes me enviou o texto abaixo, escrito por Denilton, marido de Cida ( foto):
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"Quero render aqui, de público, minha mais pura homenagem, calorosa e cheia do amor de Deus à nossa querida Cida por sua fortaleza física e de personalidade no enfrentamento desse caminho árduo e impiedoso pelo qual está passando. A tudo suportando sem reclamar, sem gemer pelas dores, sem maldizer sua sorte.
Em raros momentos eu testemunhei algumas lágrimas suas ante seu desejo de se comunicar, de se alimentar, de beber água; ante seu desejo de tocar, alcançar algo e nada disso conseguir. Testemunhei sua expressão de pavor ante sua falta de ar perigosamente próxima da fatalidade, e nós, em desespero, correndo em busca de socorro.
Hoje, graças aos procedimentos cirúrgicos, e o cuidado dispensado a ela com amor verdadeiro por parentes, amigos e o corpo técnico da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, grande parte desse sofrimento foi afastado dela.
Ela é uma alma forte, energizada, tanto quanto as almas de todos vocês que a conhecem e que se postam a seu lado dividindo com ela parte desse seu calvário.
Que o bem estar dela e de todos nós, venha de onde vier, seja seu refúgio e fortaleza por incontáveis anos que esperamos seja a duração de sua vida.
Todo o poder de Deus seja seu conforto.
Amém!"

Socorro Góes
Tabira, PE Brasil - 5-junho-2021 / 9:19:03

Jose Correia de Siqueira

Mais conhecido como Zé Correia, era homem de caráter, trabalhador na roça do seu pai Pedro Correia de Siqueira; a sua mãe que era minha querida tia Ana, conhecida como Aninha, irmã do meu pai Ezequiel Victorino de Moura.
Zé Correia cresceu na "Alça da Peia" que conheci muito bem. Minha primeira versão do primo Zé Correia, é a de um moço trabalhador, vendedor de feijão mulatinho num saco na feira de Afogados da Ingazeira, que ocorria semanalmente no sábado. Fiquei impressionado com o que vi, e aquilo ficou gravado na minha mente até hoje. Isso me influenciou imensamente. Recordo-me haver comentado com minha mãe, e ela me disse : "ele é um homem independente, e isso é o que a sociedade necessita - homens que produzem para o beneficio da população". Esse comentário ficou na minha mente por toda a minha vida, e tem sido um estímulo para mim desde então.

Como podem perceber, até hoje relembro com ternura do primo Zé Correia que ficou sendo meu herói. Ele mudou de ramo e começou a vender material para os sapateiros que vinham comprar no seu armazém em Afogados da Ingazeira, creio que em 1946/47. Ze Correia foi fundamental em trazer de volta depois de alguns anos o irmão que não merecia o esforço, pois ele voltou pro meio dos jogadores profissionais e prostitutas, abandonando a família pela segunda vez deixando mais duas filhas lindas com a esposa.
Maria, a mais velha gerenciou o armazém em Afogados, e o Zé Correia se estabeleceu no Recife com toda família, com residência no Espinheiro. Sua loja foi estabelecida no Centro da Cidade Recife. Tive o prazer de visitar o local quando eu já estava na Marinha, em 1953, e fiquei maravilhado como o primo havia sucedido vendendo máquinas de costura, da marca Rainha, do Japão, em Recife.

Muito religioso, contribuía financeiramente para a Igreja do Senhor Bom Jesus dos Remédios, especialmente durante os festejos anuais. Lembro-me perfeitamente quando ele vinha frequentemente à nossa casa para aprender a nossa linguagem e outras coisas relacionadas, e minha mãe era sua professora. Ele reconhecia a necessidade de um homem que estava crescendo no setor comercial

Quando eu estava casado, residindo em São Paulo, mantive contato pessoal com alguns primos que como eu haviam emigrado para São Paulo; numa das minhas visitas com eles fiquei sabendo que Zé Correia estava em São Paulo e gostaria de nos ver num encontro para nos rever e bater papo.
José, filho da minha tia Quitéria e do Sr. Domingos de Lima, era gerente do restaurante que visava exclusivamente engenheiros arquitetos e outros seletos; ele organizou para nos receber às 7 horas da noite, e lá fomos nós entusiasmados e ansiosos de rever o primo Zé Correia. Ele chegou e todos queriam apertar sua mão e abraçá-lo, o que fizemos e nos acomodamos na sala do bar e desenvolvemos a conversa boa e agradável; cada um de nós tinha algo a acrescentar, e a conversa se desenvolveu até às 10 da noite, quando nos despedimos com promessas de não demorar para um reencontro. Foi uma reunião muito agradável que nunca esqueci e serviu para reafirmar minha opinião positiva do caro primo Zé Correia. Isto ocorreu, creio que no meio do ano de 1960.
Nosso grupo consistia de 12 primos, e foi fantástico. Lamentável que não tiramos nenhuma foto da ocorrência, mas a memoria é gratificante.

Em outra ocasião, quando ainda estava na Marinha, fui até à Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro - poderia ser 1954 - e eu desejava ver um filme que apresentava um Imperador romano muito famoso que foi assassinado por membros do Parlamente Romano; quando cheguei, já estavam mostrando o jornal noticiário e eu fui procurando um local para me acomodar; olhando para a direita e esquerda, achei espaço e me sentei, virei o olhar e vi alguém que se parecia com meu primo, mas como estava escuro não quis incomodar, pois eu poderia estar errado. Momentos depois, já adaptado ao local cujo única luz era a iluminação da tela, nos reconhecemos, e foi um momento memorável.

Outra lembrança do Zé Correia ocorreu no centro de Afogados da Ingazeira, quando ainda não havia calçamento. Vi um agrupamento que crescia rapidamente - eu estava com 8 ou 9 anos de idade -, e me aproximando do agrupamento, percebi que eram partidários opostos de políticos e que a palavra estava com seus lideres; Zé Correia era um deles. Vi meu tio Pedro com uma tremenda pedra na mão e ele me falou “se esses cabras agredirem o Zé Correia, eu terei de entrar na briga.” Havia um bom número de outros com a mesma ideia, no entanto não chegou ao extremo; mas foi uma coisa que só me agradou. A turma começou a se dispersar, e a tensão desapareceu.
A última vez que falei com o primo Zé, eu já estava nos USA e fui visitar o Recife e o Sertão. Minha sobrinha Rosilda me levou a visitar o primo que naquele momento estava sofrendo as dores de haver perdido sua esposa recentemente. Fiz ele sentir que estávamos tentando confortá-lo, que o Senhor Deus estaria com ele naquele momento crucial na sua vida. E pela última vez nos despedimos.

Zé Correia não era perfeito, como também não o somos, no entanto era um homem lutador para apresentar melhores oportunidades para seus parentes e amigos; creio que conseguiu com o seu exemplo. Os nossos conterrâneos criaram um apelido para o caro primo, e alguns chamavam ele de Zé Rico, mas num tom brincalhão no meu perceber, e não havia nenhuma animosidade.
Recordando estes fatos que aconteceram longe no tempo que se foi, a saudade não só do tempo passado, mas também das pessoas que foram parte da minha vida de modo positivo, sofro uma emoção muito grande e a saudade é muito penosa, pois na sua maioria só resta mesmo a saudade daquelas pessoas que foram parte tão significante da nossa vida e da minha vida em particular.
Um abraço e até a próxima.

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 21-maio-2021 / 19:01:13

Aparecida Góes é minha irmã.

José Tadeu de Góes <jt.goes@bol.com.br>
Recife, PE Brasil - 20-maio-2021 / 19:52:25
Meu conterrâneo Zezé, boa noite. Não o conheço, mas apreciaria muito ter a oportunidade de conhecê-lo.
Lembro dos seus pais. Dona Aurora executava músicas sacras no órgão da Igreja Matriz de Afogados da Ingazeira. O seu pai, o Senhor Ezequiel Moura, doou seu nome à artéria que interliga a Avenida Artur Padilha com a antiga Rua Treze de Maio, hoje Rua Senador Paulo Guerra. Ao adentrar na referida rua, salvo engano, a pessoa chega na frente casa da saudosa Senhora Maria de Simão, a quem você sempre se reporta com muito carinho.
Até breve.

José Tadeu de Góes <jt.goes@bol.com.br>
Recife, PE Brasil - 20-maio-2021 / 18:47:27
Olá, José Tadeu Góes

Vi sua mensagem neste Mural que nos é presenteado pelo amigo Fernando Pires, e achei ser apropriado te escrever. O que mais me impressionou foi teres mencionado ser meu maior amigo em Afogados o Padre Antonio de Pádua Santos do qual tenho ternas recordações.

Você deve ser bem mais novo do que eu, por essa razão não tenho recordações, mas isso não importa, pois há muita gente boa que não tive o prazer de conhecer, e você é uma delas. A escolha de amigos demonstra que estamos marchando no mesmo padrão. Eu saí de Afogados da Ingazeira com meus 17 anos de idade para me alistar na Marinha, onde servi por 6 anos, e de lá fui para São Paulo onde encontrei minha esposa. Nos casamos em maio de 1959, e pela graça de Deus ainda estamos gozando a vida na nossa velhice. O Senhor Deus tem nos abençoado com chuvas de bênçãos, e nós não cessamos de agradecer.

Trabalhei com o Moinho Santista (Lençóis) que foi o inicio da minha vida civil, onde fiquei por 6 anos; depois trabalhei por Anderson Clayton que tenho boas lembranças, e finalmente consegui vir para os USA que tem sido uma chuva de bênçãos.
Aposentei-me aos 70 anos de idade e até hoje continuo gozando a vida que Deus nos tem dado.
Devo parar por aqui, para não ser cansativo.
Que o Senhor Deus vos abençoe e guarde.

Abraço

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 19-maio-2021 / 9:29:49
No dia 7 de maio fui informado que nossa amiga/conterrânea Maria Aparecida Góes (Cida) - residente em São Paulo desde os anos 1980, foi diagnosticada com ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica), uma doença que afeta o sistema nervoso de forma degenerativa e progressiva e acarreta paralisia motora irreversível. Pacientes afetados com a enfermidade sofrem paralisia gradual e morte precoce como resultado da perda de capacidades cruciais, como falar, movimentar, engolir e até mesmo respirar. Não há cura para essa doença.

Sua filha, Miriam, compartilhou apenas com pessoas próximas, mas essa ação solidária necessita de mais colaboradores. De acordo com Miriam, a ELA acometeu inicialmente os membros superiores, língua e garganta da mãe, dificultando a fala, deglutição, ocasionando profunda perda de peso, o que acelera o avanço da doença.

"Atualmente precisa se alimentar por meio de sonda nasogástrica. Felizmente, ela conseguiu tratamento pelo SUS na Santa Casa de Misericórdia, onde passa com diversos especialistas: neurologista, fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, otorrinolaringologista", explica.

A ajuda pode ser por meio de depósito, transferência ou PIX:

Banco Itaú
Agência 0237
Conta corrente 58113-7
PIX 429.956.708-05
Bárbara Maria de Góes Silva

A família disponibilizou dois telefones de contato, que são WhatsApp:

(11) 98546-4393 - Miriam
(11) 98165-6298 - Bárbara

"Todos vocês que conhecem minha mãe sabem o quanto ela sempre foi forte, ativa, espirituosa, sempre pronta a ajudar qualquer um que precisasse. Dói demais ver o quanto essa doença tirou dela. É muito triste a situação, mas Deus nos dá forças dia após dia para seguirmos", diz Miriam.

[Eu pedi autorização à Bárbara para divulgarmos, mas vi, hoje, no blogdomagno o início dessa Campanha à qual adiro]

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 16-maio-2021 / 19:49:01
Fernando, a primeira pessoa que me estimulou a ler foi o Padre Antônio, a quem eu me referia como padrinho.
Durante um bom período, na minha infância, eu ia todo dia na casa de Dona Letícia Góes buscar uma garrafa de leite, pra entregar todo dia na Casa Paroquial. Leite entregue e café tomado, eu passava a vista na sua riquíssima biblioteca.
Um dia ele me disse:- Se meu bichim gostar de ler, pode levar o livro que quiser. Depois é só trazer de volta. A Casa Paroquial era vizinha da casa de Seu Ezequiel e de Dona Aurora, pais de Zezé de Moura, que apreciaria conhecer.

José Tadeu de Góes <jt.goes@bol.com.br>
Recife, PE Brasil - 15-maio-2021 / 20:42:55

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Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 15-maio-2021 / 11:43:08

Entrevista com Diomedes Mariano

Hello Fernando, após alguns dias de agonia resolvi voltar a este lindo território que alegra e me dá vontade de viver.
Tive a oportunidade de ver a entrevista com o Diomedes Mariano pelo Luciano Bezerra, e posso dizer que foi uma tarde encantadora que me fez esquecer das dores que me afligiram e voltei a sorrir e gozar a vida, esta graça divina.
Coisa curiosa foi a junção do entrevistador e do entrevistado, ambos estavam empenhados a produzir uma conversa agradável e cativante e eu fiquei feliz de ser parte da audiência. As poesias apresentadas eram de candor tocante, e eu fiquei sensibilizado com o encontro dos dois conterrâneos.
Eu pessoalmente só tive uma oportunidade de assistir um encontro de uma dupla de cantadores, mas nem recordo seus nomes; esse cantoria ocorreu no final da década de 40, nem me recordo a data, mas não foi marcante pra mim. Eu estava com 10 anos de idade.
Posso afirmar de fiquei bem impressionado com o poeta Diomedes Mariano e agradeço a você por haver nos dado esta oportunidade de participar de tal evento na nossa querida terra Afogados da Ingazeira.

Até a próxima!

Zezé de Moura <jojephd@yahoo.com>
Rosemead - Califórnia, CA EUA - 14-maio-2021 / 17:47:53

Rivaldo Alves dos Santos - Missa de 7º dia

Quando há amor, a vida não consegue separar duas pessoas; e quem parte continua vivendo na memória de quem fica.
É preciso amar, mas é necessário agradecer. Agradecer pelo amor que Deus nos concede, pela esperança e pela fé que nos conforta.

A família convida parentes e amigos para a Missa de 7º dia em memória do amado Rivaldo Alves dos Santos.

Igreja Nossa Senhora de Fátima / segunda-feira, 17 de maio / às 17h
Rua Cleto Campelo, 303, Bairro Novo, Olinda

Familiares Rivaldo Alves dos Santos
Olinda, PE Brasil - 14-maio-2021 / 11:26:20

O Tempo – Poema de Mário Quintana

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal…
Quando se vê, já terminou o ano…
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado…
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas…
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo…
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Fernando Pires <fernandopires1@hotmail.com>
Recife, PE Brasil - 14-maio-2021 / 11:15:10
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